REGIÕES
BRAGANÇA: AUTARCAS E AMBIENTALISTAS CONTRA UMA MINA ESPANHOLA JUNTO À FRONTEIRA
Autarcas e ambientalistas portugueses mostraram-se esta sexta-feira contra a instalação de uma mina de volfrâmio e estanho a céu aberto prevista para a localidade espanhola de Calabor, junto à fronteira, situada a cinco quilómetros do concelho de Bragança.

Autarcas e ambientalistas portugueses mostraram-se esta sexta-feira contra a instalação de uma mina de volfrâmio e estanho a céu aberto prevista para a localidade espanhola de Calabor, junto à fronteira, situada a cinco quilómetros do concelho de Bragança.
“A instalação da mina está prevista para um território de fronteira de grande importância ambiental e que está classificado como Rede Natura 2000, num território que é também de grande importância hidrográfica”, disse à Lusa o presidente da associação Palombar — Conservação da Natureza e do Património Rural, José Pereira.
O também biólogo disse que “o principal problema do empreendimento mineiro é a afetação da bacia hidrográfica do Douro através das suas linhas de água”.
“Todos os detritos produzidos pela mina serão trazidos para território português, através de cursos de água, que são comuns a Portugal e Espanha”, vincou.
O FAPAS (Fundo para a Proteção dos Animais Selvagens) também se mostrou solidário com a posição da associação Palombar (Portugal) e com os ecologistas en Acción de Zamora, (Espanha) e com outras associações de defesa do ambiente que também ” deram parecer negativo” ao empreendimento mineiro espanhol.
”O projeto de exploração de volfrâmio e estanho a céu aberto terá consequências negativas para o ambiente, nomeadamente poluição da água subterrânea, uso de explosivos e poluição do ar, entre outros”, disse Nuno Gomes de Oliveira, membro da direção do FAPAS.
Esta exploração mineira está localizada perto de Calabor, a cerca de cinco quilómetros da fronteira com Portugal nas proximidades do Porque Natural de Montesinho.
“Vale mais um território conservado que a treta de uma mina a céu aberto. As explorações mineiras podem gerar milhares de euros, e não estamos contra a atividade económica, mas sim a favor da preservação dos ecossistemas e das bacias hidrográficas “, concretizou o ambientalista.
Hernâni Dias, presidente da câmara de Bragança, disse que “este projeto mineiro junto à fronteira terá de ser revisto, bem como o processo de impacto ambiental “. O autarca lamentou “o facto de não terem sido avaliados os reais efeitos da redução de caudais nas linhas de água transfronteiriças, uma vez que vão ser necessárias grandes quantidades de água para tratar tudo aquilo que vai sair da exploração mineira”.
O responsável também se mostrou preocupado com a eventual contaminação das águas superficiais e subterrâneas devidos à maquinaria pesada a ser instalada durante a exploração mineira.
O presidente da União de Freguesias de Avela e Rio de Onor, Mário Gomes, indicou à Lusa que o empreendimento espanhol “de forma alguma se pode concretizar neste território”.
Os principais impactos da exploração mineira serão nas linhas de águas que fazem parte da bacia hidrografia do Douro, principalmente, nos rios Pepim e Igrejas, e um destes cursos de água já se encontra assoreado em alguns quilómetros extensão, resultante da atividade mineira que no passado se desenvolveu nesta região”, vincou.
O autarca mostrou-se, igualmente, ” preocupado” com o possível impacte visual resultante da exploração a céu aberto, que poderá afetar o turismo de natureza que “está em franco desenvolvimento” nesta freguesia.
O Bloco de Esquerda (BE) criticou na quarta-feira o “silêncio” do Governo perante a exploração mineira a céu aberto prevista para a localidade espanhola de Calabor.
