INTERNACIONAL
AMNISTIA INTERNACIONAL LANÇA APLICAÇÃO COM JOGOS SOBRE DIREITOS HUMANOS
A Amnistia Internacional (AI) lançou esta segunda-feira uma aplicação móvel gratuita para tornar a aprendizagem de direitos humanos acessível a todos, no âmbito do Dia Internacional da Educação, com jogos educativos sobre direitos como liberdade expressão e de reunião pacífica.
A Amnistia Internacional (AI) lançou esta segunda-feira uma aplicação móvel gratuita para tornar a aprendizagem de direitos humanos acessível a todos, no âmbito do Dia Internacional da Educação, com jogos educativos sobre direitos como liberdade expressão e de reunião pacífica.
“O ‘Rights Arcade’ foi projetado para fortalecer o movimento dos direitos humanos através da educação orientada para a ação. Os jogos vão aumentar o conhecimento dos jogadores sobre direitos humanos e vão incentivar as pessoas a agir sobre as questões dos direitos humanos”, lê-se em comunicado.
De acordo com a AI, um dos principais recursos da aplicação móvel – disponível nos sistemas operativo iOS (Apple) e Android (Google) . é uma abordagem individualizada que permite aos utilizadores aprender, refletir e agir enquanto navegam pelas histórias do jogo.
“Este jogo foi projetado para capacitar e encorajar as pessoas de todas as faixas etárias, mas especialmente o público mais jovem, a aprender sobre os direitos humanos de forma envolvente”, disse a secretária-geral da AI, Agnès Callamard.
Para Agnès Callamard, os jovens são “fundamentais” na agenda dos direitos humanos, no presente e no futuro.
“Atingi-los nos espaços [telemóveis] em que habitam ou com os quais se envolvem regularmente é fundamental para capacitar novas gerações futuras de ativistas e capacitá-los a lutar e proteger os direitos humanos – agora e no futuro”, acrescentou.
Os jogadores fazem uma viagem pelos direitos humanos através das experiências de três pessoas reais: Ahmed Kabir Kishor, um cartunista acusado de forma injusta sob a Lei de Segurança Digital no Bangladesh; Zhang Zhan, jornalista condenada a quatro anos de prisão por noticiar sobre a Covid-19 na China; e Panusaya Sithijirawattanakul, uma ativista estudantil que enfrenta mais de 25 acusações por protestar na Tailândia.
As histórias do jogo, que são experiências fictícias inspiradas em eventos reais, são impulsionadas pelas escolhas do jogador.
“O jogador pode interpretar o papel e viajar pelas experiências dos três personagens centrais, tomando decisões com base na sua compreensão sobre direitos humanos e desvendando como os conceitos se aplicam no quotidiano”, segundo a AI.
O ‘Rights Arcade’ encontra-se disponível em todo o mundo em apenas quatro idiomas: inglês, chinês simplificado, tailandês e coreano.
A aplicação será “atualizada regularmente para alojar a aprendizagem em mais línguas e com novas ofertas de jogos nos próximos meses e anos”, é acrescentado.
INTERNACIONAL
BIBLIOTECA SOBRE O NAZISMO E O HOLOCAUSTO ACESSÍVEL NA INTERNET DESDE HOJE
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
Fotografias do campo de Auschwitz-Birkenau, testemunhos e documentos sobre a ascensão do fascismo na Europa antes da Segunda Guerra Mundial integram um dos maiores arquivos sobre o Holocausto que está acessível desde hoje na internet.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto, com sede em Londres, reúne centenas de milhares de documentos originais sobre a situação dos judeus europeus antes de 1939, o regime nazi e o Holocausto.
A biblioteca decidiu tornar acessível hoje, no 80.º aniversário da libertação de Auschwitz, parte da sua coleção, nomeadamente fotografias, cartas e testemunhos que atestam os crimes nazis no campo da Polónia (https://wienerholocaustlibrary.org/).
“A necessidade de defender a verdade tornou-se ainda mais urgente devido ao ressurgimento do antissemitismo e de outras formas de desinformação e ódio”, explicou Toby Simpson, diretor da biblioteca, citado num comunicado.
“Ao disponibilizar gratuitamente uma grande quantidade de provas em linha [‘online’], estamos a garantir que os arquivos históricos são acessíveis a todos”, afirmou, segundo a agência francesa AFP.
