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CIÊNCIA & TECNOLOGIA

INOVAÇÃO 5G: NOS APOSTA NO FUTEBOL PARA INVISUAIS

A NOS está a desenvolver e a testar uma solução 5G que pretende transformar a forma como pessoas cegas ou com baixa acuidade visual experienciam o futebol através da televisão. A plataforma “Futebol para Todos”, desenvolvida em parceria com o Centro de Investigação em Informática e Comunicações (CIIC) do Politécnico de Leiria, pretende aumentar a inclusão da experiência de assistir a jogos, utilizando tecnologia de espacialização do som para traduzir as ações do jogo.

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A NOS está a desenvolver e a testar uma solução 5G que pretende transformar a forma como pessoas cegas ou com baixa acuidade visual experienciam o futebol através da televisão. A plataforma “Futebol para Todos”, desenvolvida em parceria com o Centro de Investigação em Informática e Comunicações (CIIC) do Politécnico de Leiria, pretende aumentar a inclusão da experiência de assistir a jogos, utilizando tecnologia de espacialização do som para traduzir as ações do jogo.

A “Futebol para Todos” deteta cada uma das ações que decorrem ao longo de um jogo de futebol, tal como passes, interseções, golos ou tentativas de golos e, de forma automática e imediata, atribui-lhes um som específico e espacializado para uma mais fácil identificação por parte do espetador com limitações visuais. O som é também usado para diferenciar que equipa tem a posse da bola. Graças à ultrabaixa latência do 5G, as informações podem ser transmitidas em tempo real, o que é crucial para a sincronização da experiência com a partida de futebol.

Para além disso, esta solução recorre à espacialização do som, para dar uma ideia da distância da bola com relação à baliza, dentro do campo. Esta tecnologia permite aos sistemas de áudio criarem uma sensação de tridimensionalidade e localização sonora no ambiente auditivo do ouvinte. Desta forma, o espetador fica com a perceção de que cada elemento surge de diferentes direções e distâncias, para além do ecrã de televisão.

João Ferreira, Diretor da NOS Inovação, sublinhou: “O “Futebol para Todos” visa proporcionar uma experiência mais autónoma a todos os amantes de futebol, independentemente das suas limitações visuais. É uma resposta a um feedback que tivemos de pessoas cegas que queriam ter alguma forma mais independente de assistir a este desporto e poderem fazer a sua própria análise, sem terem de depender da subjetividade do relato de um comentador desportivo. É também uma forma de continuarmos leais ao nosso compromisso de colocar a tecnologia e o 5G ao serviço das pessoas e de promover uma maior inclusão no acesso ao entretenimento.”

Esta aplicação, que pretende contribuir para que todos possam viver a emoção dos jogos de futebol de forma plena e participativa, avança agora para a fase de testes, em formato de APP e android TV, onde irá ser aperfeiçoada e adaptada às necessidades dos utilizadores. O projeto está aberto a receber a contribuição de associações que desejem participar no programa piloto.

Esta ação é lançada durante a celebração do terceiro aniversário do 5G em Portugal, organizada pela NOS durante todo o mês de novembro. Durante este mês, a NOS irá lançar várias iniciativas, nos vários setores, demonstrando todo o poder desta tecnologia e reforçando a sua liderança no 5G em Portugal.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA

O MANTO DA TERRA É MENOS MISTURADO DO QUE SE PENSAVA – ESTUDO

Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

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Um estudo sismológico indica que as duas enormes ‘ilhas’ existentes sob a superfície da Terra estão a uma temperatura mais elevada do que o material circundante, indicando que o manto da Terra é menos misturado do que se pensava.

Ambas as ‘ilhas’ foram descobertas no final do século passado. Os investigadores definem-nas como dois “supercontinentes” localizados entre o núcleo e o manto da Terra: um sob África e o outro sob o Oceano Pacífico, ambos a mais de 2000 quilómetros abaixo da superfície da Terra.

“Estas duas grandes ilhas estão rodeadas por uma espécie de ‘cemitério’ de placas tectónicas que foram transportadas para lá por um processo de subducção, em que uma placa submerge sob outra e se afunda da superfície da Terra até uma profundidade de quase 3.000 quilómetros”, realçou Arwen Deuss, sismóloga da Universidade de Utrecht, nos Países Baixos, e uma das autoras do estudo publicado na quarta-feira na revista Nature.

