ECONOMIA & FINANÇAS
FMI OPTIMISTA COM PORTUGAL
O FMI está mais optimista para Portugal, prevendo que a economia cresça 2,5% este ano e que a meta do défice de 1,5% seja cumprida, e defende que o Governo aproveite o momento para reduzir a dívida pública.
O FMI está mais optimista para Portugal, prevendo que a economia cresça 2,5% este ano e que a meta do défice de 1,5% seja cumprida, e defende que o Governo aproveite o momento para reduzir a dívida pública.
“As projecções de curto prazo de Portugal melhoraram de forma considerável, suportadas por uma recuperação no investimento e um crescimento contínuo das exportações, ao mesmo tempo que a recuperação na zona euro ganhou força”, observa o Fundo Monetário Internacional (FMI) num comunicado divulgado hoje, após uma missão de duas semanas a Lisboa no âmbito do artigo IV da instituição.
O Fundo prevê que a economia portuguesa cresça 2,5% este ano, uma revisão em alta de um ponto percentual face aos 1,5% estimados em abril, quando divulgou o ‘World Economic Outlook’, mostrando-se assim também mais otimista do que o Governo, que continua a prever que o Produto Interno Bruto (PIB) cresça 1,8%.
“A recuperação no crescimento implica que a meta do défice de 1,5% do PIB é alcançável. Um crescimento mais forte, juntamente com o forte compromisso das autoridades em conter a despesa, deve permitir alcançar a meta de forma confortável”, afirma o FMI.
Nesse sentido, o Fundo defende que as condições favoráveis criam “uma oportunidade auspiciosa para uma redução mais ambiciosa da dívida pública este ano”. Segundo o Programa de Estabilidade 2017-2021, o Governo prevê reduzir a dívida pública de 130,4% em 2016 até 109,4% em 2021.
Além disso, o FMI afirma que “uma consolidação orçamental estrutural e duradoura continua a ser essencial para garantir a sustentabilidade das finanças públicas, numa altura em que é provável que as condições de financiamento se tornem menos positivas, à medida que os estímulos monetários comecem a ser, eventualmente, reduzidos”.
“Um ajustamento focado numa reforma para melhorar a eficiência da despesa pública seria mais amigo do crescimento e ajudaria a reforçar as percepções dos investidores quanto à previsibilidade do regime fiscal ao longo do horizonte de investimento”, acrescenta.
A instituição sediada em Washington afirma que a actividade económica ganhou força em 2017, suportada pelo “crescimento forte” no turismo, admitindo que as receitas do turismo voltem a crescer em torno dos dois dígitos no conjunto deste ano e apontando também os sinais de uma recuperação geral nas exportações (que devem crescer 7,6% este ano e 5,2% no próximo).
No entanto, o FMI estima que a economia desacelere em 2018, crescendo 2%, considerando que o ‘stock’ elevado de crédito malparado nos bancos e a dívida empresarial continuam a prejudicar o investimento privado, que “é essencial para apoiar o crescimento no médio prazo”.
Embora destaque o “progresso notável” na estabilização do sector financeiro, com os recentes aumentos de capital, o Fundo entende que os bancos portugueses continuam a “enfrentar inúmeros desafios, como a fraca qualidade de activos, fraca rentabilidade e ‘almofadas’ de capital limitadas”.
Nesse sentido, são necessários “esforços ambiciosos” por parte dos bancos, para melhorarem os seus balanços, que passariam por uma “limpeza alargada”, incluindo um plano “credível e com prazos” para reestruturar e vender activos não performativos – com o apoio das autoridades.
Por fim, o FMI defende reformas estruturais para impulsionar o investimento e a produtividade, para aumentar o crescimento potencial da economia no médio prazo, como “um mercado de trabalho mais flexível, onde os aumentos estão alinhados com a produtividade” ou medidas para tornar os processos judiciais mais eficientes.
O denominado artigo IV do FMI prevê que sejam feitas análises às economias dos membros do Fundo, geralmente todos os anos.
ECONOMIA & FINANÇAS
TESLA: LUCROS RECUARAM 55% ATÉ MARÇO PARA 1.058 MILHÕES
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
Por sua vez, as receitas da fabricante automobilística ficaram em 21.300 milhões de dólares (19.946 milhões de euros), uma queda homóloga de 9%.
As vendas mundiais também apresentaram, no período em análise, uma quebra de 9%, justificada com o aumento da concorrência e a diminuição da procura por veículos elétricos.
Já as receitas exclusivamente provenientes da venda de automóveis cederam 13%, passando de 19.963 dólares para 17.378 dólares (16.273 euros), uma evolução justificada pela empresa com a baixa nos preços dos seus veículos nos Estados Unidos.
Num comunicado enviado aos investidores, a Tesla disse ainda que sofreu “numerosos problemas” devido ao conflito no Mar Vermelho e a um incêndio em uma das suas fábricas, em Berlim.
A fabricante defendeu ainda que a venda mundial de veículos elétricos está “sob pressão”, uma vez que está a ser dada prioridade aos veículos híbridos.
Apesar de não avançar datas, a empresa anunciou que vai acelerar o lançamento de novos modelos, que, inicialmente, estavam previstos para o segundo semestre de 2025.
A Tesla acredita ainda que o crescimento das vendas de veículos poderá ser “notavelmente menor” no corrente ano.
Os analistas consultados pena Associated Press (AP) acreditam que esta perda esperada levanta questões sobre a procura de Teslas e outros veículos elétricos.
Na semana passada, a Tesla anunciou uma diminuição de 10% entre os seus 140.000 funcionários.
ECONOMIA & FINANÇAS
BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).
Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.
O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.
No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.
Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.
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