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NACIONAL

DOENTES CRÓNICOS JÁ PODEM LEVANTAR MEDICAÇÃO NAS FARMÁCIAS

Utentes com doença crónica ou que necessitem de tratamentos de longa duração, após avaliação médica, podem levantar desde hoje a sua medicação na farmácia, deixando de precisar de renovar as receitas no centro de saúde durante um ano.

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Utentes com doença crónica ou que necessitem de tratamentos de longa duração, após avaliação médica, podem levantar desde hoje a sua medicação na farmácia, deixando de precisar de renovar as receitas no centro de saúde durante um ano.

O arranque do novo serviço de renovação da medicação para doentes crónicos nas farmácias foi assinalado hoje pelo ministro da Saúde, Manuel Pizarro, pelo diretor-executivo do SNS, Fernando Araújo, pela presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, e pelo bastonário da Ordem dos Enfermeiros, Hélder Mota Filipe, na Unidade de Saúde Familiar Alto dos Moinhos, em Lisboa, de onde seguiram para uma farmácia acompanhar todo o circuito necessário à execução desta medida.

No final da visita, Fernando Araújo destacou o benefício desta medida que permite também deixar de haver limite do número de embalagens a prescrever para medicamentos destinados ao tratamento de doenças crónicas, sendo que nos casos de tratamentos prolongados bastará que o médico assinale essa opção na receita, indicando a posologia e a duração do tratamento.

Agradecendo às entidades que colaboraram nesta iniciativa, o diretor-executivo do SNS recordou que era um projeto solicitado há muitos anos, “que melhora realmente a questão do acesso, reduz, por vezes, até os problemas de adesão por falta de receitas”.

Por outro lado, apontou, “retira trabalho administrativo dos médicos e, acima de tudo, traz um papel fundamental ao farmacêutico das farmácias de comunidade, que é muito importante” do ponto de vista do sistema de saúde.

Fernando Araújo salientou que o facto de o farmacêutico poder enviar notas ao médico sobre dúvidas ou questões relativas ao utente, “o que é um aumento da segurança enorme, aumento da qualidade”.

“Acho que é um passo fundamental neste percurso que estamos a fazer de termos connosco as farmácias de comunidade no nosso sistema de saúde e temos, acima de tudo, proximidade de acesso para os utentes”, salientou.

O ministro da Saúde também realçou as vantagens desta medida para as pessoas com doenças crónicas, “que são uma grande parte dos portugueses” que vão deixar de ter que ir ao centro de saúde de mês a mês ou de dois em dois meses apenas para renovar a sua receita.

“Não se trata de limitar o acesso ao médico de família, antes pelo contrário”, ressalvou Manuel Pizarro, notando ainda que, com esta medida, desaparece o risco dos doentes perderem a receita ou de a extraviarem.

Desde hoje, basta estes doentes darem ao farmacêutico autorização para utilizar o número de cartão de utente e recebem no telemóvel uma confirmação dessa autorização e a farmácia passa a ter acesso à prescrição que o utente faz.

“Isso facilita imenso a vida das pessoas. Por outro lado, vai aliviar a pressão sobre o sistema de saúde” que precisa estar “o mais liberto possível para tratar as pessoas que precisam de cuidados médicos, cuidados de enfermagem, cuidados diversos”, notou o governante.

Para a presidente da Associação Nacional de Farmácias, Ema Paulino, este projeto é um “passo na direção certa”, manifestando-se convicta de que será também “uma porta aberta para outras intervenções” que possam vir a identificar “como úteis nesta articulação multidisciplinar entre as diferentes instituições de saúde que prestam cuidados ao cidadão”.

A iniciativa envolveu a colaboração de várias entidades, desde logo a Direção Executiva do SNS, a Ordem dos Médicos, a Ordem dos Farmacêuticos, o Infarmed, os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde, a Direção-Geral da Saúde, a Associação Nacional das Farmácias e a Associação de Farmácias de Portugal.

NACIONAL

BANCO ALIMENTAR RECOLHE 1800 TONELADAS DE COMIDA NOS ÚLTIMOS DIAS

A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

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A campanha do Banco Alimentar contra a Fome recolheu mais de 1.800 toneladas de alimentos nos últimos três dias, avançou hoje a presidente da entidade, salientando a “grande solidariedade” dos portugueses que “doaram tempo e alimentos”.

“A campanha correu muito bem. Tivemos muitos voluntários e uma grande adesão de quem foi às compras. Mais uma vez os portugueses mostraram uma grande solidariedade, seja através da doação de tempo quer seja de alimentos”, afirmou à Lusa a presidente da Federação Portuguesa dos Bancos Alimentares Contra a Fome (FPBACF), Isabel Jonet.

