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FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS INSATISFEITOS E EM ESGOTAMENTO PROFISSIONAL

Quase todos os funcionários judiciais estão insatisfeitos com o seu salário e 80% apresentam níveis elevados de esgotamento, consequência, sobretudo, da organização e gestão do trabalho, revela um estudo da Universidade Nova de Lisboa, hoje apresentado.

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Quase todos os funcionários judiciais estão insatisfeitos com o seu salário e 80% apresentam níveis elevados de esgotamento, consequência, sobretudo, da organização e gestão do trabalho, revela um estudo da Universidade Nova de Lisboa, hoje apresentado.

De acordo com o Relatório Final do Inquérito Nacional às Condições de Vida e de Trabalho dos Funcionários Judiciais”, da autoria de um conjunto de investigadores da Universidade Nova de Lisboa, e que ouviu um universo de mais de dois mil entrevistados para este trabalho pedido pelo Sindicato dos Funcionários Judiciais (SFJ), 80% dos funcionários apresenta níveis elevados de esgotamento, “o que não é um bom sintoma do estado de saúde” destes profissionais.

Destes, “cerca de 44% têm um nível muito elevado e extremamente elevado de exaustão emocional”, o que representa níveis superiores aos de outras classes profissionais já estudadas incluindo professores, jornalistas ou pessoal de voo.

“Para nós ficou muito claro que há um impacto na saúde que tem a ver com a organização e a gestão do trabalho. A forma como está organizado o trabalho adoece os profissionais, neste caso, os funcionários judiciais. Isto tem a ver com uma série de fatores onde se destaca evidentemente a desmotivação pela ausência de carreiras, um salário que não permite pagar contas aos preços que temos neste momento”, disse à Lusa Raquel Varela, uma das autoras do estudo, que sublinhou os casos de oficiais de justiça com segundos e terceiros empregos “para conseguir sobreviver”.

Raquel Varela sublinhou a “degradação da Justiça que [os funcionários judiciais] acabam por sofrer diretamente”, ao ser a primeira linha de contacto do cidadão com a Justiça, com efeitos nos próprios trabalhadores, mas em todo o sistema, defendendo que as soluções passam necessariamente por ouvir os trabalhadores e por mudanças na organização das condições de trabalho, “das questões mais políticas que há em Portugal”.

“Tem que haver aqui uma intervenção política que implica naturalmente escolhas, do ponto de vista não só salarial, mas também do ponto de vista organizativo. Esta gestão empresarial, posso concluir sem qualquer dúvida, tem adoecido os trabalhadores. Este modelo gestionário da avaliação individual de desempenho, das carreiras afuniladas para progredir, isto quebra as relações de confiança entre os trabalhadores, aumentam as denúncias, aumenta o assédio”, disse.

“Tudo isso só pode ser revertido se houver mais democracia nos locais de trabalho, se os trabalhadores forem mais ouvidos e participarem mais nas decisões e não só na execução. Não podemos tratar os trabalhadores como meros executores, que estão ali simplesmente a receber ordens”, acrescentou, rejeitando a ideia de uma “gestão que trata toda a gente como uma folha de Excel”.

O estudo identificou percentagens elevadas de desmotivação, com mais de 75% dos inquiridos a revelarem um distanciamento muito alto em relação ao trabalho, revelando ainda que as questões salariais são um problema para a quase totalidade dos funcionários judiciais, que se queixam de “baixos salários e remunerações insuficientes, afirmando que isso não lhes permite ter uma vida digna. Apenas 2% dos inquiridos afirmaram não se sentirem afetados por esta questão”.

Ainda segundo o estudo, “aproximadamente 88,5% dos inquiridos afirmaram ser afetados por conflitos com a hierarquia”, o que “sugere que existe uma tensão significativa nas relações entre os funcionários judiciais e os seus superiores, o que pode contribuir para o desgaste emocional e profissional relatado”.

“É possível que uma parte significativa dos funcionários judiciais tenha já sido empurrada para a doença mental ou física como consequência destes constrangimentos deletérios. Ou, como alternativa, para o abandono da profissão, de modo a salvaguardar a sua saúde mental. Aqueles que continuam a exercer a profissão terão, por sua vez, necessariamente desenvolvido modos de adaptação que lhes permitem suportar o impacto nefasto desta organização do trabalho”, lê-se no estudo.

Para os autores, os resultados demonstram que os funcionários judiciais “enfrentam níveis elevados de desgaste e ‘burnout’ no seu trabalho”, assim como a “necessidade de atenção e intervenção para promover melhores condições de trabalho, apoio emocional e remunerações adequadas”, tendo em vista a prevenção da doença mental.

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