ECONOMIA & FINANÇAS
AUTORIDADE DA CONCORRÊNCIA APLICA MULTA DE 225 MILHÕES A 14 BANCOS
A Autoridade da Concorrência condenou 14 bancos ao pagamento de coimas no valor global de 225 milhões de euros por prática concertada de informação sensível no crédito à habitação entre 2002 e 2013, informou hoje a AdC.

A Autoridade da Concorrência condenou 14 bancos ao pagamento de coimas no valor global de 225 milhões de euros por prática concertada de informação sensível no crédito à habitação entre 2002 e 2013, informou hoje a AdC.
Os bancos condenados são “o BBVA, o BIC (por factos praticados pelo então BPN), o BPI, o BCP, o BES, o BANIF, o Barclays, a CGD, a Caixa de Crédito Agrícola, o Montepio, o Santander (por factos por si praticados e por factos praticados pelo Banco Popular), o Deutsche Bank e a UCI”, segundo refere o comunicado da Autoridade da Concorrência”.
A AdC indica que “os bancos participantes na prática concertada trocaram informação sensível referente à oferta de produtos de crédito na banca de retalho, designadamente crédito habitação, crédito ao consumo e crédito a empresas”.
“Neste esquema, cada banco facultava aos demais, informação sensível sobre as suas ofertas comerciais, indicando, por exemplo, os ‘spreads’ [margem de lucro do banco] a aplicar num futuro próximo no crédito à habitação ou os valores do crédito concedido no mês anterior, dados que, de outro modo, não seriam acessíveis aos concorrentes”, acrescenta o comunicado.
Através desta troca de informações, que durou mais de dez anos, cada banco ficava a par da oferta dos outros, o que “desencorajava os bancos visados” de ofereceram melhores condições aos clientes e impedia os consumidores de beneficiarem do “grau de concorrência que existiria na ausência de tal intercâmbio”.
Segundo a Autoridade da Concorrência, durante o período em que esta prática foi mantida, os ‘spreads’ aplicados pelos bancos nos novos empréstimos à habitação registaram uma subida acentuada a partir de meados de 2008, “em sentido contrário à evolução da Euribor”.
Sublinhando que o comportamento dos bancos em causa constitui uma “importante restrição da concorrência” proibida, quer pela legislação nacional (pela Lei da Concorrência), quer por legislação europeia (Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia), a entidade presidida por Margarida Matos Rosa assinala que o setor e a oferta de produtos afetados pela concertação de informação tem uma importância crucial na vida dos consumidores uma vez que incidiu sobre “segmentos chave” da atividade bancária como são as três tipologias de crédito referidas.
“O intercâmbio de informações sensíveis constitui uma prática anticoncorrencial por permitir às empresas tomarem conhecimento das estratégias de mercado dos seus concorrentes ou anteciparem a conduta daqueles, o que facilita o alinhamento dos respetivos comportamentos no mercado, assim impedindo os consumidores de beneficiarem do grau de concorrência que existiria na ausência de tal intercâmbio”, acentua a informação da AdC.
O valor das coimas aplicadas, de 225 milhões de euros, foi fixando tendo em conta “a gravidade e duração da participação na infração por cada banco”, e o volume de negócios dos mercados afetados.
No mesmo comunicado, refere que o Abanca também foi visado na acusação, mas não foi incluído na lista de bancos condenados pelo facto de este ter cessado a prática anos antes dos agora visados.
Assim são condenados 13 dos 15 bancos visados pela acusação emitida pela AdC porque, ainda que tanto o Santander como o Banco Popular fossem ambos visados, este último acabou por ser comprado pelo Santander que assumiu “as responsabilidades contraordenacionais” do Popular.
No caso do BES, a AdC esclarece que a responsabilidade pela coima é do BES, uma vez que este tipo de situações não está contemplada nas responsabilidades que foram transferidas para o Novo Banco.
Relativamente ao Barclays Bank em Portugal, adquirido pelo Bankinter em abril de 2016, a responsabilidade pela atuação visada neste processo não é transferida para o Bankinter, na medida em que o Barclays mantém personalidade jurídica e a responsabilidade contraordenacional pelos factos por si praticados.
Este processo teve início em 2012 com o pedido de clemência pela primeira entidade bancária, em novembro, e a abertura do processo contraordenacional em dezembro desse ano. No final de julho deste ano, a AdC remeteu para o Banco de Portugal o seu projeto de decisão final, tendo hoje procedido à adoção da decisão final.
Sem identificar quais, a Concorrência especifica que houve dois bancos a recorrer ao regime de clemência, sendo que o primeiro a denunciar a infração e a apresentar provas da sua participação teve dispensa total do pagamento da coima, e o segundo obteve uma redução de 50%.
Os bancos visados poderão agora recorrer da decisão da Autoridade da Concorrência para o Tribunal de Concorrência, Regulação e Supervisão, a quem cabe apreciá-los.
Para a investigação deste processo foram realizadas buscas e apreensões em 25 instalações de 15 bancos e pedidos vários elementos às empresas envolvidas e ao regulador setorial, bem como diligências de inquirição.
A AdC refere, no entanto, que este processo teve um elevado grau de litigância, tendo estado suspenso durante cerca de um ano, na sequência de decisões judiciais. “Não obstante, de um total de 43 recursos apresentados pelos bancos visados, só 5 decisões foram desfavoráveis à AdC”.

