NACIONAL
GREVE NOS REGISTOS E NOTARIADO COM ADESÃO DE 90%
A greve dos trabalhadores dos Registos e Notariado registou hoje uma adesão de 90%, segundo o sindicato do setor, criticando aspetos da revisão da legislação laboral proposta pelo Governo e um défice de 1.500 trabalhadores.
A greve dos trabalhadores dos Registos e Notariado registou hoje “uma adesão de 90%”, segundo o sindicato do setor, criticando aspetos da revisão da legislação laboral proposta pelo Governo e um “défice de 1.500 trabalhadores”.
“O descontentamento dos trabalhadores é enorme e isso reflete-se na adesão a esta greve, que até este momento é de 90% do universo total dos trabalhadores”, disse no Porto aos jornalistas o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Registos e do Notariado (STRN), Arménio Maximino.
De acordo com o sindicalista, a paralisação que começou hoje e se prolonga até sexta-feira deve-se à discordância com “cinco diplomas” da revisão legislativa do setor proposta pelo Governo e a “reivindicação de “critérios objetivos e transparentes para todos os trabalhadores”.
“Temos uma legislação que remonta a 1979. O Governo foi incumprindo sucessivamente leis do Orçamento do Estado e chegamos ao fim da legislatura com cinco diplomas ainda por negociar”, explicou Arménio Maximino.
De acordo com o presidente do sindicado, os trabalhadores contestam “as portarias que vêm regular os concursos”, por considerarem necessária “uma formação específica para que os novos candidatos a ingressar nas carreiras o façam com formação adequada”.
“O Governo faz uma proposta colada às carreiras gerais”, lamentou.
Para o presidente do STRN, também “os critérios para os concursos são muito pouco objetivos o que leva até a uma certa opacidade”.
“Queremos critérios objetivos e transparentes para todos os trabalhadores. Acima de tudo, queremos que os concursos externos não tenham os lugares previamente definidos”, afirmou.
Arménio Maximino destacou ainda a “falta de efetivos”, devido ao “défice de 1.500 trabalhadores”.
“Estamos a falar de mais de 30% do total de trabalhadores. Estes diplomas são fundamentais para abrir os concursos externos”, justificou.
O responsável criticou ainda os critérios para os serviços mínimos decretados durante a paralisação.
“É inexplicável. Há uma tradição secular para assegurar testamentos e casamentos na iminência de morte de uma das partes. Sempre foi assim. No entanto, pretendeu-se aumentar os serviços munimos e os meios para os assegurar”, observou.
Para o sindicalista, os serviços mínimos não respeitaram “os critérios proporcionalidade”.
Em comunicado, o STRN esclarece que “a paralisação nacional do setor dos Registos e do Notariado acontece como forma de pressão para que o Governo abra concursos, internos e externos, com regras mais transparentes e objetivas”.
“Não há concursos há mais 16 anos e o setor, segundo números oficiais, carece de mais de 30% de efetivos. Ou seja, prefigura-se no que se designa por falência técnica, o que tem contribuído para uma prestação deficitária aos utentes que recorrem a estes serviços”, acrescenta.
De acordo com o STRN, a greve “por mais funcionários faz-se para que se tente salvar, em última instância, o funcionamento do próprio setor dos Registos e Notariado (principal fonte de receita do Ministério da Justiça)”.
LUSA
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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