ECONOMIA & FINANÇAS
CRISE: ‘LAY-OFF’ TRADICIONAL DUPLICOU EM AGOSTO PARA MÁXIMO DE 15 ANOS
De acordo com as estatísticas mensais da Segurança Social relativas a agosto, hoje divulgadas, o número de empresas que recorreram ao ‘lay-off’ tradicional – e que é distinto do regime simplificado criado como forma de mitigar os efeitos da pandemia – aumentou para 215, depois de ter estabilizado nos 201 nos dois meses anteriores.

De acordo com as estatísticas mensais da Segurança Social relativas a agosto, hoje divulgadas, o número de empresas que recorreram ao ‘lay-off’ tradicional – e que é distinto do regime simplificado criado como forma de mitigar os efeitos da pandemia – aumentou para 215, depois de ter estabilizado nos 201 nos dois meses anteriores.
No mesmo mês de 2019, a Segurança Social tinha registo de 30 empresas em ‘lay-off’.
Os dados mostram que desde maio que foi superada a barreira das duas centenas de empresas em ‘lay-off’ tradicional, algo que já não sucedia desde abril de 2013.
O número de trabalhadores abrangidos pelo ‘lay-off’ do Código de Trabalho ascendeu em agosto a 7.789, mais do que duplicando face ao mês anterior, em que a Segurança Social tinha registo de 3.576 trabalhadores nesta situação.
No caso dos trabalhadores em ‘lay-off’ aqueles 7.789 correspondem ao número mais elevado da série longa disponibilizada pela Segurança Social, que recua até março de 2005. Apenas em setembro de 2009 há registo de um universo semelhante, mês em que havia 7.373 pessoas abrangidas.
A maior parte das situações de ‘lay-off’ registadas em agosto correspondem a suspensão temporária de contrato de trabalho, com os dados a indicarem 5.329 trabalhadores nesta situação. Os restantes 2.460 estavam com redução de horário de trabalho.
Desde abril que o número de trabalhadores colocados em ‘lay-off’ está a aumentar de forma consecutiva, ainda que o maior aumento tenha ocorrido entre julho e agosto, o que poderá indicar que as empresas estão a recorrer mais à figura do ‘lay-off’ prevista no Código do Trabalho, depois de terem visto o regime simplificado terminar em julho.
Recorde-se que o ‘lay-off’ previsto no Código do Trabalho exige mais condições e impõe mais restrições no acesso do que o ‘simplificado’.
Em agosto o ‘lay-off’ simplificado foi substituído pela medida de apoio à retoma progressiva e pelo incentivo financeiro extraordinário à normalização da atividade empresarial (que contempla um apoio equivalente a dois salários mínimos por trabalhador pago ao longo de seis meses ou a um salário mínimo pago de uma vez).
Dados divulgados no início de setembro pela ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, 22 mil empresas tinham recorrido aos novos instrumentos, tendo 12,4 mil optado pelo incentivo financeiro extraordinário à normalização da atividade empresarial contempla dois salários mínimos; 3,9 mil empresas pela modalidade de um salário mínimo pago de uma vez e seis mil pelo apoio à retoma progressiva.

ECONOMIA & FINANÇAS
GOVERNO APROVA COMPENSAÇÃO AOS SENHORIOS DE RENDAS ANTERIORES A 1990
O Conselho de Ministros aprovou hoje a compensação aos senhorios para contratos de arrendamento anteriores a 1990 e não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).

