INTERNACIONAL
EUA ACUSAM FEDERAÇÃO RUSSA E CHINA DE VIOLAÇÕES DE DIREITOS HUMANOS
Os EUA apontaram hoje a Federação Russa e a China como Estados em que existem torturas, execuções e repressão, no relatório anual do Departamento de Estado sobre direitos humanos.
Os EUA apontaram hoje a Federação Russa e a China como Estados em que existem torturas, execuções e repressão, no relatório anual do Departamento de Estado sobre direitos humanos.
O documento, apresentado hoje pelo secretário do Estado, Antony Blinken, relativo a 2021, serve de guia ao Congresso norte-americano para determinar a realização da ajuda externa.
Na ocasião, Blinken particularizou que, no ano passado, os EUA assistiram a uma deterioração da situação dos direitos humanos e a um aumento do autoritarismo no mundo.
Acentuou que “em poucos lugares as consequências humanas (dessa degradação) foram tão duras como na guerra brutal do governo russo na Ucrânia”.
Blinken acrescentou que, à medida que as tropas russas saem das cidades ucranianas que tinham ocupado, estão a ser reveladas as “atrocidades generalizadas” que praticaram.
Exemplificou com os testemunhos de mulheres e meninas que foram violadas e o bombardeamento de equipamentos coletivos civis, como um teatro e uma estação ferroviária.
Sobre a China, o Departamento de Estado norte-americano denunciou assassínios arbitrários por parte do governo de Pequim, desaparecimentos forçados, casos de tortura e detenções massivas de minorias.
A diplomacia norte-americana acusou a China, tal como o fizera já no documento referente a 2020, de “genocídio” contra os uigures e outras minorias muçulmanas na região do Xinjiang.
No Estado asiático, detalhou-se, há prisões que submetem os detidos a condições “duras, que ameaçam as suas vidas”.
No documento acusou-se também o regime dirigido por Xi Jinping de ter presos políticos, de atacar, por motivos políticos, cidadãos chineses no estrangeiro e de não permitir o controlo judicial independente sobre o partido comunista.
Foi ainda divulgada uma lista extensa de violações dos direitos humanos, que incluem esterilizações forçadas e abortos sob intimidação até às restrições à liberdade de imprensa.
O governo de Washington garantiu também que estes crimes são praticados por membros do governo e das forças de segurança em total impunidade.
Este relatório anual do Departamento de Estado examina a situação dos direitos humanos em 198 países e territórios, com exclusão dos EUA.
INTERNACIONAL
VACINAS SALVARAM 154 MILHÕES DE VIDAS EM 50 ANOS
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
As vacinas permitiram salvar pelo menos 154 milhões de vidas em todo o mundo desde 1974, o equivalente a seis vidas por minuto, segundo um estudo da Organização Mundial da Saúde (OMS) hoje divulgado.
Em comunicado, a OMS salienta que a estimativa plasmada no estudo incide sobre a vacinação contra 14 doenças, incluindo difteria, hepatite B, sarampo, tétano, febre amarela, rubéola, tuberculose, meningite A e tosse convulsa.
De acordo com o estudo, publicado na revista médica britânica The Lancet, a vacinação permitiu salvar 101 milhões de bebés entre as 154 milhões de vidas estimadas.
O estudo realça que a imunização contra as 14 doenças analisadas contribuiu diretamente para reduzir 40% da mortalidade infantil global e 52% em África.
Por si só, a vacinação contra o sarampo diminuiu 60% da mortalidade infantil à escala global.
A OMS destaca, ainda, que mais de 20 milhões de pessoas podem hoje andar graças à imunização contra a poliomielite.
“As vacinas estão entre as invenções mais poderosas da História, prevenindo doenças antes temidas”, sublinhou o diretor-geral da OMS, Tedros Adhanom Ghebreyesus, citado em comunicado.
Os dados foram publicados num momento de retrocesso da vacinação, causado nomeadamente pela redução dos programas de imunização devido à pandemia da covid-19.
A OMS assinala que 67 milhões de crianças não receberam entre 2020 e 2022 todas as vacinas de que necessitavam, o que contribuiu para um aumento de 84% dos casos globais de sarampo entre 2022 e 2023.
O estudo foi divulgado na Semana Mundial da Vacinação 2024, que hoje começou e termina na terça-feira.
INTERNACIONAL
ADVOGADOS DE TRUMP DECLARAM EX-PRESIDENTE INOCENTE NO INÍCIO DE JULGAMENTO
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Os advogados de defesa do ex-presidente dos EUA Donald Trump declararam hoje o seu cliente inocente, alegando que o Ministério Público nem sequer devia ter iniciado este processo.
Nas declarações iniciais do julgamento de Trump, os procuradores defenderam que o ex-presidente “orquestrou um esquema criminoso para subverter” as eleições presidenciais de 2016.
Os advogados de defesa alegaram que Trump está inocente, acrescentando que o gabinete do procurador distrital de Manhattan “nunca deveria ter aberto este caso”.
Um painel de jurados nova-iorquinos — 12 jurados e seis suplentes — tomou posse na passada sexta-feira, após quatro dias de seleção do júri, e começou hoje a participar naquele que é o primeiro julgamento criminal contra um ex-presidente dos EUA.
Trump é acusado de falsificar registos comerciais como parte de um alegado esquema para dissimular histórias que acreditava que poderiam prejudicar a sua campanha presidencial em 2016.
No centro das acusações está um pagamento de cerca de 100 mil euros feito à atriz pornográfica Stormy Daniels por Michael Cohen, ex-advogado de Trump, para evitar que fosse conhecida uma relação extramatrimonial com o empresário.
Os procuradores dizem que Trump dissimulou a verdadeira natureza dos pagamentos falsificando documentos comerciais.
O ex-presidente nega ter tido um encontro sexual com Daniels e os seus advogados argumentam que os pagamentos feitos a Cohen foram despesas legais legítimas, declarando-se inocente de 34 acusações criminais de falsificação de registos comerciais.
Um dos advogados de defesa de Donald Trump concentrou-se durante as declarações iniciais em repetir argumentos colocando em questão a credibilidade de uma das principais testemunhas da acusação: Michael Cohen.
O advogado Todd Blanche forneceu um extenso relato sobre o cadastro criminal de Cohen e sobre o facto de ele já ter sido condenado por mentir sob juramento.
Blanche acusou Cohen de ser “obcecado pelo ex-presidente”, dizendo que “o seu sustento financeiro depende da destruição da reputação de Trump.
“Não se pode tomar uma decisão séria sobre o presidente Trump confiando nas palavras de Michael Cohen”, argumentou Blanche.
Antecipando os prováveis ataques da defesa à sua principal testemunha, o procurador Matthew Colangelo reconheceu o cadastro criminal de Cohen, logo no início do julgamento.
Os advogados de defesa argumentaram ainda que Trump não teve nada a ver com os pagamentos feitos para evitar que histórias sobre a sua vida sexual se tornassem públicas, nas vésperas das eleições presidenciais de 2016.
Blanche questionou em particular a insinuação feita pela acusação de que o pagamento a Stormy Daniels se destinava a tentar influenciar o resultado das eleições presidenciais.
“Não há nada de errado em tentar influenciar uma eleição. Isso chama-se democracia”, concluiu o advogado.
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