INTERNACIONAL
MULTAS PESADAS AFASTAM UBER DE MACAU
A empresa de transporte privado vai deixar Macau em 09 de Setembro, após ter acumulado mais de um milhão de euros em multas desde que começou a operar na região chinesa. Vê mais aqui. Partilha com os teus amigos !

A Uber está em Macau desde Outubro de 2015, mas vai deixar de operar na região. Uma carta da Uber Ásia citada hoje pela imprensa local e publicada na página pessoal do Facebook do deputado Au Kam San, ontem, diz que “o governo ainda não está disposto a definir um calendário para a legislação que regula os serviços de carro partilhado (que a Uber tem vindo a fornecer). Enquanto isso, tem aplicado multas extraordinariamente pesadas para os nossos motoristas, tornando-nos incapazes de operar em Macau”, refere a carta.
A carta, assinada pelo diretor geral da Uber Ásia, Mike Brown, acrescenta que a “09 de Setembro será o nosso último dia de serviço (em Macau)”.
Na carta, a empresa lamenta a actuação da polícia, descrevendo além da aplicação de “multas pesadas”, situações como passageiros levados para as esquadras para investigação ou a entrada nos domicílios de motoristas da Uber sem mandado.
Uma missiva semelhante terá sido entregue ao chefe do Executivo, Chui Sai On, a 16 de Agosto.
A empresa alega ter contratado mais de 2.000 condutores a tempo inteiro ou parcial em Macau, gerando “um efeito económico superior a 21 milhões de patacas (2,3 milhões de euros)”.
Os deputados Au Kam San e Ng Kuok Cheong convocaram um protesto contra a saída da Uber, para 04 de setembro, às 15:00, na praça do Tap Seac.
“A saída da Uber é um sinal de que Macau recusa qualquer progresso. Mas não acho que devemos apenas lutar por esta empresa, temos é de mudar o sistema”, disse à Lusa Ng Kuok Cheong, ressalvando que a carta que todos os deputados receberam chegou através da Assembleia Legislativa.
Além da manifestação, foi também criada uma petição online contra a saída da Uber de Macau, que conta já com mais de 150 assinaturas. O documento acusa os autocarros de “estarem sempre demasiado cheios”, os táxis de “nunca estarem lá quando é preciso” e os lugares de estacionamento que “estão sempre em falta”.
O serviço da Uber, que põe motoristas privados em contacto com potenciais passageiros através de uma aplicação de telemóvel, é considerado ilegal pelas autoridades de Macau que aplicam multas de 30.000 patacas (3.300 euros) nos casos em que “os veículos são utilizados em serviço remunerado com finalidade diferente da autorizada ou da constante da sua matrícula”.

INTERNACIONAL
INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS
O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.
“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.
A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.
O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.
“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.
O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.
Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.
O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.
Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.
Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.
Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.
Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).
INTERNACIONAL
WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA
A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.
O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.
Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.
O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.
O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.
O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.
“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.
A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.
Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.
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