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INTERNACIONAL

AUSTRÁLIA: UM “UPDATE” DEIXOU 10 MILHÕES DE PESSOAS SEM INTERNET E TELEFONE

O apagão nos serviços de telefone móvel e Internet que afetou mais de 10 milhões de australianos durante 12 horas na quarta-feira passada deveu-se a uma atualização informática, admitiu hoje a operadora de telecomunicações Optus.

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O apagão nos serviços de telefone móvel e Internet que afetou mais de 10 milhões de australianos durante 12 horas na quarta-feira passada deveu-se a uma atualização informática, admitiu hoje a operadora de telecomunicações Optus.

“Estas mudanças no encaminhamento de dados afetaram a nossa rede em múltiplas setores e excederam os níveis de segurança preestabelecidos nos principais” servidores, explicou a Optus.

De acordo com um comunicado, os servidores desligaram-se automaticamente da rede principal da operadora “para se protegerem” e, em alguns casos, tiveram de ser reinicializados ou ligados de novo à rede de forma manual.

A segunda maior empresa de telecomunicações da Austrália garantiu que já fez alterações na rede para evitar problemas semelhantes no futuro.

A Optus enfrenta uma série de investigações por parte do governo australiano, o parlamento e a Autoridade Australiana de Comunicações e Media, o órgão governamental que regula o setor das telecomunicações.

O apagão de quarta-feira, considerado o maior da história da empresa, afetou mais de 10 milhões de pessoas durante cerca de 12 horas, o que representa mais de 38,4% da população da Austrália.

O incidente afetou também cerca de 400 mil empresas e serviços governamentais, que se viram impossibilitados de fazer ou receber chamadas, enviar mensagens de texto, aceder à Internet ou realizar transações e pagamentos bancários.

Dezenas de hospitais não conseguiam receber chamadas telefónicas e os telefones fixos da rede Optus não conseguiam contactar os serviços de emergência.

A hora de ponta foi caótica na cidade de Melbourne depois de uma “falha de comunicações” ter interrompido os serviços ferroviários.

A Optus anunciou hoje que vai oferecer pelo menos 200 gigabytes de dados móveis adicionais aos clientes afetados, entre outros benefícios.

Há pouco mais de um ano, mais de nove milhões de clientes da operadora australiana viram os dados pessoais roubados num ataque informático.

INTERNACIONAL

GUERRA: RÚSSIA “AVISA” MOLDOVA QUE PODE SER A “PRÓXIMA VÍTIMA”

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Moldova está em risco de se tornar na nova vítima da “guerra híbrida” que opõe o Ocidente à Rússia.

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O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Lavrov, afirmou hoje que a Moldova está em risco de se tornar na nova vítima da “guerra híbrida” que opõe o Ocidente à Rússia.

Após uma reunião dos ministros dos Negócios Estrangeiros da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE) em Skopje, capital da Macedónia do Norte, Lavrov saientou que “a Moldova está destinada a tornar-se a próxima vítima da guerra híbrida desencadeada pelo Ocidente contra a Rússia”, de acordo com a agência de notícias TASS.

A Rússia tem acusado repetidamente os países ocidentais de empurrarem a Moldova para a guerra na vizinha Ucrânia.

Em causa está a Transnístria, a zona oriental da Moldova junto à Ucrânia, que é governada por uma república separatista pró-russa, que conta com um contingente militar de Moscovo.

Embora Chisinau tenha reiterado a sua neutralidade e não pretenda aderir à NATO, foi – juntamente com a Ucrânia – um dos últimos países a obter o estatuto de candidato à UE.

A região da Transnístria – cuja população é predominantemente russófona- ganhou proeminência nos últimos meses devido aos seus laços com o governo russo e à sua importante posição geo-estratégica.

As autoridades ucranianas chegaram mesmo a referir possíveis incursões russas na Ucrânia ocidental a partir da Transnístria.

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INTERNACIONAL

PORTUGAL AVISA A RÚSSIA: “A PAZ É DA SUA EXCLUSIVA RESPONSABILIDADE”

O chefe da diplomacia portuguesa defendeu hoje em Skopje que a paz “é da exclusiva responsabilidade” da Rússia, mediante a retirada dos territórios ocupados na Ucrânia, mensagem que transmitiu ao seu homólogo russo, em quem viu “falta de convicção”.

