DESPORTO
FC VIZELA X SPORTING CP: ANÁLISE DE JOSÉ AUGUSTO SANTOS
Sporting continua a sua caminhada à boleia de um coletivo forte e uma individualidade, Viktor Gyokeres que resolve aquilo que o coletivo não consegue. O Vizela demonstrou as fragilidades patenteadas esta época e terá de melhorar muito para alcançar o objetivo da manutenção.
Sporting continua a sua caminhada à boleia de um coletivo forte e uma individualidade, Viktor Gyokeres que resolve aquilo que o coletivo não consegue. O Vizela demonstrou as fragilidades patenteadas esta época e terá de melhorar muito para alcançar o objetivo da manutenção.
Os dois treinadores ficaram mais satisfeitos com a organização ofensiva das suas equipas, Ruben Amorim porque o Sporting faz 5 golos e Ruben de la Barrera porque em 3 oportunidades consegue fazer 2 golos, do que no processo defensivo em que o dois tem razões para terem ficado insatisfeitos. O Vizela porque demonstrou enormes fragilidades defensivas, agravadas com a não utilização de Bruno Wilson (problema do foro disciplinar?) e o Sporting porque apesar de consentir poucos ataques foi permissivo no lance do 1º golo, Soro saltou à vontade e Coates, no segundo revelou pouca agressividade no duelo com Samuel Essende.
Um Sporting, intenso, com rápida circulação de bola e posicional dos seus jogadores mais adiantados demonstrou tranquilidade, autoconfiança e mesmo quando esteve a perder e depois quando o Vizela reduziu para 2-3, nunca tremeu e colocou em causa a conquista dos 3 pontos. A procura da profundidade foi uma arma utilizada para superar o bloco do Vizela e a aproximação de Pedro Gonçalves a Nuno Santos criou muitos desequilíbrios. Não foi eficaz na primeira parte, mas retificou na segunda com 4 golos, o de Paulinho com excelente golpe de cabeça foi o melhor. O Vizela não teve argumentos para contrariar esta fase da equipa leonina e terá uma tarefa complicada para garantir a manutenção se não reforçar o seu plantel nesta abertura de mercado. Teve o contratempo da saída do influente Samú ao intervalo, nunca conseguiu ter bola e colocar desconfortável o Sporting e apesar de ter marcado dois golos que resultaram de excelente iniciativa individual de Hugo Oliveira no primeiro, finalizado com excelente cabeceamento de Soro e da capacidade física de Essende no segundo, nunca conseguiu ser oposição capaz de discutir o resultado.
Hugo Oliveira, Matheus Pereira, Anderson Jesus que teve uma noite complicada nos duelos com o ponta de lança sueco e Samuel Essende que foi o melhor dos vizelenses, foram os que mais tentaram remar contra a maré.
Gyokeres continua a demonstrar ser um jogador à parte no nosso campeonato, decisivo na ação individual do primeiro golo e durante todo o jogo, Trincão, Pedro Gonçalves e Hjualmand (fantástico gesto de flair-play quando colocou a bola fora para assistência a Samú) foram os melhores do Sporting.
Critério largo de André Narciso, ignorou algumas faltas e cartões amarelos, bem auxiliado pelo VAR não teve influência no resultado em mais um jogo que o tempo útil deixa muito a desejar.
José Augusto Santos, Comentador Desportivo e Treinador de Futebol Nível IV UEFA Pro.
