ECONOMIA & FINANÇAS
LUCROS DAS SEGURADORAS DISPARARAM 50% EM 2018
As seguradoras supervisionadas pela Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lucraram, no total, 486 milhões de euros em 2018, mais 50,2% face a 2017, divulgou hoje o regulador de seguros.
As seguradoras supervisionadas pela Autoridade de Seguros e Fundos de Pensões (ASF) lucraram, no total, 486 milhões de euros em 2018, mais 50,2% face a 2017, divulgou hoje o regulador de seguros.
Segundo o Relatório de Evolução da Atividade Seguradora da ASF, das 41 empresas de seguros supervisionadas, 32 obtiveram lucros no ano passado.
O total da produção de seguro direto subiu 12,6% para 12 mil milhões de euros, sendo que no ramo vida subiu 15,9% para 4.371 milhões de euros e nos ramos não Vida de 7,3% para 7.676 milhões de euros.
Nos ramos vida a ASF destaca o aumento, em 2018, dos produtos contratos de investimento, enquanto nos ramos não vida enfatizou o crescimento registado em seguros para acidentes de trabalho e de doença (representando 17,2% e 18,1% da produção dos ramos não vida no final de dezembro, respetivamente).
Já os custos com sinistros aumentaram 3,7% em 2018 para 9,6 mil milhões de euros, resultado do aumento de 4,6% dos custos com sinistros no ramo vida e de 1,6% nos ramos não vida.
No final de 2018, as empresas seguradoras geriam uma carteira de investimento de 50,3 mil milhões de euros, menos 1,4% do que em período homólogo, vincando a ASF que no final do ano passado deixou de ser “considerada a informação da Liberty Seguros, devido à transferência da sua carteira para uma sucursal comunitária”.
Por fim, quanto a indicadores de solvência, as seguradoras supervisionadas pela ASF tinham em dezembro passado um rácio de cobertura do Requisito de Capital de Solvência (SCR) de 172%, menos 3 pontos percentuais face ao final de 2017.
No verão do ano passado, a Autoridade da Concorrência acusou cinco seguradoras e 14 administradores e diretores de cartelização em seguros de grandes clientes empresariais para cobrir acidentes de trabalho, saúde e automóvel, prática iniciada em 2010.
Em final de dezembro soube-se que a Autoridade da Concorrência acordou com a Fidelidade e a sua seguradora Multicare (do grupo chinês Fosun) o pagamento de uma coima de 12 milhões de euros no âmbito de um acordo para terminar com a investigação, beneficiando aquele grupo segurador de redução de multa por ter reconhecido a culpa e abdicado da litigância em tribunal.
Já este mês soube-se que a Seguradora Unidas (Tranquilidade e Açoreana), que pertence ao fundo norte-americano Apollo, fica isenta de multa por ter sido a empresa que denunciou o cartel.
Continua o processo contra as outras empresas acusadas, a Lusitânia (do Grupo Montepio) e a suíça Zurich.
LUSA
ECONOMIA & FINANÇAS
ESCRITÓRIOS E LOJAS 20% MAIS CAROS DESDE 2019
Os preços de arrendamento e venda de escritórios e lojas cresceram, entre 2019 e 2023, cerca de 20%, sendo que a oferta nestes dois segmentos “mais do que duplicou” no mesmo período, segundo um estudo da plataforma imobiliária Casafari.
Os preços de arrendamento e venda de escritórios e lojas cresceram, entre 2019 e 2023, cerca de 20%, sendo que a oferta nestes dois segmentos “mais do que duplicou” no mesmo período, segundo um estudo da plataforma imobiliária Casafari.
Num comunicado, a organização indicou que entre 2019 e 2023, os preços de arrendamento e venda de escritórios subiram 25,8% e 18,2%, respetivamente e os preços de arrendamento e venda de lojas aumentaram 18,8% e 19,1%.
Segundo a Casafari, “a oferta de escritórios e lojas, tanto para venda como para arrendamento, também subiu a nível nacional, destacando-se o segmento de escritórios cuja oferta para arrendamento mais do que duplicou desde 2019”.
