NACIONAL
FOSSO QUE SEPARA ESTUDANTES CARENCIADOS DOS RESTANTES CADA VEZ MENOR
Cada vez menos alunos reprovam ou desistem de estudar e é cada vez menor o fosso que separa os estudantes mais carenciados dos restantes, segundo uma análise da Lusa a dados do Ministério da Educação.

Cada vez menos alunos reprovam ou desistem de estudar e é cada vez menor o fosso que separa os estudantes mais carenciados dos restantes, segundo uma análise da Lusa a dados do Ministério da Educação.
O primeiro ano de pandemia de covid-19 não alterou a tendência de melhoria do sucesso académico dos alunos no ensino obrigatório, segundo dados do Ministério que permitem ver a evolução de quem termina o ciclo de estudos no tempo previsto.
A Lusa analisou o percurso dos alunos desde os mais novos, os que entraram para o 1.º ano, até aos finalistas, do 12.º ano, entre os anos letivos de 2017/2018 e 2019/2020.
Entre 2018 e 2020, a percentagem dos que “chumbaram” ou desistiram de estudar esteve sempre a diminuir: no segundo ciclo, por exemplo, a percentagem de insucesso desceu de 9% para 5% em 2020, este que foi o primeiro ano afetado pela covid-19.
Esta melhoria foi ainda mais notória no caso dos alunos que habitualmente têm mais dificuldades, ou seja, os estudantes de famílias mais carenciadas.
Portugal tem sido apontado como um dos países da OCDE onde o contexto socioeconómico mais condiciona o sucesso académico.
E os dados confirmam que o sucesso continua a ser mais difícil de atingir pelos alunos de meios desfavorecidos, mas a distância que os separa dos restantes está a ficar mais curta.
No caso dos alunos carenciados do primeiro ciclo, registou-se uma melhoria de cinco pontos percentuais em três anos: no final do ano letivo de 2018, 77% dos estudantes desfavorecidos terminaram o 4.º ano sem nunca terem “chumbado” e em 2020 a taxa de conclusão subiu para os 82%.
Se a melhoria registada pelos alunos carenciados foi de cinco pontos percentuais, quando se analisa a evolução de todos os estudantes do primeiro ciclo – independentemente da sua situação socioeconómica – verifica-se uma melhoria de apenas três pontos percentuais (subiu de 86% em 2018 para 89% em 2020).
Nos restantes anos, o fenómeno repetiu-se: os alunos carenciados têm mais dificuldades de atingir o sucesso, mas a diferença esbateu-se.
No 2.º ciclo, 95% de todos os alunos concluíram os estudos em 2020 sem reprovar ou desistir, o que representa uma melhoria de quatro pontos percentuais em relação a 2018, mas entre os mais carenciados a melhoria foi de seis pontos percentuais (passou de 86% para 92% em 2020).
Também no 3.º ciclo, houve uma subida de oito pontos percentuais entre os estudantes carenciados que terminaram em 2018 (70%) e os que terminaram em 2020 (78%). Já os valores da generalidade dos estudantes mostram uma melhoria de seis pontos percentuais (subiu de 80% para 86%).
No ensino secundário, fase em que há mais insucesso, também houve uma melhoria de 10 pontos percentuais tanto entre os alunos com Apoio Social Escolar (ASE) como entre os restantes.
Em 2018, pouco mais de metade dos alunos carenciados (52%) conseguiu concluir o secundário nos três anos previstos, enquanto em 2020 a percentagem subiu para 62%.
A percentagem de sucesso entre a totalidade dos estudantes de cursos científico-humanísticos passou de 57% para 67% no final de 2020.
Entre as escolas com taxas mais elevadas de sucesso destacam-se a Secundária de Barcelinhos, em Barcelos, onde 95% dos estudantes carenciados conseguiu concluir o secundário com sucesso. Também a escola Dr. Joaquim de Carvalho, na Figueira do Foz, ou a escola de Vila Pouca de Aguiar, surgem no topo da lista, ambas com uma taxa de sucesso de 94%.
