NACIONAL
13% DOS IDOSOS SOFRE VIOLÊNCIA PSICOLÓGICA
Uma investigação sobre violência psicológica contra as pessoas idosas concluiu que 13% sofreram ameaças, agressões verbais ou insultos e humilhações, entre uma e dez vezes, nos últimos 12 meses.
Uma investigação sobre violência psicológica contra as pessoas idosas concluiu que 13% sofreram ameaças, agressões verbais ou insultos e humilhações, entre uma e dez vezes, nos últimos 12 meses.
Os dados são de um estudo, a que a Lusa teve hoje acesso, desenvolvido por Ana João Santos, no âmbito do Programa Doutoral em Gerontologia e Geriatria do Instituto de Ciências Biomédica Abel Salazar (ICBAS), sob a orientação de Óscar Ribeiro, do CINTESIS — Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.
Os perpetradores de violência continuada são principalmente os cônjuges ou companheiros (54%). No entanto, 32% dos abusadores esporádicos ou menos frequentes (uma a dez vezes no último ano) são filhos ou netos.
Quando a violência consiste em ignorar ou deixar de falar, surgem também outros membros da família na lista, como irmãos, cunhados, sobrinhos ou primos, assim como a rede social informal (vizinhos, por exemplo).
A violência psicológica, que inclui insultos, ameaças, intimidação, humilhação, entre outros comportamentos abusivos, é considerada de mais difícil deteção porque pode não ser tangível, mas também devido a especificidades culturais, variações das próprias dinâmicas familiares e a diferentes formas de medir a violência.
O trabalho analisou a violência psicológica contra as pessoas idosas num total de 1.123 adultos com mais de 60 anos de idade, residentes em Portugal. Mais de metade (66,8%) eram mulheres, 48% tinham entre 60 e 69 anos e 60% tinham menos de cinco anos de escolaridade.
Segundo o investigador Óscar Ribeiro, o objetivo foi identificar os vários tipos de abuso existentes, incluindo as formas mais ligeiras de abuso, “até porque podem ser precursoras de formas mais graves”.
Os resultados obtidos revelaram que “o comportamento abusivo mais relatado pelos idosos é a agressão verbal, seguida pelo ato de ignorar ou recusa em falar e pelas ameaças”.
Entre os indivíduos mais velhos que sofreram pelo menos um ato de violência, cerca de 60% disseram ter sido ignorados e cerca de metade disse ter sido vítima de agressão verbal mais de dez vezes no último ano.
Além de determinarem a prevalência de abusos sobre os mais velhos, os investigadores pretendiam saber o perfil dos perpetradores dos abusos e o perfil das próprias vítimas.
Neste âmbito, conclui-se que as mulheres entre os 60 e os 69 anos de idade, com pouco suporte social e a residir nas próprias casas com o cônjuge ou companheiro e com os filhos são as que sofrem violência psicológica de forma mais frequente (mais de dez vezes no último ano).
Contudo, as mulheres entre os 70 e os 79 anos e com maior falta de suporte social são as que mais reportam este tipo de abusos, ainda que esporádicos.
O estudo tem como coautores Baltazar Nunes e Irina Kislaya do Instituto Nacional de Saúde Ricardo Jorge, além de Ana Paula Gil, do CICS NOVA — Universidade Nova de Lisboa, tendo por base os dados do projeto “Envelhecimento e Violência”, coordenado por esta e desenvolvido entre 2011 e 2014 pelo Departamento de Epidemiologia do Instituto Nacional de Saúde.
LUSA
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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