REGIÕES
PEDRÓGÃO GRANDE: “NUNCA ESQUECEREMOS”
Em Nodeirinho, Pedrógão Grande, morreram há um ano onze pessoas. Junto à fonte onde outras tantas se salvaram, foi hoje inaugurado um memorial à vida, por entre abraços longos e elogios às “almas grandes” que ajudam no renascer daquela terra.
Em Nodeirinho, Pedrógão Grande, morreram há um ano onze pessoas. Junto à fonte onde outras tantas se salvaram, foi hoje inaugurado um memorial à vida, por entre abraços longos e elogios às “almas grandes” que ajudam no renascer daquela terra.
Duas grandes pedras de xisto, uma maior que outra, erguem-se à frente da fonte da pequena aldeia, assentes numa fundação que esconde restos de casas e carros que arderam – marcas do fogo que passou e que causou a morte de 11 pessoas de Nodeirinho.
De lado das pedras, uma asa, atrás, os nomes das 11 vítimas que Marcelo Rebelo de Sousa fez questão de ler, uma a uma, à frente, uma placa com a frase “Eis que faço novas todas as coisas”, verso bíblico que ecoa na cabeça de João Viola, o autor do memorial, desde o dia em que viu a sua terra natal em chamas, há precisamente um ano.
Durante o discurso, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, elogiou João Viola, o artista local que desenhou o memorial, bem como a sua mulher, Dina Duarte, “uma alma grande como muitos outros e muitas outras”, que procuram puxar “por esta ideia, para que não houvesse esquecimento”.
No final do seu discurso, sublinhou que não esquece o que aconteceu. “Eu não esqueço, vocês não esquecem, nós nunca esqueceremos”, vincou o Presidente da República, dirigindo-se para os presentes, muitos mais do que os 35 habitantes que compõem a aldeia que, em tempos, chegou a ter mais de 100 pessoas, segundo os locais.
Já antes de Marcelo falar, Dina Duarte agradecia a presença do Presidente da República, não apenas hoje, mas há cerca de um ano, quando ali foi, sem a presença de jornalistas, dar um “abraço amigo, sentido” aos habitantes.
“Tem um coração como nós e sentiu a nossa dor e veio até nós. Marcou-nos a todos, marcou a aldeia, marcou todas as aldeias”, disse Dina Duarte, realçando que o memorial que inauguravam era um espaço feito por todos – a solidariedade está presente na construção, nos materiais e até nas flores que despontam à volta – e “para todos”.
O memorial, sublinhou, “servirá para celebrarmos a vida e lembrarmos os que pereceram nesta aldeia”.
Depois da inauguração e de um momento musical, seguiram-se os abraços longos e demorados de Marcelo aos familiares das vítimas e habitantes.
Alguns deixaram-lhe cartas, outros pediram ajuda, como foi o caso de Adelino que, entre soluços e lágrimas, lá explicou que a casa onde já passava mais de metade do ano e onde nasceu, ali naquela aldeia, estava sem solução de reconstrução depois de ter ardido no fogo.
Ainda houve tempo para ir até uma mesa farta de doces e salgados, onde brindou com Vinho do Porto e recebeu um pão cozido por Dionilde, habitante de Vila Facaia.
“Este pão tem muito miolo. Sabe, em Lisboa já não há miolo”, disse, Marcelo, a rir-se e dirigindo-se a alguns jornalistas que assistiam ao momento.
Antes, passou pela parte de trás do memorial, onde elogiou o monumento, “uma homenagem personalizada. Tem rostos, tem nomes e, portanto, recordações concretas e que não vão passar”, disse.
O memorial foi sendo explicado ao Presidente da República por João Viola, pintor e habitante da aldeia, que momentos antes de o chefe de Estado chegar a Nodeirinho explicava aos jornalistas que o memorial não deveria existir e que ninguém deveria estar ali hoje.
“Estamos num tempo errado e num local errado”, sublinhou, com a voz embargada.
Para o pintor local, de 62 anos, o monumento é “um memorial à vida, para não esquecer, para fazer lembrar as gerações futuras de que é necessário mudarmos as nossas consciências em relação ao mundo que nos rodeia”.
“Não podemos olhar para uma árvore que cresce, um eucalipto, e pensar: isto é dinheiro”, notou, esperando que agora, depois de mais de 100 mortos em 2017 por causa dos incêndios, haja mudanças e as vidas perdidas não tenham “sido em vão”.
Um ano depois, João Viola não esquece nem quer que ninguém se esqueça do que aconteceu, mas também fala do futuro e dos sinais de regeneração.
Num território completamente devastado, que há um ano era negro, onde toda a vida – de cobras a insetos – desapareceu, começam a surgir novos sinais de um renascimento, das pessoas e da natureza.
“Noutro dia, chamei a minha mulher à rua, à noite. Fiquei muito feliz porque ouvi os grilos a cantar”, vincou.
REGIÕES
VILA REAL: CONCURSO PARA CONCLUSÃO DO PAVILHÃO DA ESCOLA DIOGO CÃO
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O município de Vila Real abriu esta quinta-feira um concurso público, pelo preço base de 900 mil euros, para concluir a requalificação de um pavilhão desportivo, depois de tomar posse administrativa da obra, em abril, por abandono da empreitada.
O anúncio do concurso público para a conclusão da empreitada de requalificação e beneficiação do pavilhão da Escola Diogo Cão foi publicado esta quinta-feira em Diário da República (DR).
O preço base do procedimento é de cerca de 900 mil euros, o prazo para entrega de propostas decorre até 13 de fevereiro e, depois de adjudicada, a obra deve ser concluída em 270 dias.
Em abril, a Câmara de Vila Real informou que tomou posse administrativa da obra de requalificação deste pavilhão desportivo, localizado na cidade, por alegado incumprimento do empreiteiro que terá suspendido e abandonado a empreitada.
O processo encontra-se, neste momento, em tribunal.
Em março de 2022, a Câmara de Vila Real anunciou um investimento 1,2 milhões de euros na reabilitação do pavilhão desportivo da Escola Diogo Cão e, na altura, foi referido que a intervenção demoraria cerca de um ano.
O objetivo da intervenção era dotar o pavilhão, já com mais de 50 anos, de “condições de segurança” para a prática educativa e a formação desportiva, servindo a escola e, após o horário letivo, a comunidade.
A autarquia explicou que a empreitada foi organizada em duas fases distintas, adjudicadas a duas empresas e que, ambas as fases, resultaram de candidaturas apresentadas ao Norte 2020 e tiveram uma comparticipação financeira de 85%.
No entanto, segundo explicou, a “existência de duas fases ao mesmo tempo veio a revelar-se de muito difícil compatibilização exacerbando o comportamento, já de si, pouco consensual” do empreiteiro em causa, tendo mesmo esta empresa “suspendido de forma unilateral a sua empreitada e abandonado a empreitada, obrigando o município a agir em conformidade e em defesa do interesse público municipal”.
Para efeito, a câmara avançou com a aplicação de sanção contratual no valor de cerca de 217 mil euros (mais IVA), “por atraso reiterado no cumprimento das obrigações decorrentes do contrato”, e procedeu “à resolução do contrato a título sancionatório, tomando a posse administrativa da obra, bem como dos bens móveis e imóveis à mesma afetos, procedendo aos inventários, medições e avaliações necessárias”.
O município referiu que vai conseguir recuperar parte do financiamento comunitário desta obra, já no âmbito do novo quadro comunitário.
REGIÕES
MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.
Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.
“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.
E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.
A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.
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