ECONOMIA & FINANÇAS
EDP APRESENTA PREJUÍZOS PELA PRIMEIRA VEZ EM 22 ANOS
O lucro consolidado da EDP caiu 53% no ano passado para 519 milhões de euros. Pela primeira vez desde 1997, a elétrica registou prejuízos de 18 milhões na operação portuguesa.
O lucro consolidado da EDP caiu 53% no ano passado para 519 milhões de euros. Pela primeira vez desde 1997, a elétrica registou prejuízos de 18 milhões na operação portuguesa.
Em 2018, os resultados líquidos da EDP caíram 53% para 519 milhões de euros (1113 milhões em 2017). A empresa anunciou esta segunda-feira que as contas do ano passado refletem “o forte impacto negativo de elevada fiscalidade e decisões regulatórias adversas em Portugal”.
Na lista de penalizações, a empresa liderada por António Mexia destaca o corte de 303 milhões nos ganhos relacionados com os contratos CMEC, 65 milhões relativos ao pagamento da taxa extraordinária da energia (a CESE), os 56 milhões do imposto sobre a geração elétrica (clawback), o custo de financiamento da tarifa social (84 milhões) e a queda de receitas da atividade regulada de distribuição (cujos pressupostos são definidos pelo regulador da energia), que se traduziu numa quebra de 164 milhões de euros.
No total, 672 milhões de euros a menos no negócio em Portugal, adianta o Público.
Os resultados antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) atingiram os 3287 milhões de euros em 2018, o que representa um recuo de 3% em termos homólogos. A dívida líquida também reduziu três% (quatro milhões), para 13,5 mil milhões de euros.
A EDP afirma que teve os primeiros prejuízos em Portugal desde o início da sua privatização, em 1997. No total, as perdas da atividade portuguesa ascenderam a 18 milhões de euros, que compara com um lucro de 169 milhões de euros em 2017.
A empresa de Mexia adianta ainda que, mesmo com as renováveis, o peso do negócio português no resultado líquido consolidado recuou de 20% para apenas 4 % – de 217 para 23 milhões de euros.
De acordo com o diário, António Mexia irá apresentar esta terça-feira, em Londres, o novo plano estratégico da EDP até 2022 e irá explicar aos analistas financeiros e aos investidores internacionais que o futuro da empresa passa pela venda de ativos em Portugal e por uma maior aposta em renováveis.
Aliás, a EDP admitiu que o plano estratégico para 2019 – 2022 que foi definido pelo conselho de administração executivo “contempla, em termos genéricos, quer um reforço do investimento em renováveis quer um plano de alienação de ativos”.
Esta estratégia vai ao encontro das sugestões que foram deixadas à empresa pela Elliott Management, o acionista da EDP conhecido como “fundo abutre”.
ZAP
ECONOMIA & FINANÇAS
SETE EM CADA DEZ EMPRESAS DISCORDAM DA SEMANA DE QUATRO DIAS
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Sete em cada dez empresas são contra a implementação da semana de quatro dias, sobretudo no comércio, indústria e construção, e 71% das que concordam defendem que a medida deveria ser facultativa, segundo um inquérito hoje divulgado.
Elaborado pela Associação Industrial Portuguesa — Câmara de Comércio e Indústria (AIP-CCI) e referente ao quarto trimestre de 2024, o “Inquérito de Contexto Empresarial sobre o Mercado Laboral” indica ainda que 70% das empresas defendem que matérias laborais como carreiras, benefícios, remunerações complementares ou limites de horas extraordinárias deveriam ser concertadas no interior das empresas e não em sede de Contrato Coletivo de Trabalho (CCT).
Relativamente ao banco de horas individual, 71% das empresas inquiridas dá parecer favorável e, destas, 74% entende que deveria ser fixado por acordo dentro da empresa, em vez de nas convenções coletivas de trabalho.
Segundo nota a AIP, entre as empresas que mais defendem esta concertação interna estão as pequenas e médias empresas.
Já em termos de modelo de trabalho, 81% das 523 empresas participantes dizem praticar trabalho presencial, 17% um modelo híbrido e 2% teletrabalho. Entre as que adotaram um modelo híbrido ou remoto, 73% afirmam que tal contribuiu para uma melhoria da produtividade e 84% consideram manter este modelo.
Quando questionadas sobre o Salário Mínimo Nacional (SMN), 83% das empresas concordam com a sua existência, ainda que 65% entendam que não deve ser encarado como um instrumento de redistribuição de riqueza.
Entre as que consideram que o SMN deve ser um instrumento com este fim, 45% diz que deveria ser a sociedade a suportá-lo, através de impostos negativos nos rendimentos mais baixos, enquanto as restantes 55% defendem que deveria ser suportado pelos custos de exploração das empresas.