A plataforma detalhou que “os preços de escritórios para arrendar aumentaram 25,8% no território português, passando de um valor médio de 7,8 euros/m2 em 2019 para 9,8 euros/m2 em 2023, com Évora a registar o maior crescimento (+160%), seguido de Bragança (+50%) e Beja (+42,9%)”. Já em termos de oferta “o número de escritórios para arrendar mais do que duplicou (+136%) em todo o país durante o período em análise”.
O comunicado indicou ainda que “os preços de escritórios para venda em Portugal aumentaram 18,2%, passando de um valor médio de 1.108,60 euros/m2 em 2019 para 1.310,40 euros/m2 em 2023”.
De acordo com a plataforma, as maiores subidas verificaram-se na Madeira (+50%), Setúbal (+44,5%) e Portalegre (+42,9%), destacando que “no polo oposto, Bragança (-19,5%), Évora (-16,7%) e Castelo Branco (-14,3%) destacaram-se pelas quebras registadas neste indicador”.
A oferta de escritórios para venda, globalmente, aumentou 35,7%, com os distritos que mais cresceram a este nível a serem Bragança (+375%), Açores (+233,1%) e Viana do Castelo (+175%).
Paralelamente, entre 2019 e 2023, os preços de lojas para arrendar subiram 18,8%, “passando de um valor médio de 7,7 euros/m2 em 2019 para 9,2 euros/m2 em 2023”. O maior aumento ocorreu em Beja (+83,3%), tendo Portalegre sido “o único distrito a sofrer uma quebra de preço (-10%)”.
A oferta a nível nacional cresceu 74,1%, disse a plataforma, “com Vila Real (+204,5%), Açores (+126%) e Santarém (+119%) a sobressaírem com os maiores crescimentos”. A Casafari destacou que “nenhum distrito registou quebras neste indicador”.
No que diz respeito a venda de lojas, o preço médio a nível nacional cresceu 19,1%, passando de um valor médio de 1.018,30 euros/m2 em 2019 para 1.213,20 euros/m2 em 2023, com a Madeira (+41,6%), Faro (+36,7%) e Lisboa (+30,5%) a registarem as maiores subidas.
“Faro foi aliás a grande surpresa desta análise, dado que o preço das lojas para venda já é superior ao da Grande Lisboa (2.386 euros/m2 vs 2.356 euros/m2)”, salientou.
Em sentido inverso, disse, “Portalegre foi a única região do país na qual o preço por m2 desceu (-15,9%)”.
Já a nível de oferta, registou-se um crescimento de 33,5% em Portugal, “com Vila Real, Bragança e Beja a serem os distritos em destaque no número de lojas para venda”, rematou.
ECONOMIA & FINANÇAS
TARIFA SOCIAL DE GÁS NATURAL MANTÉM DESCONTO DE 31,2% A PARTIR DE OUTUBRO
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
O Governo aprovou a manutenção do desconto de 31,2% na tarifa social de gás natural, a partir de outubro, para vigorar no ano gás 2024-2025, segundo despacho hoje publicado em Diário da República.
“Este despacho é urgente e inadiável, uma vez que a Entidade Reguladora dos Serviços Energéticos deverá submeter até ao dia 31 de março a proposta de tarifas de gás natural para o ano gás 2024-2025 (outubro de 2024 a setembro de 2025) ao Conselho Tarifário e demais entidades para consulta”, refere o despacho assinado pela ainda secretária de Estado da Energia e Clima, Ana Fontoura Gouveia.
O desconto a aplicar nas tarifas de acesso às redes de gás natural mantém-se, assim, nos 31,2% sobre as tarifas transitórias de venda a clientes finais de gás natural, excluído o IVA, demais impostos, contribuições, taxas e juros de mora que sejam aplicáveis, não sendo a sua aplicação considerada para efeitos de outros apoios atualmente em vigor.
A tarifa social de gás natural é um mecanismo de proteção de consumidores economicamente vulneráveis e de combate à pobreza energética e consiste na aplicação automática de um desconto na tarifa de acesso às redes de gás em baixa pressão.
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