A escola de Vila Real destaca-se pela positiva, já que consegue que muito mais estudantes carenciados (70%) tenham sucesso académico, quando comparados com a média nacional obtida por alunos semelhantes à entrada no ensino secundário.
Em sentido contrário, como foi o caso da Escola Dr. Vieira de Carvalho, no Porto, onde apenas 7% dos estudantes carenciados concluíram o secundário nos três anos, por comparação com os resultados médios nacionais de alunos semelhantes.
Já nos cursos profissionais, a subida nos últimos três anos foi de apenas 2%: Entre os alunos com apoio social escolar chegou aos 62% em 2020 e entre a totalidade dos estudantes foi de 65% em 2020.
Na análise de melhoria dos resultados, ficou este ano de fora o indicador dos percursos diretos de sucesso, que apresenta os alunos que concluem o ciclo de estudos no tempo esperado e obtêm positiva nas provas nacionais.
A pandemia de covid-19 levou a uma alteração das regras e, nos dois últimos anos, as provas passaram a ser obrigatórias apenas para acesso ao ensino superior, ficando de fora muitos exames e deixando de ser possível perceber os percursos diretos de sucesso.

NACIONAL
PSP E GNR DEFENDEM O USO DOS METADADOS NA INVESTIGAÇÃO CRIMINAL
O diretor da PSP e o comandante da GNR defenderam hoje no parlamento a videovigilância para o combate ao crime e consideraram que não deviam ser estabelecidos limites para a preservação dos metadados.

O diretor da PSP e o comandante da GNR defenderam hoje no parlamento a videovigilância para o combate ao crime e consideraram que não deviam ser estabelecidos limites para a preservação dos metadados.
Numa audição conjunta sobre o aumento dos casos de violência no namoro na subcomissão para a Igualdade e Não Discriminação, pedida pelo Chega, o comandante-geral da Guarda Nacional Republicana, José Lopes Correia, e o diretor nacional da Polícia de Segurança Pública, Manuel Magina da Silva, foram questionados pelos deputados sobre a videovigilância e a questão dos metadados, em que normas da lei foram consideradas inconstitucionais em 2022 e já levaram à anulação de julgamentos.
“A posição da PSP é claríssima. Não devia haver qualquer limite para a preservação dos dados. Percebo que resulta de uma diretiva comunitária”, disse Manuel Magina da Silva, sustentando que esta questão “é fundamental para os crimes de violência doméstica”.
O diretor nacional da PSP considerou que “não faz muito sentido que haja um limite para a preservação dos metadados” e “não haja para uma escuta telefónica”, recordando que as duas formas de dados só podem ser recolhidas mediante autorização judicial.
Também o comandante-geral da GNR sustentou que, em termos de investigação, “é relevante aceder a esse tipo de informação o máximo de tempo possível no quadro daquilo que a lei poderá permitir”.
Num acórdão de 19 de abril, o Tribunal Constitucional declarou inconstitucionais normas da lei dos metadados que determinavam que os fornecedores de serviços telefónicos e de internet deveriam conservar os dados relativos às comunicações dos clientes — entre os quais origem, destino, data e hora, tipo de equipamento e localização — pelo período de um ano, para eventual utilização em investigação criminal.
No âmbito da comissão parlamentar dos Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e Garantias foi constituído um grupo de trabalho sobre metadados.
Sobre a videovigilância, o diretor nacional considerou que “é uma ferramenta fundamental para a atividade policial em vários domínios”, nomeadamente para “a prevenção criminal, repressão criminal e para a resposta policial em tempo útil e real que pode salvar vidas”.
“Temos que nos libertar definitivamente dos fantasmas do ‘big brother’ e do Estado Novo”, disse, dando como exemplo os sistemas de videovigilância na Amadora e em Olhão.
Magina da Silva sublinhou que a Amadora é um dos concelhos do país com maior cobertura de videovigilância e “há uma redução direta entre a cobertura da videovigilância num determinado espaço e os crimes cometidos nesse espaço”.
Segundo o diretor nacional da PSP, os responsáveis pelas agressões a um imigrante em Olhão foram identificados devido à videovigilância”.
“Sem a videovigilância estávamos a zero relativamente à identificação das pessoas”, disse.
