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ECONOMIA & FINANÇAS

MOVIMENTO DE AQUISIÇÕES NOS MEDIA EM PORTUGAL ‘VAI CONTINUAR’

O movimento de aquisições nos media em Portugal “vai continuar”, afirmam especialistas contactados pela Lusa, referindo que as razões destas operações podem passar por ter mais influência, fazer mais-valias ou porque o setor voltou a ser importante.

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O movimento de aquisições nos media em Portugal “vai continuar”, afirmam especialistas contactados pela Lusa, referindo que as razões destas operações podem passar por ter mais influência, fazer mais-valias ou porque o setor voltou a ser importante.

Desde que o ano começou que se tem assistido a aquisições na área dos media em Portugal: a compra das rádios da Media Capital pelo grupo alemão Bauer; a Euronews e da Newsplex (Nascer do Sol e Inevitável) pelo fundo Alpac Capital; e o Jornal Económico (JE) pela Media9Par, subsidiária do Emerald Group para área da comunicação social do empresário angolano N’Gunu Tiny, que também tem na forja o jornal Novo Semanário Original e Livre.

“Os media voltaram a ter de novo, inesperadamente, uma importância crucial”, considera Luís Mergulhão, presidente executivo do Omnicom Media Group.

E ganharam importância porquê? “Porque os momentos em que vivemos agora, quer político, a pandemia, a evolução das economias a vários níveis e as questões sobre as alterações climáticas, tornam importante que as pessoas tenham a segurança que o que leem é uma notícia verdadeira, mesmo neste quadro de utilização das redes sociais”, em que os media também estão lá presentes, argumenta.

O facto de ter voltado a ter importância “explica, por exemplo, que há movimentos muito interessantes mesmo a nível de plataformas que se pensavam ultrapassadas pelo digital”, diz Luís Mergulhão, exemplificando com o projeto de expansão da CNN.

“Os media souberam evoluir tecnologicamente e estão presentes na sua expressão tradicional, mas também nas redes sociais” e têm “uma diversificação maior da sua oferta, não apenas na notícia, mas também na opinião e na produção de conteúdos”, salienta.

Este ponto é importante porque “isto significa que o conceito dos media não está terminado e há também um interesse claro de investimento nos media porque é um setor que obviamente tem importância e tem futuro”, defende.

Ora, Portugal “não está alheado” desta tendência e “é isso que explica um conjunto de movimentos não só apenas de grupos interessados em ter uma posição no setor dos media, mas mesmo fundos de investimento. E os fundos de investimento o que é que pretendem? Fazer um movimento que depois mais tarde possa ter uma mais-valia”, argumenta Luís Mergulhão.

Este movimento de compras no setor dos media “vai continuar” em Portugal, diz.

“Não é unicamente a componente de lucros gerados que determina o interesse dos investidores”, argumenta Luís Mergulhão.

Por vezes, “há interesse em ter uma posição nos media” para “influenciar a sociedade civil ou influenciar entidades governamentais ou não governamentais, mas públicas”, prossegue.

Nos media ganha dinheiro quem aposta nas mais-valias da venda de uma posição “e não tanto no rendimento” que obtém ao longo do ano, salienta.

Manuel Falcão, consultor na área dos media na SF Media, refere que “ainda se ganha dinheiro nos media”, sublinhando que o setor que “está verdadeiramente em crise” nesta área é a imprensa.

“O mercado publicitário tem vindo a recuperar, no caso português, no pós-pandemia tem sido significativo”, sendo que a televisão é a principal fonte de receita publicitária, seguida do digital.

A compra das rádios pela Bauer foi “um processo de consolidação normal e uma solução ‘win-win’ [vencedora]” porque “a Media Capital precisava de vender uma área do seu negócio que fosse menos estratégica do que a televisão”, diz o consultor.

E beneficiou de duas situações: “Do ponto de vista comercial, a rádio tem estado estável em termos de receitas, mantém mais ou menos o seu ‘share’ de investimento publicitário dentro do total do mercado e, portanto, continua a ser um negócio que pode ser interessante. Por outro lado, as rádios da Media Capital, em termos de audiência alcançada, têm vindo a consolidar a sua posição”, explica Manuel Falcão.

Esta foi “uma boa altura” para vender porque havia quem quisesse e quem comprou é um dos “maiores grupos europeus de rádio que tem estado a fazer uma operação de consolidação em toda a Europa”.

Sobre a compra do JE, o consultor refere que a Media9Par “é de um cidadão angolano que tem claramente uma posição relevante na sociedade angolana, e na portuguesa, porque estudou cá, e tem claramente uma ambição de ser uma pessoa influente no espaço lusófono os próximos anos”.

“Acho que é aí que ele se está a posicionar com esta compra. Tem a Forbes, um título internacional de referência, em Portugal cofundou o Polígrafo. Agora, com a compra do Económico e do Novo alarga o seu portfólio e pode caminhar a partir daí no sentido que provavelmente ele deseja: que é ser uma figura relevante na área da imprensa, dos media de expressão portuguesa”, sublinha.

O JE já tinha edições “mais focadas noutras geografias”, pelo que combina com a estratégia da Media9Par.

“Há um investidor que quer ganhar protagonismo e há uma empresa de media portuguesa que gostaria de ter um maior suporte de presença” nos territórios lusófonos, aponta.

