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INTERNACIONAL

CRIMES DE GUERRA: TPI RECEBE DOAÇÃO DE 2,5 MILHÕES PARA INVESTIGAR CRIMES NA UCRÂNIA

A Alemanha, os Países Baixos e a Suécia comprometeram-se esta segunda-feira a pagar um total de quase 2,5 milhões de euros para ajudar o Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar os supostos crimes de guerra na Ucrânia.

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A Alemanha, os Países Baixos e a Suécia comprometeram-se esta segunda-feira a pagar um total de quase 2,5 milhões de euros para ajudar o Tribunal Penal Internacional (TPI) a investigar os supostos crimes de guerra na Ucrânia.

Os ministros dos Negócios Estrangeiros da União Europeia (UE), reunidos no Luxemburgo, encontraram-se esta segunda-feira de manhã com o procurador do TPI, Karim Khan, que abriu as investigações na Ucrânia em 3 de março, logo após o início da invasão russa.

“É crucial preservar todas as provas agora, para poder julgar esses crimes”, disse a ministra dos Negócios Estrangeiros da Alemanha, Annalena Baerbock, acrescentando que Berlim havia fornecido uma ajuda adicional de um milhão de euros ao TPI “já há alguns dias”.

O seu homólogo holandês, Wopke Hoekstra, também anunciou uma ajuda de um milhão de euros para o Tribunal, que tem a sua sede em Haia.

Entretanto, a ministra dos Negócios Estrangeiros sueca, Ann Linde, indicou que Estocolmo forneceria mais cinco milhões de coroas (cerca de 485 mil euros) ao TPI.

Na terça-feira, a França tinha anunciado “uma contribuição financeira excecional de 490 mil euros” para os trabalhos do TPI e antecipou ainda “o pagamento da sua contribuição anual no valor de 13 milhões de euros”, colocando ainda à disposição do Tribunal dois magistrados e dez polícias militares [gendarmes].

Por seu lado, a União Europeia anunciou também na semana passada a atribuição de 7,5 milhões de euros para a formação de procuradores ucranianos para a investigação de possíveis crimes de guerra.

A procuradora-geral da Ucrânia, Iryna Venediktova, disse no domingo que o seu país abriu 5.600 investigações sobre supostos crimes de guerra desde o início da invasão russa.

Um dos casos citados por Iryna Venediktova foi o ataque com mísseis na sexta-feira à estação de Kramatorsk, no leste da Ucrânia, que matou 57 pessoas, incluindo pelo menos cinco crianças.

A cidade de Bucha, a noroeste de Kiev, onde dezenas de corpos civis foram descobertos no início de abril após a retirada das tropas russas, tornou-se um símbolo das atrocidades da guerra na Ucrânia.

Quase 300 pessoas foram lá enterradas, em valas comuns, segundo as autoridades ucranianas, que acusam os russos de massacres, o que Moscovo nega, denunciando uma “manipulação” por parte dos ucranianos.

A guerra começou em 24 de fevereiro, quando Moscovo invadiu a Ucrânia após ter concentrado dezenas de milhares de tropas no lado russo da fronteira com o país vizinho, bem como do lado da Bielorrússia, um país aliado de Moscovo.

Desde então, os combates mataram milhares de civis e militares, num balanço ainda por confirmar, e destruíram várias cidades e infraestruturas na Ucrânia. Mais 11 milhões de pessoas fugiram dos seus locais de residência, incluindo 4,5 milhões para os países vizinhos.

Esta é a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945). As Nações Unidas calculam que cerca de 13 milhões de pessoas necessitam de assistência humanitária.

A comunidade internacional reagiu à invasão da Ucrânia com sanções económicas e políticas contra a Rússia e o fornecimento de armas e de apoio humanitário às autoridades de Kiev.

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

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O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

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WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

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Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

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