Por sua vez, o comandante-geral da GNR considerou que a videovigilância “é necessariamente um futuro a percorrer”
“É absolutamente necessário que haja a complementaridade de recursos para que possamos atuar e rapidamente conseguir identificar agressores, ter resultados positivos para a segurança”, precisou.
NACIONAL
GOVERNO ‘PONDERA’ INSPEÇÕES REGULARES A CICLOMOTORES E MOTOCICLOS
Um grupo deputados socialistas pediu esta quinta-feira ao Governo a rápida adoção de normas da União Europeia em relação à realização de inspeções periódicas de ciclomotores e motociclos com maior cilindrada, considerando preocupante o aumento da sinistralidade rodoviária.

Um grupo deputados socialistas pediu esta quinta-feira ao Governo a rápida adoção de normas da União Europeia em relação à realização de inspeções periódicas de ciclomotores e motociclos com maior cilindrada, considerando preocupante o aumento da sinistralidade rodoviária.
Este projeto de resolução dirigido ao executivo é assinado pelos deputados socialistas José Pedro Ferreira, Hugo Costa, Hugo Carvalho, Fátima Correia Pinto e André Pinotes Batista.
Além da recomendação ao Governo para que conclua o processo legislativo para a implementação da normativa comunitária de realização de inspeções técnicas periódicas de ciclomotores e motociclos com cilindrada superior a 125 centímetros cúbicos, os deputados socialistas querem também que se proceda à publicação do “quadro técnico regulamentar relativo às deficiências a monitorizar na inspeção periódica dos motociclos, tendo por base as diretrizes comunitárias”.
Pedem, ainda, que se conclua o “quadro técnico regulamentar que habilite os inspetores para a realização das respetivas inspeções periódicas”.
Este grupo de deputados do PS salienta que “a sinistralidade rodoviária é, desde há muito, um problema importante na sociedade portuguesa“, já que se registam “elevadas taxas de sinistralidade e mortalidade nas estradas”.
“A entrada em vigor de medidas de vigilância e monitorização rodoviária mais apertadas e eficazes, a introdução de sanções mais pesadas, nomeadamente ao nível das coimas e da perda de pontos na carta, ajudou a reduzir progressivamente os valores da última década”, sustentam estes deputados.
Destacam, ainda, “o papel que a realização da inspeção obrigatória de viaturas do parque automóvel circulante teve na prevenção e na redução do risco de ocorrência de acidentes associados a falhas de natureza mecânica”.
No entanto, há uma “crescente preocupação com o aumento da sinistralidade rodoviária dos ciclomotores e motociclos”, razão pela qual estes deputados consideram “pertinente, entre outros aspetos, revisitar a necessidade de realização de inspeções técnicas a esta categoria de veículos”.
-
DESPORTO DIRETO1 semana atrás
DIRETO: FC PORTO X INTER DE MILÃO (20:00)
-
ECONOMIA & FINANÇAS2 semanas atrás
MARCELO CONSIDERA JUSTO FISCALIZAR PREÇOS EXCESSIVOS NA ALIMENTAÇÃO
-
REGIÕES1 semana atrás
MAIA: MULHER MORTA A TIRO PELO EX-MARIDO EM PEDROUÇOS
-
CIÊNCIA & TECNOLOGIA2 semanas atrás
META ESTÁ A PREPARAR UMA NOVA REDE SOCIAL CONCORRENTE DO TWITTER
-
DESPORTO2 semanas atrás
FC PORTO SOFREU MAS VENCEU O ESTORIL NA PERSEGUIÇÃO AO BENFICA (VÍDEO)
-
REGIÕES1 semana atrás
FENÓMENO: BOLA DE FOGO ATRAVESSA O CÉU DE PORTUGAL E GALIZA (ESPANHA)
-
DESPORTO2 semanas atrás
LIGA I: CHAVES VENCE O PORTIMONENSE QUE DESPERDIÇOU DOIS PENÁLTIS (VÍDEO)
-
ECONOMIA & FINANÇAS1 semana atrás
PRAZO PARA RECLAMAR DAS FATURAS DE DESPESAS GERAIS FAMILIARES COMEÇA HOJE