Ligue-se a nós

REGIÕES

BRAGANÇA: EMPRESÁRIO ACREDITA EM NOVA OPORTUNIDADE PARA OS CEREAIS POBRES DA TERRA FRIA

Um empresário de Bragança acredita que há uma nova oportunidade para os cereais da Terra Fria Transmontana, que antigamente foram considerados pobres, e quer convencer os agricultores a voltarem a plantar os cabeços abandonados.

Online há

em

Um empresário de Bragança acredita que há uma nova oportunidade para os cereais da Terra Fria Transmontana, que antigamente foram considerados pobres, e quer convencer os agricultores a voltarem a plantar os cabeços abandonados.

Luís Afonso é proprietário de uma das poucas moagens que resistem no interior de Portugal e vê na atual crise e escalada dos preços dos cereais uma oportunidade para recuperar o centeio da Terra Fria ou o trigo barbela e trigo espelta.

O empresário garantiu à Lusa que ele próprio irá tomar a iniciativa, contactando presidentes das juntas para saber da disponibilidade de terrenos, nomeadamente baldios, para fazer as primeiras sementeiras que espera venham a ser replicadas pelos agricultores da região.

A Moagem do Loreto, que agora gere, foi criada pelo avô e é a mais antiga empresa em laboração em Bragança, com quase um século e uma das três unidades do setor que restam no interior do país, junto com as de Tó, em Mogadouro, e outra em Alcains, Castelo Branco.

A chamada Terra Fria não tem as melhores condições para fazer cereal, mas há um em que se destacou a nível nacional, o centeio que há algumas décadas ocupava os cabeços e enchia os silos, com o armazenamento de 14 milhões de quilos só nos de Bragança.

“A Terra Fria Transmontana é a melhor e a maior região produtora centeio de Portugal, dizia-se até que o centeio de Bragança era o melhor do mundo”, enfatizou o empresário que acredita que há agora condições para voltar a produzir.

O estímulo imediato que Luís Afonso aponta é o preço do centeio que duplicou desde julho de 2021, passando de 180 para 370 euros a tonelada, com um aumento mais expressivo devido à pressão da procura para armazenamento depois do início da guerra na Ucrânia.

“Talvez esse seja o maior estímulo para alguns, este ano, já fazerem cereal. Já tenho ouvido as pessoas a falar que de facto este ano já estão a preparar o terreno para semear”, contou à Lusa.

O preço pode não ser o mesmo no futuro, mas acredita ser possível “triplicar a produção por hectare” com a ajuda da investigação, nomeadamente do Ensino Superior e de instituições como o politécnico de Bragança.

“E se a terra estivesse lavrada para produzir cereal, combatia-se a arborização espontânea diretamente e de forma indireta os fogos florestais. A produção de cereal favorece a fauna cinegética e também se potencializa a parte do turismo”, acrescentou.

Para que este cenário seja possível, o empresário defende medidas nacionais, mas sobretudo da União Europeia “para a retoma do cultivo dos cereais, como fez no passado pagar para não se deixar fazer ou abater a frota pesqueira portuguesa”.

Da parte do Estado português, o empresário defende a criação de uma extensão rural, idêntica à época em que os engenheiros florestais iam juntos dos agricultores “explicar como podem ter melhores práticas para fazerem melhor e mais quantidade de produção por hectare”.

O cereal produzido atualmente na região equivale a apenas meio dia de trabalho na fábrica, que mói 60 toneladas de cereal por dia que vai buscar a Espanha ou aos portos de mar, como o de Leixões, na zona do Porto.

Nos primórdios desta unidade, a Terra Fria só produzia centeio, o cereal que se dava no frio e na montanha e que era “o pão dos pobres, o pão escuro”.

O centeio chega agora de Espanha à cidade onde se faziam filas de tratores para descarregar nos silos, onde a linha de comboio passava propositadamente para levar o cereal para o Porto.

“Tudo quanto era cabeço, era cereal”, recorda.

Além do centeio, o empresário chama ainda a atenção para outros cereais que se faziam nestas terras, considerados mais pobres, que se perderam e que hoje “há mercado para eles”, concretamente o trigo barbela e o trigo espelta.

“É um trigo que já está a ser muito mais bem pago do que o trigo normal, podemos pagar ao agricultor acima do preço normal”, apontou.

A moagem de Bragança emprega 15 pessoas e planeia investir três milhões de euros na modernização para expansão no mercado, que atualmente é “essencialmente a zona Norte e litoral de Portugal, alguma coisa para Cabo Verde e Guiné-Bissau” e já exportou farinha de centeio para Espanha.

REGIÕES

AÇORES: AVISO AMARELO DE CHUVA FORTE E TROVOADA – IPMA

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.

Online há

em

O Instituto Português do Mar e da Atmosfera (IPMA) emitiu hoje avisos amarelos para as nove ilhas dos Açores, devido às previsões de “precipitação por vezes forte, podendo ser acompanhada de trovoada”, a partir da madrugada.

