ECONOMIA & FINANÇAS
COFINA NEGOCEIA COMPRA DA TVI (MÉDIA CAPITAL) E ADMITE LANÇAR OPA
A Cofina anunciou que está a negociar com a Prisa a aquisição da Vertix, que detém 94,69% do capital social da Media Capital, e admite lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o grupo.
A Cofina anunciou que está a negociar com a Prisa a aquisição da Vertix, que detém 94,69% do capital social da Media Capital, e admite lançar uma Oferta Pública de Aquisição (OPA) sobre o grupo.
Em comunicado, enviado à Comissão do Mercado de Valores Mobiliários (CMVM), a dona do Correio da Manhã revelou que prevê “que a Cofina venha a adquirir à Prisa a totalidade do capital social na Vertix, SGPS, S.A., sociedade comercial através do qual a Prisa detém ações representativas de 94,69% do capital social e dos direitos de voto da Media Capital, ao invés de proceder diretamente à aquisição da participação na Media Capital”.
Neste contexto, a empresa, presidida por Paulo Fernandes, indicou que se encontra “atualmente a rever documentação relativa à Vertix para, em conjunto com a Prisa, concretizar definitivamente o objeto do negócio e, correspondentemente, a respetiva avaliação”.
A Cofina recordou que “conforme anunciado a 14 de agosto de 2019, a Cofina e a Prisa encontram-se atualmente a negociar, em regime de exclusividade que vigora durante um período de 30 dias, que pode ser prorrogado por vontade das partes, os termos e condições de uma potencial aquisição, pela Cofina, da participação da Prisa na Grupo Media Capital”.
Caso as negociações sejam concluídas “com a celebração de um contrato de compra e venda – que incluirá os termos e condições que venham a ser acordados entre as partes para o negócio” a Cofina irá levar a cabo “simultaneamente a divulgação de um anúncio preliminar de Oferta Pública de Aquisição [OPA] sobre as ações remanescentes da Media Capital”.
Tendo em conta a reduzida liquidez das ações do grupo, a “Cofina antecipa que, caso venha a ser anunciada uma OPA sobre a Media Capital, a CMVM designe um auditor independente para fixar a respetiva contrapartida”.
O Conselho de Administração da CMVM decidiu suspender as negociações das ações da Cofina e do grupo Media Capital no dia 14 de agosto, depois de o Expresso avançar com notícia que dava conta das negociações.
“O Conselho de Administração da Comissão do Mercado de Valores Mobiliários, deliberou […] a suspensão da negociação das ações da Cofina – SGPS, SA e das ações do Grupo Media Capital, SGPS, SA, aguardando a divulgação de informação relevante ao mercado”, lê-se num comunicado publicado na página da internet da CMVM.
A Cofina confirmou as negociações no dia 14, tendo a Prisa comunicado as conversações no dia seguinte.
ECONOMIA & FINANÇAS
BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).
Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.
O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.
No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.
Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.
ECONOMIA & FINANÇAS
PROIBIÇÃO DE CARROS NOVOS A GASÓLEO E GASOLINA AMEAÇA SOBERANIA DA UE
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
O Tribunal de Contas Europeu alertou que a proibição da venda de automóveis novos a gasolina e a gasóleo a partir de 2035 pode por em causa a liderança europeia, por falta de competitividade sobretudo no fabrico de baterias.
Num relatório divulgado esta segunda-feira, o Tribunal de Contas Europeu (TCE) destaca um possível choque entre o Pacto Ecológico Europeu e “a soberania industrial” da União Europeia (UE) com a aposta em veículos elétricos.
O TCE constatou que, apesar do grande apoio público, as baterias fabricadas na UE “continuam a custar muito mais do que o previsto”, o que afeta a competitividade dos automóveis elétricos europeus em relação a outros produtores mundiais, podendo também “levar a que os carros elétricos europeus não estejam ao alcance de uma grande parte da população”.
Menos de 10% do fabrico mundial de baterias está sediado na Europa, destaca o texto, sendo a grande maioria produzida na China.
O setor das baterias da UE depende das importações de recursos de países de fora, com os quais o bloco não tem os devidos acordos comerciais: 87% do lítio em bruto provém da Austrália, 80% do manganês da África do Sul e do Gabão, 68% do cobalto da República Democrática do Congo e e 40% da grafite da China, refere a instituição.
O TCE alerta ainda que as infraestruturas de carregamento de veículos ainda levantam muitos obstáculos, quer pela escassez de oferta, quer pela falta de um meio harmonizado de pagamento.
Perante a dificuldade encontrada em reduzir as emissões de gases com efeito de estufa (GEE) no setor rodoviário e o fraco desenvolvimento dos biocombustíveis, a UE aposta nos veículos elétricos como a melhor alternativa possível.
Reduzir ou eliminar as emissões de CO2 dos carros de passageiros é um elemento essencial da estratégia europeia para o clima, cujo objetivo é chegar às zero emissões líquidas de GEE até 2050, ano em que a UE deverá atingir a neutralidade carbónica.
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