Até agora, os modelos sísmicos utilizavam apenas velocidades de onda para distinguir a composição e as características térmicas de diferentes partes da estrutura interna da Terra.

A investigação atual combinou as velocidades das ondas com uma técnica chamada “observações de atenuação” que permitiu o estudo do interior da Terra em três dimensões, algo “fundamental para compreender a evolução da composição” do manto, apontaram os autores.

A nova técnica permitiu-lhes “obter uma visão do interior do planeta, semelhante à que os médicos obtêm do corpo humano através dos raios X”.

Os resultados indicaram que, quando atingem estas ‘ilhas’ interiores do tamanho de continentes, as ondas abrandam porque a temperatura é mais elevada.

Ao estudar a composição dos minerais no manto, os investigadores descobriram também que o tamanho dos grânulos minerais nestas ‘ilhas’ gigantes é visivelmente maior do que nas placas tectónicas ‘mortas’ que as rodeiam.

“Estes grânulos minerais não crescem de um dia para o outro, o que só pode significar uma coisa: são muito maiores, mais rígidos e, por isso, mais antigos do que os cemitérios de camadas mortas circundantes. Isto indica que as ‘ilhas’ não participam no fluxo no manto terrestre”, explicou outra autora, Sujania Talavera-Soza, da mesma universidade.

“Ao contrário do que nos ensinam os livros de geografia, o manto também não pode ser bem misturado. Há menos fluxo no manto terrestre do que pensamos”, acrescentou Talavera-Soza.

O conhecimento do manto terrestre é essencial para compreender a evolução do planeta e de outros fenómenos à superfície da Terra, como os vulcões e a formação de montanhas.

Para este tipo de investigação, os sismólogos aproveitam as oscilações provocadas por fortes sismos que ocorrem a grandes profundidades, como o que ocorreu na Bolívia em 1994 — 650 quilómetros abaixo da superfície — sem causar danos ou vítimas, e a descrição matemática da força destas oscilações.

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UNIVERSIDADE DE COIMBRA LANÇA LIVRO PARA IDENTIFICAÇÃO DE ABELHAS DE PORTUGAL

A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

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A Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade de Coimbra (FCTUC) lançou um livro técnico para identificação de géneros de abelhas de Portugal.

A obra “Chaves Dicotómicas dos Géneros de Abelhas de Portugal. Hymenoptera: Anthophila”, uma adaptação e tradução de “Key to the Genera of European Bees (Hymenoptera: Anthophila)”, é o primeiro a ser publicado sobre o tema para Portugal e em português, revelou a FCTUC, em nota enviada à agência Lusa.

Produzido no âmbito dos projetos PolinizAÇÃO e EPIC-Bee, em colaboração com a Imprensa da Universidade de Coimbra, o livro já está disponível para ‘download’ gratuito.

“Desenvolvido como uma ferramenta para a identificação de géneros de abelhas, o livro destina-se principalmente a um público académico e técnico, constituindo um marco significativo no campo da entomologia e um contributo valioso para a conservação dos insetos polinizadores”, referiu a FCTUC.

A produção do livro técnico contou com o envolvimento de investigadores do FLOWer Lab do Centro de Ecologia Funcional e do Departamento de Ciências da Vida da FCTUC, nomeadamente Hugo Gaspar, Sílvia Castro e João Loureiro.

“Este livro preenche uma lacuna de décadas na investigação sobre as abelhas selvagens em Portugal, uma vez que atualiza o conhecimento e aproxima-o da comunidade entomológica nacional através da adaptação e tradução para a língua portuguesa”, afirmou o entomólogo e aluno de doutoramento da FCTUC, Hugo Gaspar.

O trabalho “será extremamente útil não só para investigadores que trabalham no estudo e conservação de polinizadores, mas também para estudantes, naturalistas e para todos os que tiverem interesse em aprender sobre a identificação de abelhas”, acrescentou.

A obra contou também com a colaboração do investigador da Universidade do Porto, José Grosso-Silva, e da equipa de investigadores ligada ao Laboratório de Zoologia da Universidade de Mons (Bélgica), através dos projetos europeus Spring, Orbit e Epic-Bee.

A FCTUC declarou que este lançamento reforça o compromisso da Universidade de Coimbra em promover a ciência e desenvolver ferramentas de apoio à investigação científica e ao conhecimento sobre biodiversidade.

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