CIÊNCIA & TECNOLOGIA
CIENTISTAS CRIARAM CÉLULAS CEREBRAIS QUE PERMITEM DESENVOLVER TRATAMENTOS E CURAS
Cientistas de todo o mundo conseguiram criar o primeiro altas das células que compõem o cérebro humano, um trabalho revolucionário que abre perspetivas para o desenvolvimento de tratamentos e a cura de doenças cerebrais como esquizofrenia ou Alzheimer.

Cientistas de todo o mundo conseguiram criar o primeiro altas das células que compõem o cérebro humano, um trabalho revolucionário que abre perspetivas para o desenvolvimento de tratamentos e a cura de doenças cerebrais como esquizofrenia ou Alzheimer.
Um total de 21 estudos de investigação, que compõem o atlas celular do cérebro, serão esta sexta-feira divulgados numa edição especial da revista científica Science, bem como nas publicações Science Advances e Science Translational Medicine.
Os estudos são resultado de trabalhos realizados por cientistas de todo o mundo na chamada BRAIN Initiative (Brain Research through Advancing Innovative Neurotechnologies) — Cell Census Network (BICCN), um consórcio de centros nos Estados Unidos e na Europa que desde 2014 tem trabalhado na caracterização de tipos de células, e das suas funções, no cérebro de humanos, primatas não humanos e roedores.
A caracterização do tipo celular é o processo de identificação, classificação e descrição de diferentes tipos de células com base nas suas características, propriedades e funções únicas.
O cérebro humano é composto por 86 biliões de neurónios e um número semelhante de células não neuronais. Os investigadores caracterizaram mais de 3.000 tipos de células cerebrais humanas, revelando características que distinguem os humanos de outros primatas.
Os cientistas preveem que a identificação tão detalhada das células cerebrais identificará os tipos de células mais afetados por mutações específicas que causam doenças neurológicas.
Mas, num sentido mais amplo, o atlas celular do cérebro abrirá novas portas para a compreensão de como milhões de neurónios trabalham em conjunto para formar uma rede que é a base daquilo que constitui um ser humano: os seus pensamentos, emoções e comportamentos.
Joseph Ecker, diretor do Laboratório de Análise Genómica do Instituto Salk, nos Estados Unidos, uma das instituições que fazem parte da Iniciativa BRAIN, declarou, em comunicado, que o conjunto de 21 estudos “é o início de uma nova era de análise cerebral“. “Poderemos compreender melhor como o cérebro se desenvolve, envelhece e sofre de doenças”, acrescentou Ecker.
Os cientistas notaram que todas as células cerebrais humanas contêm a mesma sequência de ADN, mas cada tipo de célula utiliza genes diferentes copiados em cadeias de RNA, e em quantidades diferentes, para criar proteínas. Esta variação produz muitos tipos diferentes de células cerebrais e contribui para a complexidade dos circuitos neurais.
Um dos principais objetivos do projeto era compreender quais características da organização das células cerebrais são específicas dos humanos, em comparação com as dos primatas não humanos.
A investigação mostrou que os neurónios dos chimpanzés, primatas que partilham o ancestral mais recente com os humanos, são mais semelhantes aos neurónios dos gorilas do que aos dos humanos.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA
CIENTISTAS DESCOBREM UM TRATAMENTO INOVADOR PARA O CANCRO DA MAMA
Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.

