INTERNACIONAL
ETIÓPIA: QUEDA DE AVIÃO PROVOCA 157 MORTOS
Nenhuma das 157 pessoas que estavam a bordo do avião da Ethiopian Airlines que hoje se despenhou pouco depois de descolar de Adis Abeba, Etiópia, terá sobrevivido, admitiu um porta-voz da companhia aérea à emissora estatal etíope EBC.
Nenhuma das 157 pessoas que estavam a bordo do avião da Ethiopian Airlines que hoje se despenhou pouco depois de descolar de Adis Abeba, Etiópia, terá sobrevivido, admitiu um porta-voz da companhia aérea à emissora estatal etíope EBC.
Um avião da Ethiopian Airlines com destino a Nairobi, Quénia, despenhou-se hoje pouco depois de descolar de Adis Abeba, Etiópia, confirmou a companhia aérea, referindo que estariam 149 passageiros e oito tripulantes a bordo.
“Não há sobreviventes” do acidente, informou o porta-voz da companhia Asrat Begashaw, citado pela BBC, à emissora estatal etíope EBC.
A Ethiopian Airlines já divulgou a nacionalidade de 130 dos passageiros, estando entre as vítimas mortais 32 cidadãos do Quénia, 18 do Canadá, 9 da Etiópia, 8 da China, 8 de Itália, 8 dos EUA, 7 do Reino Unido, 7 de França, 6 do Egipto, 5 da Holanda, 4 com passaporte das Nações Unidas, 4 da Índia, 3 da Rússia, 2 de Marrocos, 2 de Israel, 1 da Bélgica, 1 do Uganda, 1 do Iémen, 1 do Sudão, 1 de Togo, 1 de Moçambique e 1 da Noruega.
Até ao momento, a lista não inclui cidadãos portugueses. Contactada pela Lusa, fonte da Secretaria de Estado das Comunidades referiu que as autoridades portuguesas estão a acompanhar a ocorrência, estando em contacto com a Embaixada de Portugal em Nairobi (Quénia).
“As operações de busca e salvamento estão em curso e não temos informações sobre sobreviventes ou possíveis vítimas mortais”, disse a companhia aérea no primeiro comunicado, antes de confirmar que não há sobreviventes.
De acordo com a informação avançada pela imprensa internacional, o acidente com o avião Boeing 737 – que realizava um voo regular entre Adis Abeba e Nairobi – terá ocorrido às 08:44 (horas locais) no domingo, cerca de seis minutos após a descolagem na capital da Etiópia.
A companhia aérea deverá realizar uma conferência de imprensa em breve. As causas do acidente ainda não são conhecidas.
O primeiro-ministro da Etiópia Abiy Ahmed já manifestou na sua conta oficial no Twitter “profundas condolências” às famílias das vítimas.
Um avião do mesmo modelo, Boeing 737 MAX, despenhou-se a 29 outubro de 2018, 12 minutos depois de ter descolado do aeroporto de Jacarta em direção a Sumatra, na Indonésia, tendo-se despenhado no mar, ao largo de Java, com 189 pessoas a bordo. O relatório preliminar sobre queda de avião confirmou uma falha no sistema automático de segurança.
A Ethiopian Airlines foi fundada em 21 de dezembro de 1945 e a sua rede abrange Europa, América do Norte, América do Sul, África, Médio Oriente e Ásia, ligando as cidades em todo o mundo.
Ethiopian Airlines é conhecida por ter uma boa reputação no que toca às questões de segurança, lembra a BBC. O último acidente grave da companhia aconteceu em 2010 quando um avião caiu no Mar Mediterrâneo após partir de Beirute, no Líbano, vitimando 90 pessoas.
BBC | EBC | MADREMEDIA
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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