Segundo o IPMA, para as ilhas do grupo Central (Terceira, São Jorge, Pico, Graciosa e Faial) o aviso vai vigorar entre as 00:00 de segunda-feira e as 06:00 de terça-feira.

No grupo Ocidental (Corvo e Flores) entre as 06:00 de segunda-feira e as 15:00 de terça-feira.

No grupo Oriental (Santa Maria e São Miguel), o aviso amarelo é válido entre as 06:00 de segunda-feira e as 12:00 de terça-feira.

O aviso amarelo, o menos grave de uma escala de três, é emitido sempre que existe uma situação de risco para determinadas atividades dependentes da situação meteorológica.

LER MAIS

REGIÕES

FUNDÃO: TEMPERATURAS BAIXAS NA FLORAÇÃO PROVOCAM QUEBRAS DE 70% NA CEREJA

Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.

Online há

em

Uma quebra de cerca de 70% na produção da cereja do Fundão em relação a anos normais é a expectativa dos produtores para esta campanha, devido ao longo período de temperaturas baixas durante a floração.

O gerente da associação de fruticultores Cerfundão, Filipe Costa, disse que as árvores têm pouco fruto e que a situação é transversal a todas as variedades, embora tenha sublinhado que a qualidade da cereja está assegurada.

“As perspetivas são de uma quebra de produção bastante significativa em comparação com anos normais de produção, a rondar os 70% de quebra, motivada pelas condições climáticas muito nefastas no período de floração e do vingamento das cerejeiras, que resultaram em pouca fruta nas árvores”, explicou, em declarações à agência Lusa, Filipe Costa.

Segundo o engenheiro agrónomo, além das temperaturas muito baixas, registaram-se alguns episódios pontuais de granizo.

Filipe Costa acrescentou que se verificou a necrose dos tecidos da flor e a impossibilidade de vingamento do fruto, mas que “as temperaturas baixas fazem também com que os insetos polinizadores não estejam disponíveis para fazer o seu trabalho”.

“Não havendo vingamento do fruto, não há produção de uma forma transversal em todas as variedades, porque este período de temperaturas muito baixas prolongou-se por muito tempo durante a floração”, lamentou o gerente da Cerfundão.

No caso da Cerfundão, que tem 25 associados e 300 hectares de pomares de cereja, embora nem todos estejam em plena produção, e uma capacidade instalada para trabalhar com 1.200 toneladas em anos normais de produção, este ano o responsável antecipa que “não ultrapasse as 400 toneladas” na associação de fruticultores, no distrito de Castelo Branco.

Filipe Costa destacou que as condições registadas “não têm qualquer impacto na qualidade, pelo contrário”.

“Vamos ter fruto com melhor sabor, com melhor açúcar, com melhor acidez, com maior calibre. A qualidade será potenciada devido ao facto de haver menos fruta nas árvores. Há menos competição dos frutos uns com os outros e a qualidade será beneficiada na comercialização”, referiu o engenheiro agrónomo.

Apesar de prever um aumento do preço, Filipe Costa antecipou uma perda de rentabilidade.

“A quebra de produção que existe não tem elasticidade suficiente para colmatar a quebra de produção que os produtores têm nos teus pomares, de maneira que vai ser uma campanha negativa em termos de rentabilidade económica”, sublinhou, em declarações à Lusa, o gerente da Cerfundão.

Filipe Costa lembrou que desde 2020 têm sido anos “complicados para a fileira da cereja”, com o impacto económico e social que tem na região.

“Os últimos anos têm tido um impacto económico difícil de gerir”, comentou o produtor.

A Cerfundão começou esta semana a comercializar cereja, uma semana mais cedo em relação ao ano passado, e nos pomares a sul da serra da Gardunha há produtores que iniciaram a apanha na semana passada.

Filipe Costa informou que tal se deve “à própria fenologia da cultura” e às temperaturas um pouco mais amenas em dezembro e janeiro, que fizeram antecipar o ciclo vegetativo.

LER MAIS
Subscrever Canal WhatsApp
RÁDIO ONLINE
Benecar - Cidade do Automóvel
ASSOCIAÇÃO SALVADOR, HÁ 20 ANOS A TIRAR SONHOS DO PAPEL

LINHA CANCRO
DESPORTO DIRETO

RÁDIO REGIONAL NACIONAL: SD | HD



RÁDIO REGIONAL VILA REAL


RÁDIO REGIONAL CHAVES


RÁDIO REGIONAL BRAGANÇA


RÁDIO REGIONAL MIRANDELA


MUSICBOX

WEBRADIO 100% PORTUGAL


WEBRADIO 100% POPULAR


WEBRADIO 100% LOVE SONGS


WEBRADIO 100% BRASIL


WEBRADIO 100% OLDIES


WEBRADIO 100% ROCK


WEBRADIO 100% DANCE


WEBRADIO 100% INSPIRATION

KEYWORDS

FABIO NEURAL @ ENCODING


NARCÓTICOS ANÓNIMOS
PAGAMENTO PONTUAL


MAIS LIDAS