A Comissão Coordenadora Distrital do BE de Bragança vê e sente com espanto a postura displicente e o silêncio do Governo português perante a exploração mineira a céu aberto que se prevê em Calabor, com evidente e pesado impacto na saúde das populações, assim como nos cursos de água da bacia hidrográfica do Douro e ainda no Parque Natural de Montesinho, podendo mesmo afetar a nível de extinção espécies protegidas de fauna e flora”, indicavam os bloquistas, em comunicado enviado à Lusa.
Na opinião do BE de Bragança, o Governo “não pode ser conivente e permitir abusos junto à fronteira, de cujos resultados advenham consequências gravosas para o ambiente e a população portuguesa”. O Bloco exige ao Governo “uma tomada de posição oficial na defesa destas populações e destes territórios”.
Aquela força política acrescenta que, o próprio Estudo de Impacto Ambiental (EIA) “aponta para resultados severos, sendo que o efeito mais óbvio é produzido pela destruição do habitat [de várias espécies] “, causando “prejuízos na fauna e na flora”.
O prazo de consulta do Estudo de Impacto Ambiental (EIA) do projeto mineiro espanhol termina esta quinta-feira.

REGIÕES
PORTO: METRO TRANSPORTOU MAIS DE MIL MILHÕES DE PASSAGEIROS EM 21 ANOS
A Metro do Porto transportou mais de mil milhões de passageiros desde a abertura da primeira linha há 21 anos, tendo já este ano superado o “recorde anual de procura”, com mais de 72 milhões de utilizadores.

A Metro do Porto transportou mais de mil milhões de passageiros desde a abertura da primeira linha há 21 anos, tendo já este ano superado o “recorde anual de procura”, com mais de 72 milhões de utilizadores.
Num comunicado na sua página oficial, a Metro do Porto assinala os 21 anos de operação do sistema e a abertura, a 07 de dezembro de dezembro de 2002, do troço da linha Azul, que funcionava entre as estações da Trindade e do Senhor de Matosinhos.
Da abertura em 1999 do primeiro estaleiro de obra, em Campanhã, à inauguração da estação VC Fashion Outlet — Modivas, a última a ser criada em 2017, a rede estendeu-se ao longo de 67 quilómetros e 82 estações.
À linha Azul somaram-se mais cinco linhas (linha Vermelha, Verde, Amarela, Violeta e Laranja) e ao Porto e Matosinhos, juntaram-se os municípios de Vila Nova de Gaia, Maia, Gondomar, Vila do Conde e Póvoa do Varzim.
Desde então, foram registadas 1.031 milhões de validações e percorridos mais de 133 milhões de quilómetros, o equivalente a 3.325 voltas completas ao planeta Terra.
Durante estes 21 anos, a Metro do Porto destaca também “os assinaláveis ganhos ambientais”: menos 55 mil toneladas anuais de dióxido de carbono (CO2) emitidas, mais de 200 mil metros quadrados de áreas verdes e mais de cinco mil árvores plantadas no âmbito de obras de requalificação complementares à rede.
Este ano “foi já superado o recorde anual de procura [de 2019], com mais de 72 milhões de pessoas a viajar a bordo dos veículos do metro”, revela a empresa.
“Mas se estes 21 anos nos enchem de satisfação pelos resultados averbados, é no futuro que se encontra o centro das nossas atenções”, refere a Metro do Porto, assinalando o término da empreitada de extensão da linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d’Este no final deste ano e a conclusão da linha Rosa em 2024.
A Metro do Porto elenca também o arranque dos trabalhos de construção da linha Rubi, que ligará a Casa da Música e Santo Ovídio e implica a construção de uma nova ponte sobre o rio Douro, e a inauguração do metroBus, entre a Boavista à Praça do Império e Rotunda da Anémona.
REGIÕES
SEIXAL: FALTA DE MÉDICOS DEIXA UNIDADE DE SAÚDE SEM ATENDIMENTO
O polo da Amora da unidade Via Verde Saúde Seixal, no distrito de Setúbal, vai estar sem atividade médica durante todo o mês de dezembro por falta de médicos, anunciou a instituição.

