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ECONOMIA & FINANÇAS

ANTÓNIO COSTA PROMETE 2 MIL MILHÕES DE APOIOS ÀS EMPRESAS

O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que este ano vão ser canalizados dois mil milhões de euros de apoios para as empresas, uma “meta ainda mais ambiciosa” do que 2017.

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O primeiro-ministro, António Costa, anunciou hoje que este ano vão ser canalizados dois mil milhões de euros de apoios para as empresas, uma “meta ainda mais ambiciosa” do que 2017.

“A meta para 2018 é ainda mais ambiciosa, a meta é colocar nas empresas dois mil milhões de euros de apoio para as empresas poderem investir, mas a confiança que temos é a confiança que resulta da experiência que temos acumulado, de verificar a capacidade de iniciativa que as empresas têm tido, da capacidade que têm tido de executar esses fundos comunitários e de, a cada concurso, se verificar sempre um número de candidaturas que excede as tranches colocadas a concurso”, disse António Costa, numa intervenção no almoço-debate da Fundação AEP, no Porto, perante empresários.

António Costa recordou que há dois anos, quando chegou ao Governo, existiam 15 empresas apoiadas e quatro milhões de euros de fundos comunitários mobilizados, tendo traçado como meta colocar nos 100 primeiros dias do executivo 100 milhões de euros de apoio ao investimento, algo que foi conseguido.

O primeiro-ministro salientou ainda que, no ano passado, a meta eram os mil milhões de euros, alcançada em Setembro, o que permitiu terminar 2017 com uma execução de 1.250 milhões de euros.

Segundo o primeiro-ministro, isto deve-se à “forte confiança” que os agentes económicos têm vindo a manifestar, ao clima económico positivo e às perspectivas da economia europeia e mundial que são favoráveis ao investimento.

“Tem havido, desde o início do Governo, uma preocupação central que tem a ver com a melhoria de condições de investimento por parte das empresas que se traduziu, desde logo, na capacidade de agilização e mobilização de fundos comunitários”, frisou.

Este “sentimento de segurança”, acrescentou, mede-se por um dado importante, ou seja, o emprego não tem crescido só em números absolutos, mas em qualidade, visto que, 75% dos 242 mil novos postos de trabalho criados não são contratos a termo.

António Costa advertiu, contudo, que a criação de condições para as empresas poderem investir não é suficiente, sublinhando que é necessário que as políticas públicas possam contribuir para que esses investimentos aconteçam, sendo “essencial” a manutenção do quadro macroeconómico, a capacidade de mobilização e gestão dos fundos comunitários, a criação de infra-estruturas e o reforço do investimento na rede portuária.

Mas, o “grande investimento duradouro” que o país tem de fazer está relacionado com os recursos humanos, defendeu o primeiro-ministro, reiterando que a competitividade de Portugal vai assentar “cada vez mais” na inovação e no conhecimento.

O programa Capitalizar destina-se a financiar a tesouraria e o investimento de empresas. As empresas podem financiar-se entre 25 mil e dois milhões de euros e com prazos entre três e dez anos. O crédito às empresas através do programa Capitalizar tem a vantagem de permitir aceder a crédito com condições mais vantajosas do que as que a banca concede.

ECONOMIA & FINANÇAS

SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS

Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

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Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.

Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).

Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.

Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.

Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.

Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.

Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.

Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.

Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.

Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.

No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.

Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.

O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).

A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.

Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.

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ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES

As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

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As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.

Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).

“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.

Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.

O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.

No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.

O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.

Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.

A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.

De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.

O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.

O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.

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