O Conselho de Ministros aprovou hoje a compensação aos senhorios para contratos de arrendamento anteriores a 1990 e não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU).
De acordo com o comunicado do Conselho de Ministros, foi aprovado o decreto-lei que “estabelece o mecanismo de compensação aos senhorios, até ao limite de 1/15 do Valor Patrimonial Tributário do locado, para os contratos de arrendamento para habitação celebrados antes de 18 de novembro de 1990, na sequência da não transição desses contratos para o Novo Regime do Arrendamento Urbano”.
Na terça-feira, associações de proprietários e inquilinos referiram que o Governo tinha afastado, numa reunião do Conselho Nacional de Habitação, atribuir uma compensação aos senhorios de rendas anteriores a 1990.
Em 22 de novembro, tinha sido divulgado um estudo sobre os contratos de arrendamento não submetidos ao Novo Regime do Arrendamento Urbano (NRAU), divulgado pelo Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana (IHRU) em conjunto com o relatório sobre o Arrendamento Habitacional em Portugal, e que visou caracterizar o número de famílias com as chamadas rendas antigas (anteriores a 1990) e contribuir para estimar os montantes necessários para concretizar os apoios a esta tipologia de contratos.
O documento apresentava os cálculos para vários cenários, em função de medidas contempladas na legislação: o pacote Mais Habitação e o decreto-lei que em 2015 preconizava o subsídio a atribuir aos inquilinos com menores rendimentos, mais idosos ou com deficiência, após terminar o regime transitório.
De acordo com o estudo, o valor do apoio previsto no pacote Mais Habitação que entrou em vigor em outubro deste ano e trava a transição para o NRAU das chamadas rendas habitacionais antigas, seria mais elevado ou mais baixo em função da solução a ser adotada.
Apontando os dados para a existência de 124.083 contratos de arrendamento habitacional anteriores a 1990 (no total são 151.620, aos quais foram subtraídos os 27.537 alojamento que são propriedade de uma entidade pública ou de organização sem fins lucrativos) a compensação poderia ascender a uma despesa mensal de 54,5 milhões de euros ou 653 milhões de euros por ano, assumindo que esta corresponde à diferença entre o valor médio das rendas atuais e uma renda definida com base no valor mediano do metro quadrado dos novos contratos de arrendamento.
Já se esta metodologia fosse aplicada, mas considerando um teto de 80% ao valor mediano do metro quadrado dos novos contratos de arrendamento (publicado pelo Instituto Nacional de Estatísticas), então a despesa mensal com esta medida seria de 39,8 milhões de euros (477,8 milhões de euros por ano).
O estudo considerava ainda um outro cenário, tendo em conta o disposto no diploma do Mais Habitação, apontando, neste caso, para um custo mensal de cerca de 2,2 milhões de euros por mês (26,6 milhões de euros por ano).
Neste segundo cenário, o valor foi calculado assumindo-se que o inquilino paga uma renda de acordo com as taxas de esforço previstas na lei (em função do rendimento anual bruto corrigido — RABC do agregado familiar) e uma compensação ao senhorio no remanescente para 1/15 avos do valor patrimonial tributário da casa, quando este for superior àquele.
Este estudo, cuja realização estava prevista no Orçamento do Estado para 2022, foi elaborado pelo observatório da Habitação, do Arrendamento e da Reabilitação Urbana (OHARU), através de uma parceria entre a PlanAPP, em colaboração com o INE e a Autoridade tributária e Aduaneira (AT).
ECONOMIA & FINANÇAS
TÁXIS MAIS CAROS: AUMENTAM OS PREÇOS 4,6% EM 2024
As tarifas dos táxis vão sofrer, a partir de janeiro, um aumento superior a 4%, na sequência da convenção de preços assinada hoje pelo Governo e pelas principais associações representativas do setor do táxi.

As tarifas dos táxis vão sofrer, a partir de janeiro, um aumento superior a 4%, na sequência da convenção de preços assinada hoje pelo Governo e pelas principais associações representativas do setor do táxi.
O valor das tarifas dos táxis não era atualizado desde junho do ano passado, altura em que registou um aumento de 8,05%.
Na sequência da convenção de preços assinada hoje pela Direção-Geral das Atividades Económicas, pela Associação Nacional dos Transportadores Rodoviários em Automóveis Ligeiros (ANTRAL) e pela Federação Portuguesa do Táxi, ficou estabelecido um aumento de 4,6%, que vigorará a partir de janeiro de 2024.
Contactada pela agência Lusa, o presidente da ANTRAL, Florêncio Almeida, considerou que este aumento é “muito curto”, face às quebras que se têm registado no setor, e defendeu um aumento de, pelo menos, 8%.
“Negociou-se uma [convenção de preços] que entrou em vigor em junho do ano passado e, como vê, só passado ano e meio é que vai entrar outra em vigor. Os táxis nos últimos 10 anos estão a perder de rentabilidade 13%. O mais justo seria cerca de 8%”, defendeu.
Segundo explicou Florêncio Almeida, o aumento de 4,6% “não vai cobrir nem de perto nem de longe o aumento do ordenado mínimo nacional do ano passado nem deste”, gerando até uma “perda de receitas”.
Por seu turno, o presidente da Federação Portuguesa de Táxis, Carlos Ramos, considerou que este foi “o aumento possível face à conjuntura política”.
“O Governo arrastou isto desde abril. Nós, tendo em conta o prejuízo que anda acumulado há alguns anos, queríamos mais. Agora, nós, entre não receber nada e receber 4,6%, optámos por assinar. Tendo em conta que se trata de um Governo demissionário, não há muitas condições para estar ali a bater o pé”, argumentou.
Este mês entrou em vigor o novo regime jurídico do táxi que prevê a agregação de municípios para se acabar com a tarifa de retorno e tornar as viagens mais baratas, flexibilizar os contingentes e apostar na digitalização.
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