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ECONOMIA & FINANÇAS

EM PORTUGAL OS JORNALISTAS SÃO MAL PAGOS

A presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sofia Branco, afirmou hoje que um terço dos jornalistas em Portugal ganha um “salário indigno”, menos de 700 euros líquidos, e que a precariedade “não escolhe idades”.

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A presidente do Sindicato dos Jornalistas, Sofia Branco, afirmou hoje que um terço dos jornalistas em Portugal ganha um “salário indigno”, menos de 700 euros líquidos, e que a precariedade “não escolhe idades”.

“Esta é já uma realidade para um terço dos jornalistas em Portugal”, garantiu Sofia Branco na conferência “Em Nome do Jornalismo”, a decorrer hoje no Centro Europeu Jean Monnet, em Lisboa.

O evento, que se realiza no Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, e é organizado pelo Sindicato dos Jornalistas em parceria com a Comissão Europeia, abordará diversos assuntos desde as ameaças à liberdade de imprensa no espaço europeu, nomeadamente na Hungria e na Polónia, a crescente precariedade laboral na profissão, o papel e a ação dos sindicatos, o exemplo das redes de colaboração transnacionais e dos projetos independentes e a importância da ética e os desafios da nova era comunicacional.

Sofia Branco advertiu ainda para o facto de o jornalismo não se reduzir “à função de informar”, pois entende que também lhe cabe “escrutinar os poderes, vigiá-los, assacar-lhes responsabilidades e denunciar promessas não cumpridas”.

“As redações esvaziam-se de gente e, com esta, vai-se a diversidade de olhares, o lema passou a ser fazer muito em menos tempo, o exercício da profissão está muito condicionado a agendas oficiais e institucionais e decisões impostas por chefias e administrações […] e o espírito crítico está adormecido, o medo e a autocensura instalaram-se”, lamentou a jornalista, incitando à participação dos jornalistas em órgãos de representação dos trabalhadores.

O jornalista espanhol Paco Audije, correspondente de La Libre Belgique e do Comité Executivo da Federação Internacional de Jornalistas considerou que as condições de trabalho se deterioraram nos media e que a precariedade “caminha paralelamente com a feminização”.

“O sentimento de um salário justo poucos jornalistas têm atualmente”, frisou, lembrando que o impacto da precariedade “vai contra as diferentes culturas” nos países europeus e contra “a riqueza das línguas”.

De acordo com Paco Audije, “os europeus têm a sua multiculturalidade e o fenómeno atual da precariedade afeta o multilinguismo” e impõe uma “uniformização do discurso”.

O professor e investigador do ISCTE-IUL, Miguel Crespo, e coautor do mais recente inquérito aos jornalistas portugueses, referiu que o trabalho realizado indicou que 64,2% dos jornalistas já pensaram em abandonar a profissão, o que “não é muito positivo” para um grupo profissional, sublinhou.

O estudo possibilitou também saber que há ceticismo em relação “à independência e autonomia”, sobretudo num contexto marcado pela precariedade e pelas pressões externas, sendo que 70% dos jornalistas portugueses consideram que o jornalismo não é a profissão mais compensadora, contra 38% a nível internacional.

Cerca de 90% dos jornalistas em Portugal consideram que o trabalho jornalístico está cada vez mais precário contra 70% a nível internacional.

Para Nikos Tsimpidas, jornalista da Rádio ERT e representante dos trabalhadores na altura do fecho da estação pública grega, as coisas “estão a ir de mal a pior”.

A segurança laboral e a independência são fundamentais na profissão de jornalista, defendeu, lembrando que “a segurança cria um ambiente propício para que a independência jornalística floresça”.

Tsimpidas lamentou que os jovens jornalistas na Grécia trabalhem por 200 euros mês e durante sete dias da semana, “muitas das vezes sem seguro nem direitos e a mais das vezes fazendo ‘copy paste’ [copiar-colar]. A teoria do jornalismo é uma, mas a realidade é outra”, ironizou.

As entidades patronais “não querem originalidade, pois isso leva tempo e a investigação jornalística não traz dinheiro e publicidade imediata”, advertiu, apelando para que “só uma luta coletiva” poderá trazer resultados no futuro, pois sozinhos “é muito difícil” alcançar alguma coisa.

LUSA

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ECONOMIA & FINANÇAS

UM EM CADA SEIS TRABALHADORES EM PORTUGAL TEM CONTRATO A PRAZO – PORDATA

Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.