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O chefe da diplomacia portuguesa defendeu hoje em Skopje que a paz “é da exclusiva responsabilidade” da Rússia, mediante a retirada dos territórios ocupados na Ucrânia, mensagem que transmitiu ao seu homólogo russo, em quem viu “falta de convicção”.

A posição de Portugal foi transmitida numa intervenção de João Gomes Cravinho na reunião da Organização para a Segurança e Cooperação na Europa (OSCE), em Skopje, Macedónia do Norte, em que esteve presente o ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov e, na qual, considerou o governante português, a Rússia esteve “completamente isolada, apenas com a pequena bengala da Bielorrúsia”.

“Transmiti, em primeiro lugar, que a invasão da Ucrânia pela Rússia era da exclusiva responsabilidade da Rússia, e que aquilo que a Rússia tem oferecido como justificações não colam, e sendo da exclusiva responsabilidade da Rússia, a paz também era de exclusiva responsabilidade da Rússia, nomeadamente através daquilo que é a exigência óbvia, a retirada imediata e incondicional das forças russas da Ucrânia”, comentou o ministro, em declarações à agência Lusa, no final do primeiro de dois dias de encontro da OSCE.

Durante o encontro, o futuro da organização, com 57 membros, esteve em debate, quando “obviamente, há uma situação hoje em que a segurança e a cooperação na Europa foram muito francamente destroçadas pelas ações da Rússia”.

Polónia e os três países bálticos, Estónia, Lituânia e Letónia boicotaram a reunião, dada a presença de Lavrov, mas fizeram-se representar a nível de embaixadores.

Questionado se tinha encontrado alguma abertura por parte do governante russo, João Gomes Cravinho respondeu que não, mas lhe que encontrou “alguma fraqueza”.

“O tempo ajudará, porque esta Rússia não será assim para sempre, acredito. Aquilo que eu senti foi alguma fraqueza da parte [do ministro Lavrov], de falta de convicção. É uma pessoa com enorme experiência política e diplomática (…) Aquilo que eu vi hoje foi uma pessoa com argumentos extremamente debilitados e com pouca capacidade de impor as suas ideias. Isso fez-me pensar, porque, de facto, o futuro da Rússia não pode passar por este tipo de argumentação completamente frouxa e baseada em falsidades”, sustentou Gomes Cravinho.

“A atitude da Rússia está na origem de vários problemas” que foram abordados hoje durante a reunião, adiantou.

O ministro português reuniu-se com os colegas da Arménia e Azerbaijão, que encorajou a avançar no processo de paz, após a vitória azeri num ataque relâmpago, em setembro, sobre a região separatista de Nagorno-Karabakh, e de quem disse ter recebido a garantia de que “o acordo está próximo”.

Foram igualmente abordados os “conflitos congelados” na Transnístria e “nas regiões na Geórgia ocupadas pela Rússia, da Ossétia do Sul e Abkhazia”.

“A Rússia esteve hoje completamente isolada, enfim, com a bengala pequena que lhe foi oferecida pela Bielorrússia”, país aliado de Moscovo, destacou Gomes Cravinho.

Sobre o futuro da OSCE, destacou a necessidade de “assegurar a continuidade da organização para um momento em que possa voltar a ter utilidade”, contando com “um parceiro de boa-fé e com um espírito construtivo”.

“A Rússia de hoje é menos construtiva do que a União Soviética” de há quase 50 anos, quando foi criada a organização que viria a dar origem à OSCE, algo que o ministro considerou “profundamente preocupante”.

“A União Soviética daquela época, pensando de forma muito diferente durante a Guerra Fria, de qualquer maneira, quis chegar a um entendimento sobre algumas questões básicas de promoção da segurança e da cooperação e de promoção dos direitos humanos também. Ora, a Rússia atual não quer nem promover a segurança nem a cooperação nem os direitos humanos e recusa tudo o que seja o espírito de Helsínquia de 1975”, considerou o chefe da diplomacia portuguesa.

A ofensiva militar lançada a 24 de fevereiro de 2022 pela Rússia na Ucrânia causou, de acordo com os mais recentes dados da ONU, a pior crise de refugiados na Europa desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).

A invasão russa — justificada pelo Presidente russo, Vladimir Putin, com a necessidade de “desnazificar” e desmilitarizar a Ucrânia para segurança da Rússia – foi condenada pela generalidade da comunidade internacional, que tem respondido com envio de armamento para a Ucrânia e imposição à Rússia de sanções políticas e económicas.

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