CIÊNCIA & TECNOLOGIA
LEI CIBERSEGURANÇA PROÍBE “FORNECEDORES DE RISCO” E PERMITE ‘ETHICAL HACKING’
O ministro da Presidência afirmou hoje que o novo regime de cibersegurança tem soluções inovadoras como a exclusão da responsabilidade criminal no ‘ethical hacking’ e permite a proibição de fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional.
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O ministro da Presidência afirmou hoje que o novo regime de cibersegurança tem soluções inovadoras como a exclusão da responsabilidade criminal no ‘ethical hacking’ e permite a proibição de fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional.
António Leitão Amaro falava aos jornalistas no final da reunião do Conselho de Ministros que aprovou a proposta de lei do novo regime jurídico de cibersegurança, que transpõe a diretiva europeia NIS2 [Network and Information Security].
“Esta foi uma consulta pública, como vos disse, muitíssimo participada”, pelo que “tivemos que a estender porque havia um interesse tão grande, 149 contributos que levaram a algumas alterações relevantes”, salientou o governante.
“Queria também destacar, entre essas várias medidas que adotámos, também soluções inovadoras e criativas, como a exclusão de responsabilidade criminal no chamado ‘ethical hacking’, quando há uma, se quiserem, uma função e uma atuação de prevenção de identificação de vulnerabilidades com intrusão, mas sempre com a vantagem e com o interesse de proteger os sistemas informáticos de um terceiro”, apontou.
A diretiva permite, “e há países que o poderão não querer fazer, mas nós entendemos que vale a pena”, acrescentou, quando questionado sobre o ‘ethical hacking’.
“Há pessoas que se dedicam num espírito – e isso tem de ser demonstrado no caso – de defesa do interesse comum e da segurança comum a identificar vulnerabilidades em sistemas de outras organizações”, prosseguiu.
E “podem fazer incursões nesses sistemas, identificar a vulnerabilidade se e desde que reportem a vulnerabilidade e não tenham retirado vantagem, dados para si, ou para terceiros, com essa atuação, o ‘hacking’ que existe é considerado ‘ethical'”, explicou o ministro.
“Ou seja, ético, ou seja, de interesse público, ou seja, uma parceria, se quiser, pública-privada para policiamento das vulnerabilidades”, especificou Leitão Amaro.
Neste caso, a opção do Governo é “achar que há um ganho nessa parceria público-privada” e, por isso, “devemos excluir a responsabilidade” mediante o cumprimento daqueles requisitos, apontou.
Este é “também um regime jurídico que permite a proibição de fornecimentos e fornecedores e equipamentos de elevado risco para a segurança nacional”, destacou.
Trata-se de um “conjunto amplo de medidas que naturalmente iremos discutir com o parlamento, mas numa versão já muito robustecida que coloca Portugal entre os primeiros a ter o seu novo regime jurídico de cibersegurança avançado, mas tendo um grande equilíbrio entre nível muito elevado de proteção e de segurança, que vai implicar um grande esforço e uma grande adaptação a nível nacional e custos”.
Mas, por outro lado, “mitigar ao máximo esses custos, é uma reforma verdadeira de um espaço que tem sido esquecido”, rematou António Leitão Amaro.
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CIÊNCIA & TECNOLOGIA
ESTUDO IDENTIFICA OS NEURÓNIOS QUE “MANDAM PARAR DE COMER”
Uma equipa de investigadores da Universidade de Columbia (Nova Iorque) conseguiu isolar no cérebro de ratos os neurónios envolvidos no processo de saciedade ao comer, o que pode levar a novos tratamentos para a obesidade.
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Uma equipa de investigadores da Universidade de Columbia (Nova Iorque) conseguiu isolar no cérebro de ratos os neurónios envolvidos no processo de saciedade ao comer, o que pode levar a novos tratamentos para a obesidade.
Os neurónios responsáveis pela saciedade foram identificados no tronco cerebral do rato, a parte mais antiga do cérebro dos vertebrados, e os autores defendem que são comuns ao cérebro humano. A descoberta foi descrita quarta-feira na revista científica Cell.
Cada vez que comemos, chega um momento em que começamos a sentir-nos satisfeitos e não queremos comer mais. Os cientistas questionam-se como é que o cérebro sabe quando comemos o suficiente e precisamos de parar.
Investigadores da Universidade de Columbia utilizaram técnicas de perfil molecular em células estaminais cerebrais para estudar as suas funções.
Ao traçar o perfil molecular de células de uma região do tronco cerebral conhecida por processar sinais complexos, os cientistas detetaram células até então não reconhecidas que apresentavam características semelhantes a outros neurónios envolvidos na regulação do apetite.
Para ver como os neurónios influenciavam a alimentação, os investigadores modificaram-nos para que pudessem ser ativados e desativados pela luz.