No caso da compra da Euronews, Manuel Falcão recorda que aquela é uma empresa privada criada quase há 30 anos em que “um terço das receitas proveem do Conselho Europeu”.

Em fevereiro de 2015, o Conselho Executivo da Euronews aprovou uma oferta da Media Globe Networks, do magnata egípcio Naguib Sawiris, para adquirir uma participação de controlo de 53%, tendo esse acordo levantado questões sobre a independência editorial do canal.

“Esta operação sempre suscitou dúvidas” e as auditorias que foram feitas manifestaram “algum incómodo por essa situação”, prossegue.

Desde que a Euronews foi fundada que a Europa “já colocou lá quase 400 milhões de euros de financiamentos diversos e durante o período em que o egípcio foi acionista maioritário colocou 130 milhões de euros”.

Ora, a Euronews é retransmitida por vários serviços públicos, entre os quais a RTP, e há muito que se antevia a procura alternativa ao acionista egípcio.

“Acho que é aí que surge a Alpac Capital, cujos detentores são muito bem relacionados em Bruxelas”, considera Manuel Falcão.

Até que ponto este “é um negócio de conveniência ou surgiu para a Alpac como uma oportunidade de investimento”, sabendo que tinham garantias que a União Europeia continuaria a financiar no montante de cerca de 30 milhões de euros por ano, é uma questão.

“Este negócio pode fazer sentido para um fundo que queira potenciar este investimento”, o facto de ser gerido por portugueses é, na sua opinião, “uma história lateral”.

A Alpac “aproveitou os seus conhecimentos em Bruxelas”, agora se é uma “posição duradoura ou transitória, o futuro dirá”, remata.

Quanto à compra dos títulos da Newsplex, Manuel Falcão considera que “provavelmente também lhes pareceu que poderia ser uma oportunidade interessante”.

Muito possivelmente o fundo “ambiciona que estas posições que agora adquiriram se valorizem um dia” para poderem sair com mais-valias, pelo que “não me parece que seja estratégico”, conclui.

Para Martim Menezes, sócio da Abreu Advogados e especialista na área dos media, este movimento de aquisições já dura há algum tempo, citando a entrada dos empresários Mário Ferreira na Media Capital e de Marco Galinha na Global Media.

“Nós temos compra de títulos e compra de grupos de comunicação social”, sublinha, afirmando-se “convencido” de que este tipo de movimentos “vai repetir-se”.

Ou seja, a “entrada de grupos estrangeiros não de língua portuguesa em ativos nacionais e acho que este movimento está alinhado com movimentos estratégicos internacionais”, até numa altura em que está prevista uma diretiva – no início do terceiro trimestre – sobre a liberdade de imprensa.

À semelhança do que aconteceu com a Bauer, “ativos que tenham uma certa dimensão vão despertar interesse internacional de geografias que se calhar não eram tão habituais” em olhar para o mercado português, considera o advogado.

“Tenho a certeza de que vai haver outros movimentos de fora de Portugal para dentro de Portugal”, reforça Martim Menezes.

Sobre as operações realizadas este ano, destaca que apenas a Bauer “é que é um ‘player’ da área”, os outros não, “numa altura em que é importante ter influência”, aponta, referindo que há também uma “motivação económica que faz sentido entrar” no negócio.

O advogado alerta que “vai haver mais regulação” neste setor, nomeadamente com a nova diretiva de liberdade de imprensa que está prevista, onde também se prevê um reforço das obrigações de transparência e, eventualmente, uma avaliação de idoneidade das administrações dos grupos de media.

“Vai haver alterações de funcionamento” do negócio dos media e “também mais mecanismos de transparência para impedir interferência política”, salienta, bem como ver como a Google, o Facebook, entre outros, vão ser postos a contribuir, pelo menos a nível europeu.

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TESLA: LUCROS RECUARAM 55% ATÉ MARÇO PARA 1.058 MILHÕES

A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.

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A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.

Por sua vez, as receitas da fabricante automobilística ficaram em 21.300 milhões de dólares (19.946 milhões de euros), uma queda homóloga de 9%.

As vendas mundiais também apresentaram, no período em análise, uma quebra de 9%, justificada com o aumento da concorrência e a diminuição da procura por veículos elétricos.

Já as receitas exclusivamente provenientes da venda de automóveis cederam 13%, passando de 19.963 dólares para 17.378 dólares (16.273 euros), uma evolução justificada pela empresa com a baixa nos preços dos seus veículos nos Estados Unidos.

Num comunicado enviado aos investidores, a Tesla disse ainda que sofreu “numerosos problemas” devido ao conflito no Mar Vermelho e a um incêndio em uma das suas fábricas, em Berlim.

A fabricante defendeu ainda que a venda mundial de veículos elétricos está “sob pressão”, uma vez que está a ser dada prioridade aos veículos híbridos.

Apesar de não avançar datas, a empresa anunciou que vai acelerar o lançamento de novos modelos, que, inicialmente, estavam previstos para o segundo semestre de 2025.

A Tesla acredita ainda que o crescimento das vendas de veículos poderá ser “notavelmente menor” no corrente ano.

Os analistas consultados pena Associated Press (AP) acreditam que esta perda esperada levanta questões sobre a procura de Teslas e outros veículos elétricos.

Na semana passada, a Tesla anunciou uma diminuição de 10% entre os seus 140.000 funcionários.

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BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO

O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.

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O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.

Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.

As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).

Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.

O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.

No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.

Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.

De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.

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