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NACIONAL

PANDEMIA: MORTALIDADE GLOBAL PODE CHEGAR AOS 4.000 ÓBITOS

O excesso de mortalidade em Portugal desde o início da pandemia de covid-19 pode chegar aos 4.000 óbitos, segundo um estudo a publicar na revista científica da Ordem dos Médicos a que a Lusa teve acesso.

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O excesso de mortalidade em Portugal desde o início da pandemia de covid-19 pode chegar aos 4.000 óbitos, segundo um estudo a publicar na revista científica da Ordem dos Médicos a que a Lusa teve acesso.

De acordo com o estudo, que analisou o período entre os dias 01 de março e 22 de abril, o número de mortes registado em Portugal pode chegar a um valor que representa quase cinco vezes mais do que os atribuídos à covid-19, que hoje se fixavam em 928, segundo os dados oficiais.

Os autores do trabalho, especialistas do Instituto de Medicina Preventiva e Saúde Pública e do Instituto de Saúde Baseada na Evidência, da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, lembram que o excesso de mortalidade de março e de abril “não pode ser comparado com fevereiro, nem sequer com os anos homólogos, mas deve antes ter como referência os meses de férias”, em que há uma redução de atividade e circulação de pessoas e, logo, uma queda da mortalidade por acidentes de viação.

“O estado de emergência em que Portugal tem estado levou a várias medidas restritivas com impacto, por exemplo, na redução da mortalidade por acidentes de viação ou de trabalho e também a uma quebra no número de outras infeções características desta época do ano ou de alturas de menor isolamento social, que devem ser descontadas dos resultados analisados”, considera António Vaz Carneiro, um dos autores.

Para Vaz Carneiro, “o número de mortes a mais identificadas é ainda maior do que se pensava, ao não se considerar esta quebra nos óbitos na estrada ou de trabalho”.

Os dados agora divulgados são superiores aos estimados na semana passada no Barómetro Covid-19, da Escola Nacional de Saúde Pública, que apontou um excesso de mortalidade de 1.255 óbitos, mas apenas para o período entre 16 de março e 14 de abril.

Confrontada com estes dados da ENSP na semana passada, a diretora-geral da Saúde, Graça Freitas, disse que considerando o período desde o início do ano até 21 de abril o excesso de mortalidade se ficava pelos 439 óbitos relativamente à média do mesmo período nos cinco anos anteriores.

Para o trabalho agora publicado na Ata Médica, a revista científica da Ordem dos Médicos, os autores utilizaram bases de dados públicas para estimar o excesso de mortalidade por idade e região, entre os dias 01 de março e 22 de abril, propondo níveis ajustados ao período de estado de emergência em vigor. As conclusões apontam para um excesso de mortalidade entre 2.400 e 4.000 mortes.

Tal como no estudo da ENSP, este trabalho indica que o excesso de mortalidade se encontra sobretudo associado aos grupos etários mais idosos (idade superior a 65 anos). Os números absolutos indicam mais mortes nos distritos de Aveiro, Porto e Lisboa, o que está em linha com as áreas com mais doentes diagnosticados com covid-19 e também com maior densidade populacional.

“Se a análise dos números for feita em termos relativos não há diferenças regionais significativas, ainda que se verifique uma tendência para maior excesso de mortalidade nos distritos mais envelhecidos”, sublinham.

O estudo avança ainda alguns números preocupantes e que podem justificar estes óbitos em excesso: entre 01 de março e 22 de abril houve menos 191.666 doentes com pulseira vermelha nos hospitais, menos 30.159 com pulseira laranja e menos 160.736 com pulseira amarela.

Tendo como referência a mortalidade nas 24 a 48 horas após a admissão nos hospitais antes da pandemia, “estas quebras correspondem a um potencial de pelo menos 1.291 mortes, sendo 79 em doentes triados com pulseira vermelha, 1.206 com pulseira laranja e 6 com pulseira amarela”, indica.

Num comentário a este estudo, o bastonário da Ordem dos Médicos lembra a urgência de criar “uma ‘task-force’ que funcione de forma articulada e que olhe rapidamente para estes dados para poder redesenhar a resposta” aos doentes.

Em relação às causas, os dados sugerem uma explicação tripartida para o excesso de mortalidade: mortes por covid-19 identificadas pelas autoridades, mortes por covid-19 mas não identificadas e diminuição do acesso a cuidados de saúde.

Neste estudo, o número de mortos não-covid em excesso foi quatro a cinco maior do que os óbitos atribuídos à doença provocada pelo novo coronavírus.

“Para qualquer plano futuro imediato do Serviço Nacional de Saúde, temos de passar da gestão de risco da infeção covid, para uma gestão de risco global (covid e não-covid) para evitar este excesso dramático da mortalidade”, considera António Vaz Carneiro.

NACIONAL

FUNCIONÁRIOS JUDICIAIS VÃO CONTINUAR COM AS GREVES APÓS REUNIÃO COM O GOVERNO

O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, assegurou hoje que as greves nos tribunais “estão para ficar”, após uma reunião com a nova ministra da Justiça que não trouxe nada de novo.

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O presidente do Sindicato dos Funcionários Judiciais, António Marçal, assegurou hoje que as greves nos tribunais “estão para ficar”, após uma reunião com a nova ministra da Justiça que não trouxe nada de novo.

