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NACIONAL

CNPD ‘QUESTIONA’ A PRIVACIDADE DOS CONTADORES INTELIGENTES DE ENERGIA

A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) recomenda o estudo do impacto do tratamento dos dados pessoais recolhidos pelos contadores inteligentes de eletricidade e medidas de proteção da vida privada dos consumidores.

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A Comissão Nacional de Proteção de Dados (CNPD) recomenda o estudo do impacto do tratamento dos dados pessoais recolhidos pelos contadores inteligentes de eletricidade e medidas de proteção da vida privada dos consumidores.

O detalhe e a frequência da comunicação dos consumos de eletricidade permite deduzir um conjunto alargado de informação sobre os consumidores finais – como quando se encontram em casa, se se encontra apenas uma pessoa ou mais, que eletrodomésticos estão a ser utilizados – e criar e analisar perfis com base nas atividades que desenvolvem em casa.

Esta informação pode ter um impacto significativo sobre a sua vida privada, alerta a comissão.

“Na verdade, estas redes implicam a recolha massiva de dados pessoais detalhados, os quais são, por imposição da legislação europeia e nacional, conservados por consideráveis períodos de tempo”, de dois e três anos, lê-se na diretriz de 03 de setembro, que está disponível na página de internet da CNPD.

Nesse documento, a CNPD define um conjunto de orientações sobre os tratamentos de dados pessoais no contexto das redes inteligentes de energia elétrica, que têm como destinatários os operadores de rede de distribuição em baixa tensão, os comercializadores em baixa tensão e outras entidades que acedam aos dados pessoais no contexto das redes inteligentes de distribuição de eletricidade.

“O referido impacto sobre a vida privada dos titulares dos dados não se reflete apenas no marketing adaptado ao perfil detalhado do cliente ou no risco de discriminação (nomeadamente, no preço a cobrar pelo serviço de distribuição e fornecimento de energia), como também no risco de utilização indevida da informação, de negócio com a venda da informação e ainda de pretensão da sua utilização para os fins de investigação criminal”, afirma a comissão, naquele documento.

Alertando ainda para o conjunto massivo de informação sobre hábitos ou características das pessoas – inclusive, do estado de saúde – que a georreferenciação e a ‘Internet das Coisas’ permite recolher, e que “potencia o risco de combinação ou relacionamento” dos diferentes tipos de dados pessoais, a CNPD diz que se torna “imperiosa a adoção de medidas mitigadoras” de tais impactos.

É tendo em conta estes riscos que a CNPD considera “oportuno emitir um conjunto de orientações” para todos aqueles que intervêm na rede inteligente de distribuição de energia elétrica no território nacional, tendo em vista garantir a minimização do impacto dos tratamentos de dados pessoais sobre os direitos dos titulares desses dados, em especial sobre os direitos fundamentais à reserva da vida privada e à proteção dos dados pessoais.

A CNPD recorda, na diretriz, que o titular dos dados (o consumidor de eletricidade com contador inteligente) deve ser informado sobre o procedimento de recolha remota dos dados e do subsequente circuito dos mesmos, e deve ainda ser especificamente explicada a finalidade e o procedimento de criação de perfis, de modo que o titular dos dados possa compreender as consequências visadas, ou simplesmente eventuais, do seu tratamento.

No que diz respeito ao direito de acesso pelo titular aos dados de consumo, sendo este um dos objetivos invocados pela legislação que prevê este sistema inteligente de distribuição de energia, a CNPD lembra que “tem sempre de ser garantido” o direito de acesso aos dados pessoais ao respetivo titular, por cada um dos restantes responsáveis pelo tratamento tem também de garantir.

Os contadores inteligentes foram desenvolvidos com o principal objetivo de acabar com as estimativas nas faturas de eletricidade, ao permitir uma comunicação de leituras remota e automática (telecontagem) ao Operador de Rede de Distribuição (ORD), possibilitando uma gestão mais eficiente da produção e distribuição de energia e, consequentemente, uma redução das emissões de dióxido de carbono associadas à eletricidade.

A instalação destes contadores é da responsabilidade do ORD, função desempenhada na maioria dos concelhos de Portugal continental pela EDP Distribuição, sob supervisão da Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos (ERSE).

Em entrevista ao jornal Público, há uma semana, a presidente da ERSE, Cristina Portugal, afirmou existirem já 2,5 milhões de contadores inteligentes instalados em Portugal, dos quais “uma parte significativa” já ligados a sistemas de comunicação.

Os contadores inteligentes dispõem de um conjunto de funcionalidades adicionais relativamente aos contadores convencionais de eletricidade (eletromecânicos), registando informação mais completa e desagregada, com impacto na eficiência energética, na oferta de preços e eficiência na operação das redes.

Nos sistemas inteligentes de medição de energia não se incluem apenas o contador, mas também um conjunto de sistemas de comunicação e uma central de tratamento de dados.

NACIONAL

HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A

O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

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O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.

Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.

“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.

Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.

Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.

Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.

Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.

O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.

O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.

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NACIONAL

ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

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A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.

No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.

De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.

No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.

Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.

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