ECONOMIA & FINANÇAS
EDP ALERTA PARA AUMENTOS DEVIDO A “IMPOSTOS E TAXAS”
O administrador da EDP Comercial António Coutinho alertou hoje que a sobrecarga de impostos e taxas no sector eléctrico, que representa 40% da factura da luz, pode levar a aumentos no preço da electricidade.
O administrador da EDP Comercial António Coutinho alertou hoje que a sobrecarga de impostos e taxas no sector eléctrico, que representa 40% da factura da luz, pode levar a aumentos no preço da electricidade.
“Os custos podem agravar-se e ter impacto no cliente final, que é sempre quem paga”, disse António Coutinho, administrador da EDP Comercial, que falava num encontro promovido pela Associação Portuguesa das Empresas do Sector Elétrico (ELECPOR).
De acordo com o responsável da empresa do grupo EDP que comercializa luz em mercado livre, o sector eléctrico em Portugal “tem vários custos que se devem a decisões políticas”, como os que dizem respeito às energias renováveis, ao suporte social, ao apoio ao sector nuclear, à eficiência energética, às taxas de concessão, à regulação e operação de mercado, ao imposto sobre o valor acrescentado (IVA), entre outros, que ao todo pesam perto de 40% na factura da luz.
Falando num total de 1.427 milhões de euros de custos de políticas e de 1.440 milhões de euros de sobrecustos de produção, António Coutinho notou que “os preços [ao consumidor] têm estado a subir pelo aumento dos impostos e taxas”, o que estimou que continue a acontecer.
Para o justificar, aludiu a estimativas de impactos de 100 milhões de euros no setor com a tarifa social, um desconto de 33,8% face à tarifa normal, concedido a 815 mil agregados familiares em Portugal e de 85 milhões de euros devido à cobrança do imposto sobre os ativos das energéticas, a contribuição extraordinária sobre o setor energético (CESE).
Também na ordem dos 85 milhões de euros deverá ser o impacto da proposta da ERSE de pagamento de 4,75 euros/MWh, enquanto o do Imposto sobre Produtos Petrolíferos (ISP) a aplicar ao carvão deverá rondar os 10 milhões de euros em 2018 e de 100 milhões de euros em 2022, indicou.
No mercado regulado, as tarifas de eletricidade devem descer 0,2% para os consumidores domésticos a partir de 1 de janeiro de 2018, de acordo com a proposta do regulador do setor, que, segundo o Governo, é a primeira descida em 18 anos.
António Coutinho referiu que os acréscimos nas faturas também se devem ao facto de os “preços que os clientes pagam estarem muito longe dos custos do setor”, o que gera défice tarifário.
Para inverter tal situação, sugeriu o financiamento dos custos das políticas através do Orçamento de Estado e, por conseguinte, reflectido nos contribuintes em vez de ser nos clientes, bem como a criação de opções tarifárias ajustadas à estrutura de custos.
Contudo, ressalvou que este ajuste tem de ser feito de forma “diluída”, já que poderiam ocorrer aumentos de 30% ou reduções de 30% na factura da luz.
“Politicamente, não é aceitável”, reconheceu, na intervenção na conferência com o tema “Pacote Energia Limpa para os consumidores europeus”.
Falando sobre esta questão, o administrador da EDP Comercial admitiu que “os preços começam a ter um papel fundamental na sustentabilidade do mercado”, já que “hoje há tecnologias que permitem que o cliente participe”, visando poupar.
Por seu lado, o presidente da EDP Renováveis, João Manso Neto, defendeu que “há algumas questões em que o programa [europeu] fica claramente abaixo daquilo que é exigido”, em áreas como o desenho do mercado, a concorrência, o modelo de governo e a sustentabilidade do sistema.
“Continuamos a pensar num modelo que existiu há 20 anos e que não tem em conta o avanço da tecnologia”, considerou João Manso Neto.
