NACIONAL
COMISSÃO INDEPENDENTE JÁ VALIDOU 102 TESTEMUNHOS DE ABUSOS SEXUAIS NA IGREJA CATÓLICA
A comissão independente aos abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa validou, em menos de uma semana, 102 testemunhos, que contêm “momentos de profunda dor e sofrimento”, revelou hoje o coordenador, Pedro Strecht.
A comissão independente aos abusos sexuais na Igreja Católica portuguesa validou, em menos de uma semana, 102 testemunhos, que contêm “momentos de profunda dor e sofrimento”, revelou hoje o coordenador, Pedro Strecht.
Em nota divulgada à agência Lusa, o coordenador da comissão, o pedopsiquiatra Pedro Strecht, revelou que desde o dia 11 foram validados 102 testemunhos, recebidos por preenchimento de inquérito ‘online’ ou por chamada telefónica.
A Comissão Independente para o Estudo de Abusos Sexuais na Igreja Católica Portuguesa iniciou na terça-feira um período de recolha de denúncias de vítimas de casos ocorridos desde 1950, suscetíveis de serem remetidos às autoridades e serem investigados.
Segundo o coordenador, existem depoimentos de pessoas entre os 30 e os 80 anos, “todas abusadas enquanto crianças”, e a comissão já tem “situações agendadas para contacto pessoal”.
Embora tenha recebido testemunhos de todo o país e também de cidadãos emigrados, a comissão refere que “parece existir predomínio de registos na zona norte e interior de Portugal continental”.
“As histórias de abuso e trauma ouvidas e/ou registadas contêm momentos de profunda dor e sofrimento e, claro está, décadas de silenciamento de cada pessoa, todos merecem a nossa profunda empatia e respeito”, sublinhou Pedro Strecht.
Num balanço destes primeiros dias de recolha de testemunhos, revelou ainda o “elevado número de telefonemas” de apoio ao trabalho da comissão e à iniciativa da própria igreja.
O coordenador esclareceu ainda que a comissão recebeu várias ofertas de trabalho voluntário, que não pode aceitar por questões de sigilo profissional.
As denúncias e testemunhos podem chegar à comissão através do preenchimento de um inquérito ‘online’ em darvozaosilencio.org, através do número de telemóvel +351917110000 (diariamente entre as 10:00 e as 20:00) e por correio eletrónico, em [email protected].
A comissão pretende recolher testemunhos e denúncias de pessoas que tenham sofrido abusos na infância e adolescência, até aos 18 anos.
O trabalho desta comissão independente vai decorrer até 31 de dezembro, num espaço físico “descaracterizado” e “autónomo” da Igreja.
No final dos seus trabalhos, a comissão vai elaborar um relatório, a ser entregue à Conferência Episcopal Portuguesa, que decidirá que ações tomar.
Além de Pedro Strecht, a comissão integra o psiquiatra Daniel Sampaio, o antigo ministro da Justiça Álvaro Laborinho Lúcio, a socióloga Ana Nunes de Almeida, a assistente social e terapeuta familiar Filipa Tavares e a realizadora Catarina Vasconcelos.
NACIONAL
LISTA OFICIAL DOS 17 MINISTROS DO GOVERNO DE LUÍS MONTENEGRO
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
O Presidente da República aceitou hoje a lista de 17 ministros proposta pelo primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, para o XXIV Governo Constitucional.
A posse dos ministros do XXIV Governo Constitucional está prevista para terça-feira e a dos secretários de Estado para dois dias depois.
A lista de nomes propostos por Luís Montenegro para ministros do XXIII Governo Constitucional é a seguinte:
Primeiro-ministro
Luís Montenegro
Ministro de Estado e de Negócios Estrangeiros
Paulo Rangel
Ministro de Estado e das Finanças
Joaquim Miranda Sarmento
Ministro da Presidência
António Leitão Amaro
Ministro Adjunto e da Coesão Territorial
Manuel Castro Alemida
Ministro dos Assuntos Parlamentares
Pedro Duarte
Ministro da Defesa Nacional
Nuno Melo
Ministra da Justiça
Rita Júdice
Ministra da Administração Interna
Margarida Blasco
Ministro da Educação, Ciência e Inovação
Fernando Alexandre
Ministra da Saúde
Ana Paula Martins
Ministra das Infraestruturas e Habitação
Miguel Pinto Luz
Ministro da Economia
Pedro Reis
Ministra do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social
Maria do Rosário Palma Ramalho
Ministra do Ambiente e Energia
Maria da Graça Carvalho
Ministra da Juventude e Modernização
Margarida Balseiro Lopes
Ministro da Agricultura e Pescas
José Manuel Fernandes
Ministra da Cultura
Dalila Rodrigues
NACIONAL
LUÍS MONTENEGRO APRESENTA HOJE COMPOSIÇÃO DO NOVO GOVERNO
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
O primeiro-ministro indigitado, Luís Montenegro, apresenta hoje ao Presidente da República a composição do seu Governo minoritário, antes de tomar posse na próxima terça-feira no Palácio Nacional da Ajuda.
Este calendário foi anunciado pelo próprio presidente do PSD, após a audiência com Marcelo Rebelo de Sousa na qual foi indigitado como primeiro-ministro, na sequência das eleições legislativas antecipadas de 10 de março que deram a vitória à Aliança Democrática (coligação PSD, CDS-PP e PPM).
Nessa altura, Luís Montenegro disse ter expectativa de formar Governo com base na maioria “constituída pelos deputados do PSD e do CDS-PP”, uma vez que não dispõe do apoio de uma maioria absoluta no parlamento.
Montenegro e os ministros do XXIV Governo Constitucional tomam posse na terça-feira e os secretários de Estado dois dias depois.
Na quarta-feira, o primeiro-ministro cessante, António Costa, depois de um mandato de cerca de oito anos, recebeu Luís Montenegro na residência oficial de São Bento, uma espécie de passagem de testemunho na liderança do executivo.
Já no dia anterior, o PSD e a Iniciativa Liberal informaram que não vão avançar “nesta altura para a celebração de entendimentos alargados”, incluindo os que diziam respeito à formação do novo Governo.
Depois da tomada de posse na próxima semana, o passo seguinte será a apresentação do programa do Governo.
Segundo a Constituição, esse documento com as linhas orientadoras da governação para os próximos quatro anos é submetido à apreciação da Assembleia da República no prazo máximo de dez dias após a sua nomeação, o que deverá acontecer nos primeiros 12 dias de abril.
A Constituição determina também que um Governo só entra em plenitude de funções após a apreciação do seu programa pelo parlamento, se não for rejeitado.
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