Ligue-se a nós

REGIÕES

NEGÓCIOS DE “OURO” ESCAPARAM AO FISCO E ESTÃO AGORA NO TRIBUNAL

O Tribunal de São João Novo, no Porto, inicia a 8 de outubro o julgamento de 33 pessoas e 23 empresas alegadamente envolvidas num esquema para esconder do Fisco elevados lucros em negócios de ouro, disse esta segunda-feira fonte judicial.

Online há

em

O Tribunal de São João Novo, no Porto, inicia a 8 de outubro o julgamento de 33 pessoas e 23 empresas alegadamente envolvidas num esquema para esconder do Fisco elevados lucros em negócios de ouro, disse esta segunda-feira fonte judicial.

Um documento da Polícia Judiciária (PJ) constante do processo, a que a Lusa teve hoje acesso, cita um relatório do Gabinete de Recuperação de Ativos segundo o qual se verifica “uma incongruência entre o património dos arguidos e os rendimentos lícitos declarados”, num valor superior a 15 milhões de euros, “que resulta da diferença entre o declarado em termos fiscais e tudo o que detêm na sua posse”.

Segundo a acusação, deduzida pelo Departamento Central de Investigação e Ação Penal (DCIAP), em causa está a alegada prática dos crimes de associação criminosa, fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais.

O esquema foi desmantelado pela Diretoria do Norte da PJ e pela Autoridade Tributária.

A acusação alude à criação artificial de um circuito documental cujo objetivo era a fuga a impostos como o IVA e IRC, com recurso a empresas-fantasma e testas-de-ferro, à simulação de vendas e de aquisições intracomunitárias.

Em junho de 2017, ao anunciar nove detenções no âmbito deste processo, e numa altura em que as investigações estavam ainda por concluir, a PJ estimava que o esquema teria prejudicado o Fisco em 52,5 milhões de euros, valor entretanto ampliado para mais de 70 milhões de euros.

“O elevado valor dos metais preciosos, muito proeminente com a escalada das cotações internacionais verificadas nos últimos anos, confere-lhes um elevado grau de atratividade em matéria de crime, evidente no crescente número de furtos e roubos a ourivesarias, lojas de compra e venda de metais preciosos e residências”, escreveu a Autoridade Tributária num relatório de 500 páginas que produziu sobre este caso.

Todavia, acrescentou, “para que as ilicitudes que se descreveram tenham interesse, torna-se necessário escoar o ouro obtido para o mercado oficial, sob pena de perder a razão de ser de tais atividades ilegítimas, sendo nestas circunstâncias que são desenvolvidos todo o tipo de estratagemas para dar uma aparência legal a tais aquisições e ainda diminuir o resultado fiscal”.

LUSA

REGIÕES

MATOSINHOS: UMA BREVE VIAGEM PELA HISTÓRIA DA INDÚSTRIA CONSERVEIRA

Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.

Online há

em

Num país com uma costa rica em peixe e tradições culinárias milenares, a indústria de conservas de peixe destaca-se como um pilar da economia e cultura portuguesas. Em Matosinhos, esta indústria floresceu, deixando um legado que merece ser contado e celebrado.

Primórdios e Expansão (Séc. XIX – XX)

A história da indústria de conservas em Matosinhos remonta ao século XIX, quando a proximidade do mar e a abundância de peixe fresco impulsionaram o surgimento das primeiras fábricas. Estas pequenas empresas, muitas vezes familiares, utilizavam técnicas artesanais para conservar o peixe, garantindo o seu consumo ao longo do ano.

No início do século XX, a indústria de conservas em Matosinhos experimentou um crescimento significativo. A modernização das fábricas, com a introdução de maquinaria e novas tecnologias, permitiu aumentar a produção e diversificar os produtos. As conservas de sardinha, atum e cavala tornaram-se um símbolo de Portugal, sendo exportadas para diversos países e apreciadas pela sua qualidade e sabor.

Apogeu e Reconhecimento (Séc. XX)

As décadas de 50 e 60 foram de ouro para a indústria de conservas em Matosinhos. As fábricas operavam a todo o vapor, empregando milhares de pessoas e contribuindo para o desenvolvimento da região. As conservas de peixe de Matosinhos eram reconhecidas internacionalmente, conquistando prémios e distinções em feiras e exposições.

