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NACIONAL

SIRESP TAMBÉM FALHOU NA VISITA DO PAPA

Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança custou 500 milhões de euros e está debaixo de fogo desde os incêndios de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas. Todos os anos, a rede de comunicações SIRESP, usada pelas forças de segurança e pelos bombeiros, sofre “apagões”. E não acontecem apenas durante os incêndios.

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Sistema Integrado de Redes de Emergência e Segurança custou 500 milhões de euros e está debaixo de fogo desde os incêndios de Pedrógão Grande, onde morreram 64 pessoas.

Todos os anos, a rede de comunicações SIRESP, usada pelas forças de segurança e pelos bombeiros, sofre “apagões”. E não acontecem apenas durante os incêndios.

O “Jornal de Notícias” avança nesta segunda-feira que o SIRESP não tem capacidade para aguentar tempestades e que quase todos os anos colapsa. Ainda assim, o Estado nunca terá exigido o pagamento de penalidades à empresa que opera a rede.

O jornal baseia-se em mais de uma dezena de relatórios de desempenho, a que teve acesso, relativos ao período entre 2010 e 2017. Há falhas sistemáticas quer nas tempestades quer nos incêndios.

Mas há também registo de dificuldades nas comunicações na cimeira da NATO e na visita do Papa Bento XVI, em 2010.

Cortes de energia, falhas em baterias, ausência de geradores de reserva, cabos ardidos ou destruídos, antenas móveis e fixas. As falhas são variadas.

Durante a tempestade “Stephanie”, em Fevereiro de 2014, 65 estações base (ou seja, 13% da rede) estiveram em baixo. As baterias ter-se-ão esgotado. E, segundo o JN, já em 2013 tinha acontecido o mesmo.

Em 2015, a secretária-geral do Ministério da Administração Interna lançou um projecto piloto com geradores, mas correu mal porque as estações base não estavam preparadas para os geradores.

Além disso, conta o jornal, as antenas móveis – poucas vezes chamadas nos últimos anos – também não aguentam quando as solicitações são muitas.

Em Junho, o grande incêndio que deflagrou em Pedrógão Grande e afectou vários concelhos de três distritos e matou 64 pessoas, 47 das quais morreram na estrada nacional para onde foram encaminhadas pelas autoridades.

Os dados conhecidos indicam que o SIRESP falhou durante 17 horas e que terá sido por falta de informações que os automobilistas terão sido encaminhados para aquela estrada.

A investigação prossegue:

Todos os anos, o Estado gasta por ano 40 milhões de euros com o SIRESP. O número foi avançado pela ministra da Administração Interna, Constança Urbano de Sousa, no Parlamento.

Constança Urbano de Sousa considera, contudo, que o SIRESP é um “sistema de comunicações seguro”, não só para os agentes da protecção civil, como para os polícias, “não apenas para situações de emergência” mas “para o dia-a-dia”.

Este ano, os incêndios florestais já consumiram mais de 128 mil hectares – a maior área ardida no mesmo período na última década e quase cinco vezes mais do que a média anual dos últimos dez anos.

Só no distrito de Leiria, o mais afectado pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, arderam 20.072 hectares de espaços florestais (cerca de 98,6% da área ardida no distrito).

Este ano, os incêndios florestais já consumiram mais de 128 mil hectares – a maior área ardida no mesmo período na última década e quase cinco vezes mais do que a média anual dos últimos dez anos.

Só no distrito de Leiria, o mais afectado pelo grande incêndio de Pedrógão Grande, arderam 20.072 hectares de espaços florestais (cerca de 98,6% da área ardida no distrito).

Responsabilização vs renegociação:

O “Jornal de Notícias” falou com Miguel Macedo, o anterior ministro da Administração Interna agora arguido no caso dos “vistos Gold”, que diz ter pedido uma auditoria externa à KPMG face às falhas detectadas no SIRESP.

Perante as conclusões, acrescenta, havia dois caminhos: aplicar as penalidades previstas ou renegociar o contrato. Optou-se pela renegociação, o que diminuiu a factura das despesas com o SIRESP em 25 milhões.

O SIRESP, criado para situações de emergência, custou cerca de 500 milhões de euros.

NACIONAL

GOVERNO APROVA NOVO REGIME DE CIBERSEGURANÇA

O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

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O Conselho de Ministros aprovou hoje a proposta de lei do novo regime de cibersegurança que vai ser enviada para o parlamento, anunciou o ministro da Presidência, António Leitão Amaro, que a classificou de “reforma profunda”.

“Esta proposta de lei para enviar para o parlamento (…) reforça muito a capacidade e robustez dos sistemas informáticos e digitais e das defesas de empresa e das entidades públicas em Portugal, por um lado”, afirmou o ministro, na conferência de imprensa.

O novo regime “robustece o nível de segurança, aumenta os poderes de supervisão, alarga as obrigações e os deveres que as empresas e as entidades públicas têm para proteger a sua atividade” e os seus sistemas no espaço digital.

Por outro lado, uma “opção típica deste Governo, diferente de muitos governos europeus, queremos fazê-lo reduzindo ao máximo os custos de contexto, simplificando a legislação, facilitando a vida às empresas e aos cidadãos”, acrescentou.

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NACIONAL

MÁRIO MACHADO: JUSTIÇA REJEITA MAIS UM RECUSO E PODERÁ SER PRESO

O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

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O Tribunal Constitucional (TC) rejeitou o recurso do militante neonazi Mário Machado contra a condenação por incitamento ao ódio e à violência, e se não houver novo recurso terá que se apresentar para cumprir pena até ao fim do mês.

O TC notificou hoje a defesa de Mário Machado sobre a rejeição do recurso, que não foi admitido para apreciação.

O advogado José Manuel Castro, que representa Mário Machado, disse à Lusa que ainda está a estudar com o seu cliente a hipótese de recurso para o plenário do TC para exigir a sua apreciação, mas se tal não acontecer, no prazo de 10 dias Mário Machado terá que se apresentar para cumprir a pena.

Mário Machado foi condenado a uma pena de prisão efetiva de dois anos e 10 meses por um crime de discriminação e incitamento ao ódio e à violência.

Em causa está o processo em que Mário Machado e Ricardo Pais, o outro arguido no caso, foram condenados por crimes de discriminação e incitamento ao ódio e à violência por publicações em redes sociais, nas quais o tribunal de julgamento deu como provado terem apelado ao ódio e à violência contra mulheres de esquerda que visaram em particular a professora e então dirigente do Movimento Alternativa Socialista (MAS) Renata Cambra.

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