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APAV: OS FILHOS QUE AGRIDEM OS PAIS

Todos os dias há, em média, um pai ou uma mãe agredidos pelos filhos, em contexto de violência doméstica, revelam dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que registou 1.777 casos entre 2013 e 2015. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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Todos os dias há, em média, um pai ou uma mãe agredidos pelos filhos, em contexto de violência doméstica, revelam dados da Associação Portuguesa de Apoio à Vítima, que registou 1.777 casos entre 2013 e 2015.

Significa que, em média, houve mais de 592 casos por ano, o que representa pelo menos um caso por dia em que pais são vítimas de violência doméstica por parte dos próprios filhos.

Casos como o de Hermínia (nome fictício), mais de 70 anos, agredida durante alguns meses por um filho, entre murros, apertões e puxões de cabelo, dão rosto a estas estatísticas.

Hermínia fala sempre de mão dada com Inês Gonçalves, a assessora técnica do Gabinete de Apoio à Vítima de Lisboa que tem acompanhado o seu caso. Está nervosa e isso fá-la sentir mais calma. Viajou de propósito da cidade onde agora reside com um familiar para a entrevista.

“Sempre nos demos bem”, recorda, quando começa a falar da relação que tinha com o filho. “Mas depois da morte do pai ele começou-me a tratar mal”.

O filho, atualmente na casa dos 40 anos, com um historial de toxicodependência e doença psiquiátrica, continua a viver na casa de família, enquanto Hermínia viu-se obrigada a sair, tendo encontrado abrigo na casa de um familiar.

“Fechava os punhos, batia-me de um lado e de outro, puxava-me os cabelos, batia-me na cabeça, batia-me nos olhos, apertou-me o nariz, tapou-me a boca e apertou-me o pescoço e outras coisas mais”, conta à Lusa.

Depois da morte do marido, as agressões acontecem de forma continuada, durante meses. Logo na primeira vez, Hermínia teve de receber tratamento hospitalar, ao mesmo tempo que iam sendo feitas várias queixas na polícia.

No entanto, o caso só chega à APAV depois de uma funcionária de uma instituição bancária, onde Hermínia tinha conta, ter desconfiado do que se estava a passar. Eram frequentes as idas ao banco com o filho para levantar dinheiro e eram também frequentes as vezes que aparecia com hematomas no rosto.

“Foi esta senhora que acabou por dar o alerta e foi assim que esta situação chegou até nós”, revela Inês Gonçalves.

Nas estatísticas da APAV, os 1.777 pedidos de ajuda feitos à associação traduzem-se em 4.327 “factos criminosos”, havendo, no total dos três anos, 123 casos de furto/roubo, 698 casos de ameaça/coação, 1.090 ocorrências de maus tratos físicos e 1.658 crimes de maus tratos psíquicos.

Entre as vítimas, mais de 83% são mulheres e em cerca de 49% dos casos tinham 65 anos ou mais de idade.

Grande parte dos pais é viúvo (29%), mas há também 25,5% que é casado, sendo que em 32,4% dos casos (575) pertenciam a um tipo de família nuclear com filhos.

Já no que diz respeito aos autores dos crimes, a APAV contabilizou, nos três anos, 1.894 pessoas, ou seja, um número superior ao de vítimas.

Em mais de 65% dos casos, o agressor é do sexo masculino, maioritariamente (93%) tem entre os 36 e os 45 anos, é solteiro (26%) e está desempregado (31,5%).

Entre os 4.326 crimes registados pela APAV houve 1.658 casos de maus tratos psíquicos, 1.090 maus tratos físicos, 698 ameaças, mas também 123 roubos ou duas violações.

Estatísticas que a Hermínia pouco dizem. O que sabe é que se o familiar não a tivesse ido buscar, “hoje já não estava cá”. Sonhava envelhecer em casa – porque até tinha recursos económicos para isso – mas agora aguarda por uma vaga num lar de idosos.

Não há dia em que não pense no que se passou e chora quando constata o óbvio, como que a desculpar: “É meu filho”, diz, enquanto encolhe os ombros.

Fez muitos quilómetros para a entrevista, mas a sua grande preocupação é conseguir passar por casa e deixar uns sacos com comida ao filho.

LUSA

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25 DE ABRIL: SALÁRIO MÍNIMO, FÉRIAS E DIREITO À GREVE SÃO CONQUISTAS DE ABRIL

A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

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A implementação do salário mínimo nacional, o direito a férias, à atividade sindical e à greve foram algumas das conquistas da revolução de 1974 no mundo do trabalho, que passou a ser exercido com mais direitos.

O salário mínimo nacional, que hoje é de 820 euros, foi implementado pela primeira vez há cinquenta anos e o seu valor real nessa altura era de 629 euros, se descontada a inflação acumulada e considerando o índice de preços ao consumidor, segundo um retrato da Pordata, divulgado no âmbito do 50.º aniversário do 25 de Abril de 1974.