Entre os mais de 150.000 documentos disponíveis em linha pela primeira vez, encontram-se numerosas fotografias tiradas aquando da libertação do campo de Auschwitz, em 27 de janeiro de 1945.
Também ficaram acessíveis documentos utilizados nos julgamentos de Nuremberga, durante os quais os principais dirigentes do Terceiro Reich, o regime nazi alemão de Adolf Hitler, foram julgados.
A biblioteca publica também cerca de 500 folhetos e livros de propaganda antifascista, distribuídos na Alemanha na década de 1930 e disfarçados de anúncios de champôs ou livros de receitas, para escapar à vigilância do regime nazi.
Revela também documentos que mostram a ascensão do fascismo no Reino Unido antes e depois da Segunda Guerra Mundial (1939-1945).
“Numa altura em que figuras de extrema-direita ameaçam a Europa e não só, estas coleções revelam não só as origens destas ideologias perigosas, mas também as motivações e estratégias daqueles que, ao longo da História, as mantiveram à distância”, disseram os responsáveis pela biblioteca.
A Biblioteca Wiener sobre o Holocausto foi fundada na década de 1930 por Alfred Wiener, que fez campanha contra o nazismo nas décadas de 1920 e 1930.
Depois de fugir da Alemanha para os Países Baixos, em 1933, começou a recolher provas da perseguição dos judeus.
Continuou o seu trabalho a partir do Reino Unido, onde se exilou pouco antes do início da guerra e onde a biblioteca ainda se encontra, no centro de Londres.
Sobreviventes de Auschwitz, acompanhados pelo Presidente polaco, Andrzej Duda, depositaram flores hoje de manhã em frente ao Muro da Morte do campo, onde os prisioneiros eram fuzilados.
Alguns usavam lenços às riscas azuis e brancas, simbolizando os antigos uniformes prisionais. Ao pé do muro, acenderam velas em memória dos mortos e tocaram o muro com uma mão, em silêncio.
A cerimónia, sob o portão de entrada de Birkenau, deverá começar às 16:00 locais (15:00 em Lisboa) e contará com a presença de 54 delegações internacionais, algumas das quais lideradas por chefes de Estado, mas o foco estará nos sobreviventes, segundo a organização.
“Este ano, estamos a centrar-nos nos sobreviventes e na sua mensagem”, disse à AFP o porta-voz do museu de Auschwitz, Pawel Sawicki.
“Não haverá discursos de políticos”, acrescentou.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no campo entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
INTERNACIONAL
PAPA DIZ QUE HOLOCAUSTO NÃO PODE SER ESQUECIDO OU NEGADO
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
O Papa Francisco disse hoje que “o horror” do Holocausto não pode ser “esquecido ou negado” e exortou à luta contra o antissemitismo, lembrando que na segunda-feira se assinalam 80 anos da libertação do campo de concentração de Auschwitz.
“Amanhã é o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, 80 anos após a libertação do campo de concentração de Auschwitz. O horror do extermínio de milhões de judeus e de pessoas de outras religiões durante esses anos não pode ser esquecido nem negado”, afirmou o Papa no final da oração do Angelus dominical.
Lembrando que, durante esses anos, foram também mortos “muitos cristãos, muitos mártires”, Francisco apelou a que “todos trabalhem em conjunto para erradicar o flagelo do antissemitismo e outras formas de discriminação e perseguição religiosa”.
“Construamos juntos um mundo mais fraterno e justo, educando os jovens a ter um coração aberto a todos na lógica da fraternidade, do perdão e da paz”, concluiu.
Proclamado oficialmente em novembro de 2005, o Dia Internacional da Memória das Vítimas do Holocausto, que se assinala na segunda-feira, comemora a libertação pelas tropas soviéticas, em 1945, do campo de concentração e extermínio nazi alemão de Auschwitz-Birkenau.
Auschwitz-Birkenau tornou-se o símbolo do genocídio perpetrado pela Alemanha nazi contra seis milhões de judeus europeus, um milhão dos quais morreram no local entre 1940 e 1945, bem como mais de 100.000 não judeus.
Na segunda-feira, uma cerimónia oficial com a presença de cerca de meia centena de sobreviventes e 54 delegações internacionais assinalará o 80.º aniversário da libertação do local.
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