ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: TRABALHADORES DO JORNAL ‘A BOLA’ SEM RECEBER SUBSÍDIO DE NATAL
Os trabalhadores do jornal A Bola, de abola.pt, da revista Auto Foco e de A Bola TV, ainda não receberam o subsídio de Natal, denunciou hoje o Sindicato dos Jornalistas, que vai pedir a intervenção da Inspeção do Trabalho.
Os trabalhadores do jornal A Bola, de abola.pt, da revista Auto Foco e de A Bola TV, ainda não receberam o subsídio de Natal, denunciou hoje o Sindicato dos Jornalistas, que vai pedir a intervenção da Inspeção do Trabalho.
“A Sociedade Vicra Desportiva e a Vicra Comunicações, proprietárias do Jornal A Bola, de abola.pt, da revista Auto Foco e de A Bola TV, voltaram a não pagar aos seus trabalhadores o subsídio de Natal. Este é o quinto ano consecutivo que a administração entende que não deve cumprir esta obrigação para com os funcionários e quase tão grave quanto o atraso é o facto de não ter dado qualquer explicação”, afirmou o Sindicato dos Jornalistas (SJ) num comunicado.
Segundo o sindicato, a situação “é ainda mais penalizadora para os muitos trabalhadores que estiveram mais um de um ano e meio em lay-off”.
É que estes trabalhadores, além de não terem recebido o subsídio de Natal, aguardam ainda que a empresa transfira para as suas contas bancárias a verba que foi depositada pela Segurança Social nas contas da empresa após a decisão do Governo de pagar a 100% o salário a quem estivesse em ‘lay-off’.
O Sindicato dos Jornalistas já se reuniu duas vezes com a administração da empresa, tendo solicitado que a verba em falta fosse canalizada para as contas dos trabalhadores.
“No entanto, não é esse o entendimento dos administradores da Vicra, que garantiram ao SJ que há muito pediram um esclarecimento à Segurança Social por entenderem que no caso dos trabalhadores de A Bola não existe o direito de receberem o salário a 100%. Dizem que como não obtiveram resposta não pagaram aos trabalhadores, mas que essas verbas estão congeladas até ao momento de se dissiparem as dúvidas”, diz a mesma nota do SJ.
Para pôr cobro à situação, o Sindicato dos Jornalistas vai enviar uma exposição à Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT)”, denunciando estas situações, porque entende que é incompreensível a ausência de intervenção perante tão grosseiras violações dos direitos dos trabalhadores”.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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