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Um em cada seis trabalhadores em Portugal tem contrato a prazo, sendo o 3.º país europeu com maior percentagem, segundo dados hoje publicados pela Pordata.

Um retrato da Pordata sobre o mercado laboral em Portugal, no âmbito do 1º de Maio, Dia do Trabalhador, revela que 17,4% dos trabalhadores no país têm contrato a prazo, acima da média da União Europeia (13,4%).

“Em Portugal, um em cada seis trabalhadores tem contrato a prazo, rácio que se tem mantido quase sem alteração nos últimos 20 anos”, assinala.

Entre os países com maior percentagem de contratos a prazo estão a Sérvia e os Países Baixos.

Por outro lado, Portugal é o 10.º país dos 27 da União Europeia com menor proporção de trabalhadores a tempo parcial, já que apenas oito em cada 100 trabalhadores se encontram em regime ‘part-time’.

“Olhando apenas para as mulheres portuguesas que estão empregadas, apenas uma em cada 10 o faz a tempo parcial. É o 9.º país da UE27 com menor percentagem de mulheres empregadas em ‘part-time’”, aponta a Pordata, que assinala que nos Países Baixos e na Áustria mais de metade das mulheres empregadas trabalham neste regime.

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ECONOMIA & FINANÇAS

PENSÕES DA CGA NÃO VÃO TER ACERTO NA RETENÇÃO DO IRS

As reformas de janeiro pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) também foram processadas com base numa tabela de retenção provisória, mas não será feito nenhum acerto por estarem em causa valores residuais.

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As reformas de janeiro pagas pela Caixa Geral de Aposentações (CGA) também foram processadas com base numa tabela de retenção provisória, mas não será feito nenhum acerto por estarem em causa valores residuais.

“As reformas da CGA relativas ao mês de janeiro de 2024 foram processadas com base numa tabela de retenção na fonte do IRS provisória”, disse, em resposta à Lusa, fonte oficial do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

Mas neste caso, e ao contrário do que foi esta segunda-feira esclarecido pelo Instituto da Segurança Social (ISS) em relação às pensões Segurança Social, “não vai ser feito o acerto”, disse a mesma fonte oficial, adiantando que esta decisão foi tomada pela Direção da CGA “por estarem em causa valores residuais”.

Em comunicado, o ISS esclareceu esta segunda-feira que foram feitos acertos na retenção do IRS das pensões de abril e maio para corrigir a retenção efetuada em janeiro com base numa tabela “provisória” a 328 mil pensionistas.

O comunicado surgiu após o Jornal de Negócios, na sua edição desta segunda-feira, ter noticiado que há pensionistas que foram confrontados com uma redução do valor líquido da pensão paga em maio, sem que o recibo da mesma adiantasse uma explicação para esse facto — já que o valor bruto da pensão se manteve, assim como a taxa de retenção do imposto, mas não o montante do desconto.

Esta questão da tabela provisória de retenção e dos posteriores acertos apanhou de surpresa o novo Governo, com o gabinete da atual ministra do Trabalho, Maria do Rosário Ramalho, a revelar “estupefação” e a sublinhar que o assunto não foi transmitido pelo anterior executivo.

“A decisão do anterior Governo não foi, em qualquer momento, referida durante a reunião de transição com a atual ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social, nem foi sinalizada a qualquer nível ao atual Governo antes de ser concretizada”, refere o comunicado do Ministério do Trabalho.

Além disso, acrescenta, Maria do Rosário Ramalho e o seu secretário de Estado da Segurança Social receberam a presidente do Instituto da Segurança Social em 22 de abril e “esta nada referiu quanto à questão”.

O gabinete de Maria do Rosário Ramalho refere ainda que esta medida do acerto das pensões “processada em meados de março (depois das eleições) e concretizada a 11 e 12 de abril, resulta exclusivamente de orientação política do Governo do Partido Socialista, e da qual o atual Governo não teve conhecimento prévio”.

“Em janeiro de 2024 decidiu-se dar uma ideia artificial de aumento aos pensionistas com menos retenção de IRS para vir depois fazer-se este acerto, após as eleições, no período de transição”, nota o mesmo comunicado do Governo.

Naquele conjunto de 328 mil pensionistas da Segurança Social está incluída a devolução de IRS retido em excesso a 184 mil pensionistas (o que foi feito com a pensão de abril) e o acerto do valor retido a menos a 143.800 pensionistas — efetuado com as pensões de maio e que resultou num valor líquido inferior para estas pessoas.

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