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INTERNACIONAL

UBER ABANDONA ACTIVIDADE NA DINAMARCA

A Uber viu-se obrigada a abandonar as suas operações na Dinamarca, colocando um ponto final nas suas atividades no próximo dia 18 de abril depois de não ter chegado a acordo com o governo local para a alteração do enquadramento legislativo dos transportes.

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A Uber viu-se obrigada a abandonar as suas operações na Dinamarca, colocando um ponto final nas suas atividades no próximo dia 18 de abril depois de não ter chegado a acordo com o governo local para a alteração do enquadramento legislativo dos transportes.

Foco de polémica em quase todos os países onde opera, a Uber tem vindo a colocar em causa o modelo tradicional de transportes, mais propriamente o dos táxis, acabando por obrigar em diversos mercado a uma revisão legislativa para se atingir um enquadramento da sua atividade, algo que na Dinamarca não foi conseguido.

Face à obrigatoriedade de instalação de taxímetros e funções de vigilância nos táxis ou veículos de transporte, um porta-voz da Uber, Harry Porter, considerou que as alterações previstas tornavam o negócio da companhia “insustentável”. Outra justificação prende-se com a limitação de licenças a 125 motoristas por cada trimestre, o que também contribuiu para esta decisão da Uber.

Presente unicamente na cidade de Copenhaga, a Uber contava com cerca de 2.000 condutores e 300.000 passageiros naquela cidade, de acordo com informações avançadas pela CNN, pelo que o final das suas operações pressupõe igualmente o fim de atividade para esses trabalhadores.

Apesar de não ter visto a sua legalidade reconhecida naquele país, a Uber pretende manter o seu esforço de conversações com os responsáveis pela área dos transportes na Dinamarca de forma a alterar a situação, ao mesmo tempo que mantém ativo um centro de informações em Aarhus.

Lei em discussão em Portugal:

Em Portugal, a autorização destes novos serviços digitais está ainda em debate, estando em apreciação pelo Parlamento um projeto de lei para o transporte de passageiros em veículos descaracterizados com base em plataformas digitais, com o Governo a procurar que os operadores deixem de ser entidades individuais e passem a ser colectivas, que o horário máximo de condução não supere as seis horas contínuas, veículos com idade inferior a sete anos de idade e formação para os motoristas, entre outros pontos, que mereceram dos restantes partidos de Esquerda pedidos de reapreciação.

Em declarações à agência Lusa, Bruno Dias, do PCP, defendeu a ideia de que estas empresas não podem colocar os veículos “que quiserem e onde quiserem”.

A atividade da Uber e da Cabify tem sido alvo de muita contestação da parte dos taxistas, que pretendem um maior controlo sobre estas aplicações, apontando que os operadores destas plataformas não estão obrigados a cumprir os mesmos requisitos que as empresas de táxis ou ao pagamento de taxas do mesmo género.

Há, ainda, uma apreciação no Tribunal Europeu que irá determinar qual o enquadramento legal que se dará à Uber, podendo vir a ser declarada como um serviço de transportes ou como uma plataforma digital, sendo essa classificação importante para a sua posterior avaliação dos estados-membros da União Europeia (UE).

Caso a Uber seja considerada um serviço de transportes, terá de cumprir com os requisitos legais e laborais do setor, enquanto uma classificação como aplicação digital que tem por fim a conexão entre condutores independentes e passageiros ao abrigo de uma abordagem da sociedade de informação tenderá a facilitar a vida à companhia americana e retirar-lhe muitos dos entraves.

INTERNACIONAL

BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE

Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

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Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.

A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).

“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.

“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.

Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.

Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.

A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.

Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.

A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.

Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.

Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.

Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.

Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.

A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.

“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.

“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

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PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO

O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

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O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.

“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.

Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.

“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.

Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.

Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.

Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.

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