O sucesso da indústria de conservas em Matosinhos deveu-se a vários fatores, como a qualidade do peixe, a experiência dos trabalhadores, o investimento em tecnologia e a forte ligação à tradição. As conservas de peixe tornaram-se um produto de excelência, representando o melhor de Portugal e da sua gastronomia.

Desafios e Adaptação (Séc. XXI)

No entanto, o século XXI trouxe novos desafios para a indústria de conservas em Matosinhos. A globalização, a concorrência de outros países e as mudanças nos hábitos de consumo exigiram uma adaptação constante. As fábricas modernizaram-se, investindo em novas tecnologias e processos de produção, e apostaram na diversificação de produtos, como as conservas gourmet e os produtos biológicos.

O Legado e o Futuro

Apesar dos desafios, a indústria de conservas em Matosinhos mantém-se viva, continuando a produzir conservas de peixe de alta qualidade. As fábricas, muitas delas centenárias, são um testemunho da história e da cultura da região, preservando técnicas artesanais e transmitindo conhecimentos de geração em geração.

A indústria de conservas em Matosinhos representa um legado valioso, que deve ser preservado e valorizado. As conservas de peixe são um produto único, com um sabor autêntico e uma história rica, que merece ser apreciado e divulgado. O futuro da indústria de conservas em Matosinhos passa pela inovação, pela sustentabilidade e pela valorização do património cultural, garantindo que este setor continue a ser um pilar da economia e da identidade portuguesas.

Uma viagem no tempo pela história da indústria conserveira de Matosinhos é uma imersão num universo de tradição, sabor e cultura. As conservas de peixe são um tesouro gastronómico que merece ser descoberto e apreciado, representando o melhor de Portugal e da sua gente.


Artigo gerado por AI

LER MAIS

REGIÕES

PORTO: TINO DE RANS CONFIRMA NOVA CANDIDATURA À AUTARQUIA

O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

Online há

em

O calceteiro Vitorino Silva, mais conhecido como Tino de Rans, é candidato à Câmara Municipal do Porto para trazer frescura e movimento à cidade e dar voz às pessoas.

“O Porto precisa de movimento, precisa de frescura e é isto que esta candidatura vai trazer”, afirmou Tino de Rans na Estação de São Bento, no Porto, a segurar uma mala de viagem onde se lia o lema da campanha “Porto a Bom Porto”.

O candidato à autarquia, liderada pelo independente Rui Moreira que não pode recandidatar-se devido à limitação de mandatos, disse pretender ainda dar voz às pessoas, fixar os jovens e respeitar os idosos.

Na sua opinião, o Porto tem coisas “muito importantes”, mas falta-lhe algo simples que é fixar as pessoas na cidade.

“Fico triste quando um concelho com este potencial tem vindo a perder muita gente”, referiu.

Segundo Tino de Rans, é importante criar condições, nomeadamente habitação a preços acessíveis, para fixar os jovens no Porto.

Além disso, acrescentou, é necessário ouvir as pessoas para saber o que estas veem, querem e pensam para a cidade.

“O Porto tem potencial e futuro”, atirou o candidato, de 53 anos.

Tino de Rans, que diz conhecer o Porto muito bem fruto da sua profissão, assumiu que também quer voltar a ver as pessoas felizes com a cidade.

Entretanto, a Direção Política Nacional do Reagir, Incluir e Reciclar (RIR), partido fundado por Tino de Rans, manifestou “enorme surpresa” pela candidatura deste às eleições autárquicas.

O RIR revelou que Tino de Rans nunca apresentou à direção do partido qualquer projeto de candidatura à Câmara do Porto, nem expressou interesse nisso.

Considerando-se “totalmente desrespeitado” pelo fundador do partido, o RIR vincou que “não tem donos, nem pode ficar manietado à vontade e à vaidade do seu fundador”.

Motivo pelo qual irá reunir, a seu tempo, para decidir se apoiará ou não a candidatura de Tino de Rans às eleições autárquicas de 2025.

As eleições autárquicas deverão decorrer entre setembro e outubro deste ano.

LER MAIS

MAIS LIDAS