O polo da Amora da unidade Via Verde Saúde Seixal, no distrito de Setúbal, vai estar sem atividade médica durante todo o mês de dezembro por falta de médicos, anunciou a instituição.
“Por carência extrema de médicos durante o mês de dezembro, fomos forçados a reformular a atividade da Via Verde Saúde Seixal”, explica a coordenadora da Via Verde Saúde Seixal, Alexandra Fernandes, num comunicado divulgado no ‘site’ da unidade.
Os constrangimentos afetam dois polos: Amora e Corroios.
No polo Amora não haverá atividade médica, mantendo-se apenas as atividades de enfermagem e no polo Corroios manter-se-ão apenas as atividades de enfermagem, as vigilâncias de saúde materna e infantil e a resposta médica a situações urgentes, dentro da capacidade existente.
“Esperamos poder retomar a atividade normal durante o mês de janeiro”, adianta a coordenadora.
A Via Verde Saúde Seixal, projeto inovador que recebeu uma menção honrosa no Prémio Boas Práticas em Saúde, foi criada em 2022, serve 45 mil utentes sem médico de família e foi recentemente apontado pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, como modelo a replicar.
Para a Comissão de Utentes de Saúde do Concelho do Seixal, esta situação é muito preocupante e é uma consequência da falta de atratividade do Serviço Nacional de Saúde para os jovens médicos.
Em declarações à agência Lusa, o porta-voz da comissão, José Lourenço, explicou que a unidade está a um oitavo das suas capacidades, o que torna impossível a assistência médica nos dois polos.
“Estamos preocupadíssimos”, disse, adiantando que em finais de novembro terminou o contrato dos médicos tarefeiros que prestavam serviço na unidade, ao abrigo de uma autorização especial, e entretanto não foram feitos novos contratos que precisam de autorização superior nomeadamente da Administração Regional de Saúde.
José Lourenço adiantou que este problema não se resolve com tarefeiros, mas sim com a fixação de médicos com boas condições salariais.
“Não há falta de médicos no país. O que não há é médicos no SNS porque não é atrativo. É bom que as pessoas deixem de maltratar os médicos. Era bom que entendessem que a luta dos médicos é para repor o poder de compra dos últimos 12 anos sem aumentos salariais e as condições que tinham até à altura da ‘troika'”, frisou.
A situação na Via Verde Saúde Seixal foi também denunciada pela Comissão Política de Secção do PSD Seixal, que em comunicado considera que o anuncio reveste-se de “extrema gravidade, dada a época do ano e as expectativas que foram criadas pelo Governo socialista em torno desta solução, que prometia resolver os problemas dos utentes sem médico de família”.
Para o PSD Seixal, o caso revela o estado de falência total do SNS e “coloca a nu as teses mais retrógradas e estatizantes da esquerda e da esquerda radical que, por preconceito ideológico, teimam em rejeitar a urgente e necessária concertação, entre o Estado, o setor social e o setor privado, que possa, de uma vez por todas, resolver os gravíssimos problemas de falta de meios materiais e humanos na área da saúde”.
No comunicado, o PSD Seixal afirma ter defendido uma aposta maciça nos cuidados de saúde primários, através de centros de saúde devidamente equipados, da reabertura dos Serviços de Atendimento Permanente e das urgências, e critica o executivo camarário comunista por “em vez de tomar medidas como contratar médicos” apostar “numa política de propaganda em redor de um hospital fantasma”, numa alusão ao Hospital do Seixal.
A construção do Hospital do Seixal, no distrito de Setúbal, é uma reivindicação com mais de duas décadas que já foi objeto de um protocolo entre o Estado e a Câmara Municipal do Seixal, em 2009.
Em 29 de março, numa visita ao Hospital Garcia de Orta, em Almada, o ministro da Saúde disse que o concurso para a construção do hospital de proximidade do Seixal deveria ser lançado no último trimestre deste ano ou no inicio de 2024, classificando-o como um equipamento necessário.
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