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MEALHADA: GOVERNO, FUNDAÇÃO E MUNICÍPIO OUVIDOS SOBRE A MATA DO BUSSACO

O secretário de Estado das Florestas, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada e o presidente da Fundação Mata Nacional do Bussaco vão ser ouvidos no parlamento, “com caráter de urgência”, sobre o novo modelo de gestão da mata.

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O secretário de Estado das Florestas, o presidente da Câmara Municipal da Mealhada e o presidente da Fundação Mata Nacional do Bussaco vão ser ouvidos no parlamento, “com caráter de urgência”, sobre o novo modelo de gestão da mata.

A Comissão Parlamentar de Agricultura e Mar aprovou esta terça-feora, por unanimidade, um requerimento do Bloco de Esquerda (BE) que solicita a audição do secretário de Estado da Conservação da Natureza, das Florestas e do Ordenamento do Território, João Catarino, do presidente da Câmara Municipal da Mealhada, Rui Marqueiro, e do presidente da Fundação Mata Nacional do Bussaco, António Gravato.

A Mata Nacional do Bussaco, situada no concelho da Mealhada, distrito de Aveiro, “é gerida por uma fundação e encontra-se num estado de degradação e inação”, salientam os bloquistas no requerimento, acrescentando que “existe uma grande proliferação de várias espécies exóticas invasoras”, como acácias, pitósporo, erva-da-fortuna e espanta-lobos.

O BE sublinha que, “na sequência de um projeto LIFE, a Mata Nacional se comprometeu a desenvolver ações de controlo de invasoras lenhosas e invasoras herbáceas em 52 hectares e a dar continuidade à remoção de biomassa, controlo de invasoras e plantações e áreas de clareiras noutros 15 hectares”, assim como a desenvolver projetos com entidades externas para a criação de zonas de proteção e de tampão.

“No entanto, nenhum destes compromissos foi executado”, denuncia o Bloco, reforçando que “o modelo de gestão de uma mata nacional, entregando-a a uma fundação, não é o correto e não serve as necessidades” do espaço.

O requerimento recorda que o presidente da Câmara da Mealhada considerou recentemente o modelo de gestão da mata “ultrapassado” e defendeu um “novo modelo de financiamento para a fundação, admitindo “não nomear um novo presidente da fundação, enquanto tal desígnio não se verificasse”.

O ministro do Ambiente e da Ação Climática, João Pedro Matos Fernandes, também afirmou, a 24 de julho que “a lei relativa ao modelo de gestão da Mata Nacional do Bussaco vai ser mudada”, recorda o BE.

O partido realça que o modelo atual de gestão daquela mata, classificada como monumento nacional, é “mais opaco que o do serviço público”, lembrando que o anterior presidente da fundação escreveu um artigo em que denunciava que o presidente da autarquia o “pressionou a contratar pessoas próximas de si”.

A Assembleia da República deve escrutinar a presente situação e participar na discussão para encontrar um modelo de gestão que corresponda às necessidades da Mata Nacional do Bussaco e à transparência exigida aos bens públicos”, conclui o BE.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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