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ECONOMIA & FINANÇAS

EM 2018 NÃO HÁ DINHEIRO PARA MANUAIS ESCOLARES GRATUITOS

Alargamento da “oferta” dos manuais custa cerca de 20 milhões de euros e não consta do esboço do Orçamento do Estado para 2018. Mário Centeno terá de fazer ginástica para conseguir distribuir de forma gratuita os livros aos 200 mil alunos do 5.º e 6.º anos.

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O Governo está sem margem orçamental para alargar a distribuição gratuita dos manuais escolares aos 200 mil alunos do 5.º e 6.º ano e, para já, a medida não está incluída no esboço do Orçamento do Estado para 2018.

A medida representa pouco mais de 20 milhões de euros, excluindo os 12 milhões necessários para a ‘oferta’ dos livros aos 320 mil alunos do 1.º ao 4.º ano. E tanto o PCP como o Ministério da Educação estão a pressionar as Finanças para que a iniciativa avance em setembro de 2018. Para que isso venha a ser uma realidade, o ministro das Finanças, Mário Centeno, terá de fazer ginástica e cortar noutra medida, para conseguir as verbas necessárias. Em média, o pacote de cinco manuais escolares para os alunos do 5.º ano tem um custo de 94,80 euros e para os 6.º ano custa 99,50 euros.

As negociações entre o Executivo e os partidos da esquerda que sustentam a solução de Governo ainda estão em curso, tendo havido duas reuniões em separado – uma com o Bloco de Esquerda e outra com o PCP – durante a semana passada, mas sabe-se que o alargamento da ‘oferta’ não consta para já na versão preliminar que está a ser desenhada. Ou seja, se o Orçamento de Estado para 2018 fosse hoje entregue no Parlamento, não haveria distribuição gratuita dos manuais escolares para os alunos do 5.º e 6.º anos. No programa do Governo, está prevista a distribuição gratuita de manuais escolares em todo o ensino obrigatório (do 1.º ao 12.º ano), sendo aplicada ao longo da legislatura de forma gradual.

Recorde-se que no Orçamento do Estado para 2018 deverão constar medidas que vão implicar um grande esforço financeiro ao Governo. É o caso do descongelamento das carreiras da Função Pública – onde a Educação terá um grande peso tendo em conta o número de professores – o aumento das pensões, o aumento do salário mínimo e vão ser revistos os escalões do IRS, sendo previsível que a carga fiscal seja menos pesada.

Já no ano passado o alargamento da ‘oferta’ dos manuais escolares do 1.º ao 4.º ano de escolaridade esteve em risco e só foi decidido pelo Executivo à última hora. E para conseguir as verbas necessárias para estender a distribuição gratuita do 1.º ao 4.º ano, o Governo teve de retirar da equação os alunos do privado. Ou seja, a ‘oferta’ dos manuais passou a incluir apenas os alunos da escola pública e os que frequentam colégios nas turmas com contrato de associação. Em setembro de 2016, quando a distribuição gratuita avançou pela primeira vez, todos os alunos do 1.º ano, da escola pública e privada (80 mil na altura), receberam os manuais de forma gratuita.

Segundo o jornal SOL, o Ministério da Educação não respondeu a qualquer questão colocada sobre a distribuição e reutilização dos manuais escolares, até ao fecho desta edição.

Mas a secretária de Estado Adjunta e da Educação, Alexandra Leitão já disse, ao jornal Público, que o alargamento da distribuição gratuita ao 2. ciclo é um cenário que o Governo «está a estudar, a apurar dados e a ver possibilidades orçamentais».

Também o PCP disse ao SOL que este é um cenário que está em cima da mesa em negociação. Ou seja, tudo está em aberto, sendo que Jerónimo de Sousa já fez saber que queria estender a ‘oferta’ dos manuais escolas até ao 9.º ano já a partir de 2018.

6,2% dos livros foram reutilizados:

Os dados ainda não estão consolidados mas, de acordo com a secretária de Estado Adjunta da Educação, Alexandra Leitão, no ano lectivo passado só foram reutilizados 15 mil manuais do 1.º ano.

O número, de acordo com as declarações da governante ao Público, diz respeito apenas a cerca de metade dos agrupamentos escolares – os que terão feito um balanço ao Ministério da Educação – e dentro de um universo de 80 mil alunos do 1.º ano que receberam os livros. Ou seja, tendo em conta que cada um dos 80 mil alunos recebeu três livros, foram distribuídos 240 mil livros. Ou seja, fora reutilizados apenas 6,2% dos livros, com uma poupança que fica entre os «300 a 400 mil euros», disse Alexandra Leitão, em entrevista à Visão. O investimento na distribuição dos manuais para o 1.º ciclo foi de dois milhões de euros.

Como funciona a distribuição:

Desde o ano letivo 2016/2017 que os alunos do 1.º ano tiveram acesso aos manuais de forma gratuita. No ano letivo passado, em 2017/2018, a ‘oferta’ foi alargada aos alunos de todo o 1.º ciclo (do 1.º ao 4.º ano).

No documento lê-se que, durante a legislatura, o Executivo prevê incluir na distribuição gratuita dos manuais e «outros recursos didáticos formalmente adotados para o ensino básico e secundário». Mas, agora, a tutela entende que os livros de fichas «não são recursos didáticos obrigatórios», e não os incluiu na distribuição gratuita. Estes livros são utilizados diariamente nas salas de aula e têm um custo médio de 24 euros, para o 1.º ciclo.

Os manuais estão a chegar aos alunos de forma gratuita através das escolas, que distribuem os livros no primeiro dia de aulas. Para que as escolas comprem os livros, há dois modelos em vigor: na maioria dos casos, a tutela enviou previamente as verbas aos estabelecimentos escolares, mas algumas escolas adiantaram o dinheiro e compraram os livros a um livraria específica, passando uma credencial aos pais para que possam levantar os manuais.

Em ambos os casos, os encarregados de educação têm de assinar um termo de responsabilidade para que os livros sejam devolvidos à escola em bom estado no final do ano lectivo. Não podem estar escritos e caso não se encontrem em bom estado serão pagos pelos pais e, segundo a legislação, podem ser aplicadas coimas.

Ana Petronilho / SOL

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CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE

Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

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Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.

Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.

Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.

“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.

Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.

Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.

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RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL

A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

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A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.

Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.

Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.

Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.

Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.

No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.

Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.

No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.

No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.

Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.

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