Quando os neurónios foram ativados pela luz, os ratos comeram quantidades muito mais pequenas. Ao mesmo tempo, a intensidade da ativação determinou a rapidez com que os animais deixaram de comer.
Os autores analisaram também como outros circuitos alimentares e hormonas afetavam os neurónios e descobriram que os neurónios eram silenciados por uma hormona que aumenta o apetite e ativados por um agonista do GLP-1, utilizado em medicamentos como o Ozempic para tratar a obesidade e a diabetes.
Estas experiências mostraram que estes neurónios “conseguem cheirar a comida, vê-la, senti-la na boca e no intestino, e interpretar todas as hormonas intestinais que são libertadas em resposta à alimentação. Depois, usam toda esta informação para decidir quando parar de comer”, frisou Alexander Nectow, investigador médico da Universidade de Colúmbia e um dos autores da investigação.
Embora tenham sido encontrados neurónios especializados em ratos, Nectow sublinhou que a sua localização no tronco cerebral, uma parte do cérebro que é essencialmente a mesma em todos os vertebrados, sugere que os humanos têm uma grande probabilidade de ter os mesmos neurónios.
“Acreditamos que abrimos uma nova porta para compreender melhor a saciedade, como ocorre e como é utilizada para terminar uma refeição. Esperamos que um dia possa ser utilizada em terapias para a obesidade”, concluiu o investigador, citado numa nota da Universidade de Columbia.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
PROTÓTIPO DE VACINA CONTRA O CANCRO COM RESULTADOS PROMISSORES
Um protótipo de vacina personalizada contra o cancro demonstrou resultados promissores em nove pacientes com carcinoma renal de células claras em estado avançado e com elevado risco de reincidência, que quase três anos depois do tratamento estavam livres da doença.
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Um protótipo de vacina personalizada contra o cancro demonstrou resultados promissores em nove pacientes com carcinoma renal de células claras em estado avançado e com elevado risco de reincidência, que quase três anos depois do tratamento estavam livres da doença.
Os resultados de um ensaio clínico em fase 1, conduzido pelo Instituto Oncológico Dana-Farber, nos EUA, e que foi publicado pela revista científica Nature, indicam que os pacientes com cancro do rim no estadio III ou IV com alto risco de reincidência, geraram “uma resposta imunitária anticancerígena satisfatória”.
As vacinas, administradas após a remoção do tumor, destinam-se a treinar o sistema imunitário do organismo para reconhecer e eliminar quaisquer células tumorais remanescentes, escreve a agência espanhola EFE.
A investigação indica que, na altura do tratamento dos dados, com uma média de 34,7 meses, todos os doentes continuavam livres do cancro.
O tratamento padrão para doentes como os que participaram no ensaio é a cirurgia para remover o tumor, que pode ser seguida de imunoterapia com pembrolizumab, um inibidor do ponto de controlo imunitário. Cinco doentes do ensaio também tomaram pembrolizumab.
O pembrolizumab induz uma resposta imunitária que reduz o risco de reaparecimento do cancro; cerca de dois terços dos pacientes ainda podem ver a doença voltar, e, nesse caso, as opções de tratamento são limitadas.
As vacinas administradas foram personalizadas para reconhecer o cancro individual do paciente, utilizando como guia o tecido tumoral removido, a partir do qual são extraídas as características moleculares das células tumorais que as diferenciam das células normais.
Estas características, denominados neoantigénios, são pequenos fragmentos de proteínas mutantes que não existem em nenhuma célula do organismo, exceto nas células tumorais.
Através do uso de algoritmos preditivos, determina-se quais os neoantigénios que devem ser incluídos na vacina em função da sua probabilidade de induzir uma resposta imunitária; é fabricada e administrada ao paciente numa série de doses iniciais seguidas de dois reforços.
Após a administração da vacina, alguns doentes apresentaram reações locais no local da injeção ou sintomas semelhantes aos da gripe, mas não foram registados efeitos secundários de maior gravidade.
A equipa descobriu quais os alvos específicos do cancro que “são mais suscetíveis de serem atacados pelo sistema imunitário” e demonstrou que esta abordagem “pode gerar respostas imunitárias duradouras, orientando o sistema imunitário para o reconhecimento do cancro”, explicou David Braun, um dos autores do estudo, citado pela EFE.
A investigação “pode lançar as bases para o desenvolvimento de vacinas contra os neoantigénios do cancro do rim”, afirmou.
A vacina induziu uma resposta imunitária em três semanas, o número de células T induzidas aumentou em média 166 vezes e manteve-se no organismo em níveis elevados durante três anos.
“Os neoantigénios visados por esta vacina ajudam a orientar a resposta imunitária para as células cancerígenas, com o objetivo de melhorar a eficácia e reduzir a toxicidade imunitária”, explica a equipa.
Os autores indicaram que são necessários ensaios clínicos com um maior número de pacientes para confirmar a eficácia da vacina e explorar todo o seu potencial.
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