“Nada. Boa vontade, conhecimento da situação, a afirmação de que o Governo está empenhado em encontrar uma solução, mas a solução que nós apontamos – que é a tal solução de emergência e que se impõe para evitar o fecho de tribunais -, a senhora ministra disse que não tem ainda condições para assumir e ficou por designar uma próxima reunião de trabalho, que não tem data. Levar-nos-á a manter efetivamente a nossa luta”, afirmou.

António Marçal falava aos jornalistas à saída da primeira reunião no Ministério da Justiça, em Lisboa, com a nova titular da pasta, Rita Júdice, e mostrou-se descontente com a falta de respostas para os problemas imediatos desta classe profissional, que há mais de um ano tem efetuado diversas greves e que causaram o adiamento de milhares de diligências e atos processuais.

“As greves estão para ficar enquanto o Governo quiser”, reiterou o presidente do SFJ, continuando: “Nós manteremos as formas de luta até haver não uma alteração do discurso, mas uma alteração da prática. É isso que nós assumimos. Estamos disponíveis para ser parte da solução, para encontrar soluções que sirvam não só os interesses dos trabalhadores, mas os interesses do país e para que a justiça funcione melhor. Mas isso significa que da parte do poder político tem de haver uma ação concreta”.

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NACIONAL

TRANSPLANTE PULMONAR JÁ SALVOU A VIDA A 400 PACIENTES EM PORTUGAL

Os novos pulmões de Paulo Fradão foram transplantados há sete anos no Hospital Santa Marta, dando-lhe “uma segunda vida”, tal como aos 400 doentes que, desde 2001, foram submetidos a esta intervenção que os livrou da morte iminente.

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Os novos pulmões de Paulo Fradão foram transplantados há sete anos no Hospital Santa Marta, dando-lhe “uma segunda vida”, tal como aos 400 doentes que, desde 2001, foram submetidos a esta intervenção que os livrou da morte iminente.

“Eu tive o privilégio de ter uma segunda vida. Acho que pouca gente tem o privilégio de poder dizer isso, mas eu digo”, afirmou orgulhoso à agência Lusa no dia em que a Unidade Local de Saúde São José — Hospital Santa Marta assinala numa cerimónia, em Lisboa, os 400 transplantes pulmonares em Portugal.

Aos 37 anos, Paulo Fradão foi diagnosticado com doença pulmonar obstrutiva crónica e bronquiectasia (uma dilatação anormal e irreversível dos brônquios) que o levaram em 1998 a uma consulta no Hospital Egas Moniz, onde a médica lhe disse que o seu problema só se resolveria com um transplante dos dois pulmões.

Na altura, a maior parte dos transplantes eram feitos na Galiza, em Espanha. Paulo foi fazendo fisioterapia, esteve algumas vezes internado, até que, em 2005, a doença agravou-se de “uma forma brutal” e passou a usar oxigénio 24 horas por dia.

“De consulta em consulta, de infeção em infeção”, foi conseguindo manter-se e ao fim de 12 anos a usar oxigénio a pneumologista que o acompanhava disse-lhe que era “a altura ideal” para o propor para transplante.

“Disse-me que já se faziam em Portugal com algum sucesso no Hospital de Santa Marta”, a única instituição que realiza transplante pulmonar em Portugal.

Esteve três anos em lista de espera, sendo que no segundo ano, mais precisamente no dia 30 de agosto de 2016, recebeu uma chamada da mulher a dizer: “Ligaram do Santa Marta e acho que têm os pulmões para ti”.

“Fiquei muito nervoso porque tinha muita ansiedade, muito medo de ser transplantado”, o que acabou por não acontecer naquele dia porque tinha estado “numa patuscada” e exagerou “um bocadinho mais na cerveja”.

O transplante dos dois pulmões acabou por acontecer no ano seguinte, no dia 31 de maio, com Paulo já mentalizado que teria de “enfrentar o transplante”.

Paulo Fradão disse que está reformado, mas tem “uma vida superativa: Brinco, faço natação, faço caminhadas diariamente, menos ao domingo, desde o dia em que tive alta do hospital”.

O coordenador da Unidade de Cirurgia Torácica do Hospital de Santa Marta, Paulo Calvinho, disse à Lusa que os 400 transplantes pulmonares realizados em Portugal representam “a maturidade de um programa e a maturidade de uma prática”.

“Não estamos a comemorar os 400 [transplantes], estamos a comemorar na realidade toda uma história”, disse o cirurgião torácico que, juntamente com a pneumologista Luísa Semedo, dirige a Unidade de Transplantação Pulmonar.

Paulo Calvinho recordou que o primeiro transplante cardiopulmonar foi realizado em Portugal, em 1991, pelo médico Rui Bento. Houve depois um interregno e, em 2001, o médico Henrique Vaz velho fez o primeiro transplante pulmonar.

Em 2007, o cirurgião cardiotorácico José Fragata e o especialista Fernando Martelo reorganizaram o programa de transplante pulmonar no sentido de dar-lhe “a consistência e a profissionalização que é necessário num programa desta exigência”.

Segundo Paulo Calvinho, foi a partir desta data que “o programa tem vindo a crescer de forma sistemática e consistente”, estando o centro a fazer neste momento cerca de 40 transplantes por ano, atingindo o máximo em 2023, com 44 transplantes.

Entre os 400 doentes transplantados, em que o mais novo tinha 13 anos e o mais velho 70 anos, estão três casos de pacientes que não tinham histórico de doença pulmonar, mas que a covid-19 lhes estragou os pulmões e tiveram que fazer transplante, disse o especialista.

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