Relativamente ao valor de 1.020 euros mensais projetados para o SMN até ao final da atual legislatura, mais de metade (56%) das empresas inquiridas apontam que é suportável pela conta de exploração das empresas, embora 95% desconheça algum estudo que aponte o seu setor de atividade como tendo capacidade para o financiar.
Para 65% das empresas, a fixação anual do salário mínimo deveria estar dependente da evolução da produtividade.
Quando questionadas sobre a autodeclaração de doença, 55% das empresas manifestou-se contra, apesar de 89% assinalar que nunca registou um caso destes ou que estes são muito pouco frequentes.
No que respeita ao designado “direito a desligar”, metade das empresas defende-o e outras tantas discordam, sendo que entre as que apresentam maior taxa de rejeição à implementação desta medida estão, sobretudo, as médias e microempresas.
Já quanto a sua comunicação à ACT, 86% das empresas discordam deste procedimento.
O inquérito da AIP-CCI foi realizado entre 12 de outubro e 11 de novembro de 2024 junto de 523 sociedades comerciais de todo o país (24% do Norte, 32% do Centro, 26% da Área Metropolitana de Lisboa, 12% do Alentejo, 3% do Algarve e 3% das ilhas).
A indústria representou 47% da amostra, seguida pelos serviços (26%), comércio (14%), construção (7%), agricultura (3%), alojamento e restauração (2%) e transportes e armazenagem (1%), sendo que 3% eram grandes empresas, 8% médias, 45% pequenas e 44% microempresas.
Da totalidade da amostra, 49,01% são empresas exportadoras.
ECONOMIA & FINANÇAS
ERC: APENAS 4% DOS MEDIA PORTUGUESES FATURAM ACIMA DE 10 MILHÕES
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
As empresas de media com rendimentos acima de 10 milhões de euros representavam 4% da totalidade em 2023, segundo a análise económico-financeira da ERC hoje divulgada, que aponta que as receitas não registaram melhoria face ao ano anterior.
Esta é uma das conclusões do estudo de análise económica e financeira sobre os media em Portugal da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) relativo ao exercício de 2023, que tem por base dados reportados pelos regulados, no âmbito da Lei da Transparência da Titularidade dos Meios de Comunicação Social (Lei nº 78/2015, de 29 de julho).
“A análise conduzida pela ERC apurou que os ativos totais das empresas de comunicação social ascenderam a 1.123.063 euros e os rendimentos totais da atividade a 1.166.911 euros”, lê-se no comunicado do regulador.
Constatou-se “que as empresas com rendimentos superiores a 10 milhões de euros apenas representaram 4% da totalidade de entidades, mas 86% dos ativos, 84% dos capitais próprios do setor e 89% dos rendimentos”, prossegue a ERC.
O regulador refere que sobressai “o facto de não se ter assistido, em 2023, a uma melhoria dos rendimentos das empresas de comunicação social em Portugal, mantendo-se em 53% a percentagem de empresas que registam crescimento dos rendimentos”.
No período em análise, “o número de empresas com resultados líquidos positivos, resultados operacionais ou EBITDA positivos, e capitais próprios positivos situou-se em proporções inferiores a 2022”.
O estudo caracteriza o setor dos media português de “granular, composto por muitas pequenas empresas, em especial nos segmentos mais tradicionais, como as publicações periódicas e as rádios hertzianas”.
Aliás, “são as pequenas empresas que enfrentam maiores dificuldades face à alteração paradigmática da forma como os conteúdos são consumidos e dos interesses e composição dos consumidores, limitando ou inibindo a capacidade de crescimento”.
A publicidade continuou a ser a principal fonte de receitas do setor em 2023, “mas a sua evolução apresentou um comportamento misto entre as principais instituições”.
De acordo com a análise, “verificou-se um aumento das receitas de publicidade do segmento de televisão, mas mais centrado nos canais de televisão por subscrição (STVS) em detrimento do ‘free-to-air’ [canais gratuitos]”.
O consumo de notícias “é cada vez mais fragmentado entre diferentes plataformas comunicacionais e que a utilização do vídeo como fonte noticiosa tem vindo a crescer, especialmente entre os mais jovens”, refere a análise, que adianta que como “principal fonte de conteúdos de vídeo noticiosos surgem as plataformas de partilha de vídeo em detrimento dos ‘sites’ dos editores, o que aumenta os desafios de monetização de produção de conteúdos e conexão destes últimos”.
O estudo completo da ‘Análise Económica e Financeira ao Setor de Media em Portugal no ano 2023’ pode ser consultado na página da ERC.
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renato avila
15 de Março, 2019 at 0:10
Topas, ó Mexia!!! Vai dar banho ao cão!!!Prejuízo? Vocês? Chinês???
Anónimo
15 de Março, 2019 at 0:10
Topas, ó Mexia!!! Vai dar banho ao cão!!!Prejuízo? Vocês? Chinês???