ECONOMIA & FINANÇAS
CTT: LUCROS CAÍRAM 54% PARA 7,4 MILHÕES NO PRIMEIRO TRIMESTRE
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Os lucros dos CTT caíram, no primeiro trimestre, 54% em termos homólogos, para 7,4 milhões de euros, com a subscrição de títulos de dívida pública a descer de 7,5 mil milhões de euros para 294,8 milhões de euros.
Na nota, publicada pela Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM) a empresa indicou que registou, nos primeiros três meses deste ano, “um resultado líquido consolidado atribuível a detentores de capital do grupo CTT de 7,4 milhões de euros, 8,7 milhões de euros abaixo do obtido” no primeiro trimestre do ano passado.
Os rendimentos operacionais do segmento de Serviços Financeiros e Retalho atingiram 5,5 milhões de euros no primeiro trimestre deste ano, uma queda de 80,8%, indicou o grupo.
“Este desempenho desfavorável, quando comparado com período homólogo, advém na sua maior parte do comportamento dos títulos de dívida pública”, destacou.
Segundo os CTT, “no primeiro trimestre de 2023, os títulos de dívida pública atingiram níveis máximos históricos de colocação, induzidos pela maior atratividade do produto quando comparado com os depósitos bancários”, mas a “alteração das condições de comercialização em junho de 2023 reduziu a atratividade deste produto para o aforrador, devido à redução das taxas de juro, e limitou a capacidade de comercialização, devido à diminuição drástica dos limites máximos de aplicação por subscritor”.
Assim, no período em análise, foram efetuadas subscrições destes instrumentos “no montante de 294,8 milhões de euros o que compara com 7,5 mil milhões de euros de subscrição” no primeiro trimestre de 2023, destacou.
ECONOMIA & FINANÇAS
RENOVÁVEIS ABASTECEM 90% DO CONSUMO DE ELETRICIDADE ATÉ ABRIL
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
A produção renovável abasteceu 90% do consumo de eletricidade nos primeiros quatro meses do ano, e 94,9% em abril, aproximando-se do histórico de 95,4% atingidos em maio de 1978, segundo dados da REN — Redes Energéticas Nacionais.
Nos primeiros quatro meses do ano, a produção hidroelétrica abasteceu 48% do consumo, a eólica 30%, a fotovoltaica 7% e a biomassa 6%, detalhou, em comunicado, hoje divulgado, a gestora dos sistemas nacionais de eletricidade e de gás natural.
Já a produção a gás natural abasteceu 9% do consumo, enquanto o saldo de trocas com o estrangeiro foi praticamente nulo.
Numa análise ao mês de abril, observou-se que a produção renovável foi responsável por abastecer 94,9% do consumo de eletricidade, tratando-se da quarta vez consecutiva com valores mensais acima dos 80%, depois dos 91% em março, 88% em fevereiro e 81% em janeiro.
Em abril, o consumo de energia elétrica cresceu 3,4%, representando uma subida de 0,2% considerando a correção dos efeitos de temperatura e número de dias úteis.
No mês em análise, o índice de produtibilidade hidroelétrico atingiu 1,49, o eólico 1,08 e o solar 1,01 (médias históricas de 1), enquanto a componente solar, embora seja a menos significativa das três, continuou a crescer significativamente, tendo atingido em abril o peso mensal mais elevado de sempre, correspondendo a 10,5% do consumo.
Já a produção de eletricidade através de gás natural manteve uma tendência de redução do consumo, com uma descida mensal homóloga de 86%, uma vez que fica condicionada pela elevada disponibilidade de energia renovável.
No sentido oposto, o consumo de gás natural no segmento convencional registou uma subida homóloga próxima dos 5%.
No final de abril, o consumo acumulado anual de gás registou uma variação homóloga negativa de 12%, com o segmento de produção de energia elétrica a contrair 50% e o segmento convencional a crescer 5,6%.
Segundo a REN, trata-se do consumo mais baixo desde 2004 para o período em causa.
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