Até às 18:00 deste domingo, “já tinham sido contabilizadas mais de 1.800 toneladas de produtos doados”, acrescentou Isabel Jonet, salientando que este é ainda um valor provisório, uma vez que alguns dos 21 bancos espalhados pelo país ainda não terminaram as contagens.

Nos dois primeiros dias de campanha — sexta-feira e sábado – recolheram 1.555 toneladas e hoje tinham contabilizado 340 toneladas.

Isabel Jonet afirmou acreditar que, quando as contas estiverem fechadas, será revelado um novo record em relação a 2022.

“Não tenho quaisquer dúvidas de que vamos ultrapassar o valor do ano passado”, disse, acrescentando que no último natal os voluntários recolheram 2.098 toneladas.

A presidente do FPBACF lembrou que há cada vez mais gente a atravessar sérias dificuldades financeiras: “Quando as pessoas pedem ajuda para comer é quando já se esgotaram todos os outros pedidos de ajuda. Não é fácil pedir ajuda para comer”.

“Existem cerca de dois milhões de pessoas que vivem com menos de 591 euros por mês”, sublinhou Isabel Jonet, lembrando que metade destas pessoas “vive com menos de 224 euros”.

No ano passado, 17% das pessoas em Portugal estavam em risco de pobreza (mais 0,6 pontos percentuais do que no ano passado), segundo dados divulgados recentemente pelo INE.

Além destes casos, identificados nas estatísticas, existem muitas outras situações, como “jovens casais com crianças”, que trabalham, têm rendimentos superiores, mas “não conseguem pagar as contas”, alertou Isabel Jonet, dando exemplos de famílias que “viram o empréstimo da casa aumentar quatro vezes”.

“Nós vimos cair em situação de pobreza pessoas que nunca imaginaram estar nesta situação”, lamentou, explicando que há cada vez mais gente a usufruir do trabalho dos bancos alimentares.

Neste fim de semana, cerca de 40 mil voluntários tornaram possível a campanha que decorreu nos últimos três dias sob o mote “A sua ajuda pode ser o que falta à mesa de uma família”.

Em regra, o Banco Alimentar promove duas campanhas por ano que se destinam a angariar alimentos básicos para pessoas carenciadas, como leite, arroz, massas, óleo, azeite, grão, feijão, atum, salsichas, bolachas e cereais de pequeno-almoço.

Os bens entregues aos voluntários à saída dos supermercados foram encaminhados para os diversos armazéns do Banco Alimentar, onde são separados e acondicionados antes de serem distribuídos pelas pessoas com carências alimentares comprovadas.

A presidente da FPBACF saudou o empenho dos voluntários, “pessoas muito diferentes que querem estar lado a lado a contribuir para uma mesma causa”.

“Há muita malta jovem, escuteiros, guias, mas também escolas e empresas que promovem ações de voluntariado, mas também pessoas que aparecerem em nome individual”, disse, acrescentando que há “pessoas de todas as idades, convicções e até diferentes clubes de futebol”.

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SAÚDE: 39 SERVIÇOS DE URGÊNCIA COM LIMITAÇÕES NA PRÓXIMA SEMANA

Trinta e nove serviços de urgência em todo o país vão estar limitados na próxima semana, incluindo algumas áreas mais críticas, como a Via Verde AVC, indicou hoje a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

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Trinta e nove serviços de urgência em todo o país vão estar limitados na próxima semana, incluindo algumas áreas mais críticas, como a Via Verde AVC, indicou hoje a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde (DE-SNS).

Segundo o novo plano de reorganização da rede dos serviços de urgência do SNS, para o período entre 03 e 09 de dezembro, na próxima semana verifica-se a alteração em alguns pontos da rede, mantendo-se 44 serviços de urgência a funcionar em pleno (53%), e nos outros 39 vai haver constrangimentos nalgumas especialidades.

Em relação à atual semana são mais três os serviços de urgência que vão ter constrangimentos a partir de domingo.

O plano indica que as especialidades com mais constrangimentos nas urgências são cirurgia geral, pediatria, ortopedia e ginecologia e obstetrícia, mas há cinco hospitais que apresentam em alguns dias limitações nas urgências da Via Verde AVC, designadamente Viana do Castelo, Guimarães, Guarda, Leiria, Santarém e Garcia de Orta, em Almada.

Na Região Norte, que tem 29 pontos de urgência, serão afetadas 13 urgências em algumas especialidades. No Centro estarão limitados oito dos 17 pontos e na Região de Lisboa e Vale do Tejo 15 das 19 urgências estarão a funcionar condicionadas em algumas especialidades.

A Região do Alentejo tem um dos 12 pontos de urgência limitados e no Algarve duas das seis urgências estarão condicionadas.

No documento, a Direção Executiva do Serviço Nacional de Saúde sublinha que a próxima semana “será importante para avaliar os efeitos dos recentes acordos com os médicos e os impactos que poderão ter na organização das escalas, de forma a se planear a resposta até ao final do ano”.

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