O documento elaborado pela base de dados estatísticos da Fundação Francisco Manuel dos Santos, assinala que, a partir da revolução, o trabalho passou a ser exercido com mais direitos, após anos de desinvestimento na educação durante a ditadura, com os reduzidos anos de escolaridade obrigatória, e a pobreza que levavam muitas crianças a trabalhar desde cedo.

De acordo com os Censos de 1960, eram mais de 168 mil as crianças a trabalhar e, nos Censos de 1970, registaram-se cerca de 91 mil crianças, entre os 10 e os 14 anos, indica a Pordata.

A entrada da mulher no mercado de trabalho foi outra das grandes transformações que ocorreram com a revolução. Segundo a Pordata, em 1970, apenas 25% das mulheres com 15 ou mais anos trabalhavam e, em 2021, esse valor atingiu os 46%.

O documento destaca ainda “a profunda alteração na distribuição dos trabalhadores pelos grandes setores económicos”.

Em 50 anos, o peso da mão-de-obra na agricultura e pescas (setor primário) diminuiu consideravelmente, assim como na indústria (setor secundário) e, em contrapartida, cresceu o emprego nos serviços e o trabalho terciarizou-se.

No ano da revolução, 35% da população empregada trabalhava no setor primário, 34% no setor secundário e 31% no terciário, valores que em 2023 passaram a ser de 3%, 25% e 72%, respetivamente.

Os dados mostram ainda que só nas décadas de 1970 e 1980 se concretizou “um efetivo sistema de Segurança Social, no sentido do alargamento da proteção social ao conjunto da população e à melhoria da cobertura das prestações sociais”.

Entre 1974 e 2022, de acordo com a Pordata, as pensões de velhice atribuídas pela Segurança Social aumentaram de 441 mil para cerca de 2 milhões.

“Também se registaram importantes avanços na criação de medidas de proteção à infância e à família, ou às situações de maior vulnerabilidade, como o desemprego ou a pobreza”, indica o documento.

Exemplos destas medidas são o Complemento Social para Idosos (CSI) ou o Rendimento Social de Inserção (RSI).

A importância da proteção social é visível pelo aumento das despesas das prestações sociais da Segurança Social, que mais do que duplicaram, de 5% para 12% do Produto Interno Bruto (PIB), entre 1977 e 2022.

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25 DE ABRIL: A HISTÓRIA DA REVOLUÇÃO

O dia 25 de Abril de 1974 será para sempre o “Dia da Liberdade”. Afinal o que se passou exactamente nesse dia ? Para compreenderes temos aqui um resumo do que realmente se passou nesse dia e da importância que representa para Portugal e para os Portugueses. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

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A Revolução de 25 de Abril, também referida como Revolução dos Cravos, refere-se a um período da história de Portugal resultante de um movimento social, ocorrido a 25 de Abril de 1974, que depôs o regime ditatorial do Estado Novo, vigente desde 1933, e iniciou um processo que viria a terminar com a implantação de um regime democrático e com a entrada em vigor da nova Constituição a 25 de Abril de 1976, com uma forte orientação socialista na sua origem.

Esta ação foi liderada por um movimento militar, o Movimento das Forças Armadas (MFA), que era composto na sua maior parte por capitães que tinham participado na Guerra Colonial e que tiveram o apoio de oficiais milicianos. Este movimento surgiu por volta de 1973, baseando-se inicialmente em reivindicações corporativistas como a luta pelo prestígio das forças armadas, acabando por atingir o regime político em vigor. Com reduzido poderio militar e com uma adesão em massa da população ao movimento, a resistência do regime foi praticamente inexistente e infrutífera, registando-se apenas 4 civis mortos e 45 feridos em Lisboa pelas balas da DGS.

O movimento confiou a direção do País à Junta de Salvação Nacional, que assumiu os poderes dos órgãos do Estado. A 15 de Maio de 1974, o General António de Spínola foi nomeado Presidente da República. O cargo de primeiro-ministro seria atribuído a Adelino da Palma Carlos. Seguiu-se um período de grande agitação social, política e militar conhecido como o PREC (Processo Revolucionário Em Curso), marcado por manifestações, ocupações, governos provisórios, nacionalizações e confrontos militares que, terminaram com o 25 de Novembro de 1975.

Estabilizada a conjuntura política, prosseguiram os trabalhos da Assembleia Constituinte para a nova constituição democrática, que entrou em vigor no dia 25 de Abril de 1976, o mesmo dia das primeiras eleições legislativas da nova República. Na sequência destes eventos foi instituído em Portugal um feriado nacional no dia 25 de Abril, denominado como “Dia da Liberdade”.

25 DE ABRIL - MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

25 DE ABRIL – MOMENTOS DA REVOLUÇÃO

 

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