Cientistas desenvolveram um gel termossensível como tratamento local para os cancros da mama HER 2+, que estão entre aqueles com pior prognóstico, foi esta quinta-feira divulgado.
A investigação, liderada por Eva Martín del Valle, do Instituto de Pesquisas Biomédicas de Salamanca (IBSAL), permitiu desenvolver um sistema inovador de administração de medicamentos para a terapia local do cancro da mama, que consiste num gel termossensível e injetável, que inclui nanopartículas inteligentes para atacar o tumor localmente, noticiou a agência Efe.
O trabalho, publicado no Journal of Pharmaceutical Sciences e no qual também colaboraram investigadores das áreas de Engenharia Química e de Informática e Automação da Universidade de Salamanca e do Instituto de Medicina Translacional de Birmingham, será agora completado com o desenvolvimento de modelos computacionais que simular a aplicação deste gel para preenchimento da área afetada em intervenções de cancro da mama.
Está também a ser realizado um estudo em colaboração com o professor Sasa Kenjeres, da prestigiada Universidade de Delft, que também será publicado em breve, adiantou o IBSAL em comunicado.
“Os sistemas locais de administração de medicamentos são fundamentais no tratamento do cancro, pois oferecem uma série de vantagens que melhoram a eficácia terapêutica e reduzem os efeitos colaterais associados aos tratamentos convencionais”, sublinhou Martín.
A responsável pelo grupo de Nanotecnologia para Tratamento do Cancro do IBSAL trabalha há anos em biomateriais “que oferecem oportunidades” para conceber sistemas de administração mais eficientes e específicos que “podem revolucionar a forma como o tratamento do cancro é abordado”, através de estratégias terapêuticas mais personalizadas.
A equipa desenvolveu um material que é líquido à temperatura ambiente e se transforma em sólido à temperatura fisiológica (37 graus), graças à combinação dos dois componentes utilizados, o polímero PF-127 e a goma gelana, ambos aceites pela agência para os medicamentos e alimentos dos Estados Unidos (FDA, na sigla em inglês), como biocompatível com humanos e normalmente utilizado em alimentos.
Este hidrogel contém ainda um sistema de libertação nanotecnológico que permite “libertar” dois componentes farmacológicos numa área específica, “um que impede a formação de novas células tumorais e outro que mata as células tumorais”, frisou a investigadora.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
INVESTIGADORES APROVEITAM O PÓ DA CORTIÇA PARA REMOVER POLUENTES DAS ÁGUAS
Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.

Portugal é o maior produtor de cortiça do mundo e já se conhecem muitas aplicações verdes deste material já de si associado à sustentabilidade. Um dos resíduos que resultam da transformação da cortiça – por exemplo para as rolhas das garrafas – o pó, é tipicamente queimado, e agora, na Faculdade de Ciências da Universidade do Porto (FCUP) está a ser reaproveitado para criar um método mais sustentável para a remoção de poluentes das águas residuais.
No âmbito do projeto “Corkcatcher: Adsorventes magnéticos com base em resíduos de cortiça para remediação ambiental”, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia, já alcançaram resultados promissores. Estão a adicionar propriedades a este pó para agarrar alguns dos poluentes mais preocupantes nas águas residuais: iões de metais pesados, corantes e antibióticos. São depositados, diariamente, cerca de dois milhões de toneladas de resíduos nas águas, em todo o mundo.
“O pó da cortiça é um material extremamente interessante visto possuir porosidade, ou seja, cavidades que podem acomodar os poluentes de águas”, começa por explicar o líder do projeto Carlos Granadeiro, investigador do Laboratório Associado para a Química Verde (LAQV-REQUIMTE) na FCUP. “Contudo, esta porosidade não é acessível, isto é, não há uma passagem do exterior até aos poros”, comenta.
Assim, através do método de síntese desenvolvido no projeto Corkcatcher, “foi-nos possível tornar essa porosidade acessível (e até aumentá-la) e simultaneamente conferir propriedades magnéticas ao material”. E quanto maiores os poros, maior a capacidade de armazenar os poluentes. O objetivo dos investigadores é tornar a aplicação deste resíduo viável do ponto de vista económico e ambiental.
“A grande vantagem destes materiais renováveis magnéticos é o facto de serem facilmente separados magneticamente de águas, evitando passos adicionais de recuperação (ex. filtração, sedimentação) como acontece com os adsorventes tradicionais”, concretiza. Para além disso, os resíduos, depois de cumprirem a sua função de adsorver os poluentes, podem ser novamente reutilizados.
Estes materiais podem ser utilizados em Estações de Tratamento de Águas Residuais (ETAR) e pretende-se, na próxima fase do projeto, aplicá-los na própria ETAR da empresa corticeira J.A. Veiga de Macedo, que colabora com o projeto.
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