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INTERNACIONAL

OBAMA NÃO VAI A FUNERAL DE FIDEL CASTRO

O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não viajará para Cuba para as cerimónias fúnebres em honra de Fidel Castro , anunciou esta segunda-feira a Casa Branca esta segunda-feira, 28, sem informar quem irá liderar a delegação americana. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, não viajará para Cuba para as cerimónias fúnebres em honra de Fidel Castro , anunciou esta segunda-feira a Casa Branca esta segunda-feira, 28, sem informar quem irá liderar a delegação americana.

“O presidente não irá ao funeral”, disse esta segunda-feira, 28, o porta-voz da Casa Branca, Josh Earnest.

Também Justin Trudeau, o primeiro-ministro canadiano, o presidente francês, François Hollande, e a chanceler alemã, Angela Merkel não irão comparecer ao funeral do histórico líder cubano.

O Canadá informou que o país marcará presença através do seu governador-geral, David Johnston, representante da rainha Elizabeth II, chefe de Estado. Tal acontece depois de Trudeau ter sido alvo de várias críticas por líderes conservadores, depois de ter lamentado, no sábado, a morte de Fidel Castro. Mesmo reconhecendo que o cubano foi uma “figura polémica”, o primeiro-ministro apelidou Fidel de “líder extraordinário”, “revolucionário e orador lendário “.

O antigo chanceler alemão Gerhard Schröder, do SPD, representará o seu país nas cerimónias fúnebres de Fidel Castro, anunciou Berlim esta segunda-feira.”A Alemanha estará representada no funeral de Fidel Castro pelo ex-chanceler Gerhard Schröder. Tal foi acordado entre o presidente federal e o governo federal”, declarou um porta-voz do governo alemão.

Pouco antes, o porta-voz da chanceler Angela Merkel, Steffen Seibert, tinha denunciado a Revolução Cubana, que “submeteu à Ilha e aos seus habitantes um sistema de repressão política durante décadas”.

“A liberdade de expressão, os direitos humanos e a democracia não faziam parte das ideias de Fidel Castro”, acrescentou, em conferência de imprensa.

Outro líder mundial que não vai comparecer, o presidente francês, François Hollande, estará representado pelo número três do governo, Ségolène Royal, afirmaram fontes da sua equipe à AFP, esta segunda.

“Estará representado por Jean-Pierre Bel”, seu enviado pessoal para a América Latina e ex-presidente do Senado, que estará em Havana a partir de terça, e pela ministra da Ecologia, Ségolène Royal, no domingo.

O presidente da Venezuela, Nicolás Maduro, garantiu que estará em Cuba, para onde viaja esta terça de manhã, para prestar uma última homenagem ao falecido líder revolucionário Fidel Castro.

“Vamos acompanhar o povo de Cuba nas homenagens mundiais que serão feitas na Praça da Revolução a esse ‘gigante'”, declarou numa reunião de ministros no Palácio de Miraflores.

“Honra e glória eterna a este ‘gigante’ que deu a sua vida pelos povos do mundo”, acrescentou.

Na terça-feira à noite decorre uma cerimónia de despedida de Fidel, para a qual a comunidade diplomática e os chefes de Estado estrangeiros foram convidados.

As cinzas do líder cubano serão transferidas de Havana para Santiago de Cuba, no sudeste do país, numa procissão de cerca e mil quilómetros, que durará de quarta-feira a sábado.

Os seus restos mortais serão enterrados no domingo, 4, no cemitério de Santa Ifigenia de Santiago de Cuba, onde jaz o corpo do herói nacional da independência, José Martí.

AFP

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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