ECONOMIA & FINANÇAS
RENAULT QUER REDUZIR ATÉ 50% CUSTOS NO FABRICO DE AUTOMÓVEIS
O grupo francês Renault apresentou hoje um plano de transformação para reduzir os custos industriais em 30% por veículo no caso dos carros a combustão e em 50% nos elétricos.

O grupo francês Renault apresentou hoje um plano de transformação para reduzir os custos industriais em 30% por veículo no caso dos carros a combustão e em 50% nos elétricos.
A fabricante francesa, que anunciou paralelamente o fabrico de oito novos veículos da marca Renault nas suas fábricas, explicou, em comunicado, que esta “transformação profunda do [seu] sistema industrial” será possível essencialmente graças à digitalização, à implantação do metaverso e à inteligência artificial.
Todas estas tecnologias estarão ao serviço dos colaboradores da empresa para facilitar o seu trabalho, que será assim mais produtivo, disse a empresa.
A Renault, que não divulgou números sobre os investimentos necessários, garantiu que este aumento esperado na produtividade das suas fábricas não se traduzirá em caso algum numa redução de pessoal.
“Esta transformação da indústria visa tornar o nosso sistema mais ágil, mais virtuoso, mais competitivo, o que também nos permitirá responder mais rapidamente ao que os nossos clientes esperam, destacou Thierry Charvet, gestor industrial da Renault.
O responsável acrescentou: “trata-se de aproveitar os nossos pontos fortes, fazer o que fazemos bem com muito mais rapidez e, juntos, levar o sistema industrial ao máximo da sua excelência, reinventando-o”.
Neste sentido, a empresa garante que o nível de fiabilidade dos seus veículos se multiplicou por três e está “nos melhores níveis”, que as suas fábricas estão no topo das classificações do gabinete independente Harbour Report e que está entre os três fabricantes globais com melhor eficiência energética e emissões de dióxido de carbono (CO2).
Depois de ter sido o primeiro fabricante automóvel a ser equipado com o metaverso industrial, pretende agora alargar a sua aplicação com maior digitalização para desenvolver “procedimentos inovadores” que permitam um tempo de fabrico reduzido a nove horas para o futuro modelo elétrico Renault 5.
Este ambiente de metaverso industrial, com 12 mil equipamentos conectados nas suas fábricas de todo o mundo, permite a recolha de dois milhões de dados por minuto e, assim, produz com mais rapidez e, portanto, com menores custos.
A empresa, de facto, estima para este ano uma poupança graças ao metaverso que ronda os 270 milhões de euros.
Todas estas ligações do ecossistema industrial permitem à empresa esperar uma redução de 60% nos prazos de entrega de veículos, reduzindo ainda para metade a pegada de carbono no fabrico dos seus veículos.
A Renault afirma que desde 2019 conseguiu uma redução de 20% no consumo de energia e que o objetivo é elevar esse valor para 40% até 2025.
A inteligência artificial deve contribuir para isso, com dispositivos preditivos que a empresa estima contribuir para uma queda de 20% no consumo de energia.
O grupo Renault estabeleceu o objetivo de atingir zero emissões líquidas de CO2 em 2025 no seu complexo de carros elétricos em França – ElectriCity – a partir de 2030 em todas as suas fábricas na Europa e em 2050 em todo o mundo.
ECONOMIA & FINANÇAS
PREÇO DO OURO ATINGE NOVO MÁXIMO HISTÓRICO
O preço do ouro, um dos ativos considerados como um refúgio seguro em tempos de incerteza, subiu hoje 0,7% na abertura das negociações, atingindo um novo máximo histórico de 2.087 dólares por onça.

O preço do ouro, um dos ativos considerados como um refúgio seguro em tempos de incerteza, subiu hoje 0,7% na abertura das negociações, atingindo um novo máximo histórico de 2.087 dólares por onça.
De acordo com dados da Bloomberg recolhidos pela agência de notícias EFE, às 06:15, o preço do ouro está a subir 0,7% para 2.087,41 dólares, embora durante as primeiras horas da manhã tenha chegado a subir para 2.135,39 dólares por onça.
Na sexta-feira, o ouro já ultrapassara o recorde atingido em agosto de 2020, de 2.075 dólares.
No acumulado do ano, o preço do ouro já registou uma valorização de 14,29%.
Um analista da XTB, Joaquín Robles, explicou que o preço do ouro é impulsionado pela fraqueza do dólar norte-americano e pela queda dos rendimentos das obrigações.
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