INTERNACIONAL
COVID-19: NOVAS VARIANTES DA ÓMICRON SÃO MAIS TRANSMISSÍVEIS – OMS
Responsável técnica da OMS para a pandemia diz ser necessário “manter a testagem e a sequenciação para se poder acompanhar estas linhagens”. E garante que organismo está atento à evolução das mesmas.
Responsável técnica da OMS para a pandemia diz ser necessário “manter a testagem e a sequenciação para se poder acompanhar estas linhagens”. E garante que organismo está atento à evolução das mesmas.
As linhagens BA.4 e BA.5 da variante Ómicron do coronavírus SARS-CoV-2 são mais transmissíveis do que a BA.2, mas ainda não há dados para apurar se provocam Covid-19 mais grave, adiantou esta terça-feira a Organização Mundial da Saúde (OMS).
“A BA.4 e BA.5 têm uma ligeira vantagem de crescimento em relação à BA.2”, afirmou a responsável técnica da OMS para a pandemia, ao adiantar que estão a decorrer vários estudos para apurar se essas duas linhagens da variante Ómicron causam uma maior severidade da doença.
Em conferência de imprensa, Maria Van Kerkhove referiu que a BA.2 continua a ser a linhagem predominante no mundo, tendo-se sobreposto à BA.1 em termos de circulação nos vários países onde foram detetadas.
Os últimos dados do Instituto Nacional de Saúde Doutor Ricardo Jorge (INSA) estimam que a linhagem BA.2 da variante Ómicron seja ainda responsável por 73,8% das infeções registadas em Portugal, uma percentagem que tem vindo a baixar nas últimas semanas.
De acordo com o INSA, em contraciclo, os indicadores disponíveis sugerem um aumento relevante de circulação da linhagem BA.5 e potencialmente de uma nova sublinhagem da BA.2, agora designada como BA.2.35, que apresentam mutações adicionais com impacto na entrada do vírus nas células e ou na sua capacidade de evadir a resposta imunitária.
“Estamos a acompanhar a Ómicron e todas as sublinhagens que estão a circular globalmente. Isso indica que o coronavírus continua a evoluir”, afirmou a especialista da OMS, ao alertar que a redução generalizada da testagem tem resultado numa diminuição da sequenciação do vírus que provoca a Covid-19.
“Precisamos de manter a testagem e a sequenciação para podermos acompanhar estas linhagens”, apelou Maria Van Kerkhove, ao reiterar que as vacinas contra a Covid-19 “estão a aguentar-se muito bem em relação à doença grave e morte”.
De acordo com a epidemiologista, “é absolutamente crítico” que as pessoas sejam vacinadas contra a covid-19, reafirmando o objetivo da OMS de imunizar 70% da população de todos os países do mundo.
Na conferência de imprensa, diretor-geral da OMS defendeu que a estratégia de “Covid zero” não é sustentável, alegando que o coronavírus SARS-CoV-2 continua a evoluir e a tornar-se mais transmissível.
“Quando falamos da estratégia de ‘covid zero’, pensamos que isso não é sustentável, considerando o comportamento do vírus e o que antecipamos em relação ao futuro”, disse Tedros Adhanom Ghebreyesus, ao adiantar que essa posição da OMS tem sido discutida com os peritos chineses.
A China continua a praticar uma política de “tolerância zero” à Covid-19, que inclui o isolamento de cidades inteiras e a realização de testes em massa, sempre que um surto é detetado.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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