Ligue-se a nós

REGIÕES

TRABALHADORES DOS REGISTOS E NOTARIADO LEVAM UM “CAIXÃO” AO PARLAMENTO

Um grupo membros do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN) colocou hoje em frente ao parlamento um caixão para “simbolizar a morte do setor dos registos”, durante um protesto para exigir melhoria de condições de trabalho.

Online há

em

Um grupo membros do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN) colocou hoje em frente ao parlamento um caixão para “simbolizar a morte do setor dos registos”, durante um protesto para exigir melhoria de condições de trabalho.

Os manifestantes, cerca de duas dezenas, colocaram na escadaria da Assembleia da República o caixão e um cartaz com a inscrição “as doenças que estão a matar os registos”, enumerando os vários problemas da classe, e outro onde se podia ler “ministra da Justiça e secretário de Estado da Justiça – os carrascos do setor da Justiça”.

O STRN aponta a falta de condições de trabalho e recursos humanos, a crise de saúde mental dos profissionais e as disparidades salariais como os principais problemas que o setor enfrenta.

O presidente do sindicato, Arménio Maximino, disse à Lusa, que a idade média dos trabalhadores é de 60 anos e que o défice de recursos humanos é superior a 34% do efetivo, o que tem vindo a colocar uma maior pressão nos funcionários dos registos, gerando um aumento de problemas de saúde mental.

“Uma grande parte dos funcionários dos registos sofre de ‘burnout’ (esgotamento psicológico), o que afeta o seu desempenho laboral. É necessário fazer uma avaliação séria da saúde mental do setor”, afirmou Arménio Maximino.

O dirigente sindical denunciou também as disparidades salariais, apontando que há trabalhadores “com as mesmas competências a ganhar vencimentos completamente díspares, que podem chegar ao dobro de uns e outros. Chega-se ao absurdo jurídico de ter um dirigente a ganhar menos do que um dirigido”.

A necessidade de melhoria das condições de trabalho, face à desadequação das instalações, falta de materiais, ausência de climatização e falta de privacidade no atendimento aos clientes, são outros dos problemas na origem do protesto.

“Estamos a protestar pela falta de funcionários, as nossas carreiras pararam no tempo, os equipamentos estão obsoletos e há mais de 20 anos que não entra ninguém novo no serviço”, acrescentou o oficial de registos, Luís Soares.

A conservadora Fernanda Morais reiterou alguns dos problemas apontados pelo presidente do sindicato: “Não temos material em condições, temos falta de recursos humanos, temos muito serviço quer seja em termos de balcão, ou ‘online’ e portanto estamos numa luta diária de fazer o máximo com o mínimo”.

Arménio Maximino expressou ainda descontentamento face à falta de investimento do governo no setor, condenando a ausência de medidas no Orçamento do Estado para 2024.

“Este setor arrecada 600 milhões de euros por ano e este dinheiro financia 70% de todo o funcionamento do Ministério da Justiça, mas depois somos menosprezados e não temos o investimento a que temos direito”, lamentou o presidente do STRN.

Arménio Maximino assumiu, apesar de tudo, uma postura otimista face ao futuro e disse esperar que o governo e todos os partidos com assento parlamentar na Assembleia da República possam “ressuscitar o setor”.

“Se colapsar deixa de haver segurança jurídica, passaremos a viver numa selva”, concluiu o dirigente sindical, que insistiu na importância do setor dos registos para a paz social e coesão territorial.

Enquanto decorria o protesto na rua, a ministra da Justiça encontrava-se na Assembleia da República nos trabalhos de apreciação na especialidade do OE2024.

REGIÕES

MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Online há

em

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

LER MAIS

REGIÕES

OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Online há

em

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

LER MAIS

MAIS LIDAS