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O MAIS CARO DO MUNDO
Ferrari 335 S Spider Scaglietti de 1957 foi vendido em leilão a um investidor anónimo por 32 milhões de euros. Que a Ferrari lançasse o mais caro carro do mundo, não seria grande novidade mas, neste caso, esse estatuto foi atingido por um Ferrari que tem quase 60 anos de idade: um Ferrari 335 S Spider Scaglietti de 1957. Vê aqui o resto …
Ferrari 335 S Spider Scaglietti de 1957 foi vendido em leilão a um investidor anónimo por 32 milhões de euros.
Que a Ferrari lançasse o mais caro carro do mundo, não seria grande novidade mas, neste caso, esse estatuto foi atingido por um Ferrari que tem quase 60 anos de idade: um Ferrari 335 S Spider Scaglietti de 1957.
Estima-se que existam apenas quatro modelos destes Ferrari 335 S Spider Scaglietti, e isso, aliado à sua beleza, terá sido factor fundamental para que, num disputado despique num leilão, tenha atingido o impressionante valor de 32 milhões de euros de um comprador anónimo.
Este Ferrari 335 torna-se ainda mais impressionante quando se olha para as suas capacidades. Com um motor V12 4.0l, este carro conseguia atingir os 300Km/h (não esquecer que estamos a falar de um carro de 1957), valor que ainda hoje em dia se pode considerar impressionante e que o deixa num clube bastante restrito de veículos.
Infelizmente, este modelo ficou também famoso por razões mais trágicas, protagonizando um aparatoso acidente em que morreram dez pessoas na Mille Miglia de 1957, cinco eram crianças, para além do piloto e co-piloto, e com isso colocado um ponto final neste histórico evento.
O acidente foi provocado por um pneu que rebentou e fez com que o carro se despistasse e entrasse por uma multidão, numa altura em que o piloto já deveria ter feito uma troca de pneus, mas que vinha a adiar continuamente de forma a ganhar mais vantagem sobre os seus oponentes.
Para a Ferrari, esta nova “vitória” de carro mais caro do mundo limita-se a revalidar o estatuto que já mantinha.
O anterior recorde já pertencia a um Ferrari 250 GTO de 1962, que em 2014 foi leiloado pelo equivalente a 28,9 milhões de euros actuais.
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CÃES E GATOS PODERÃO TRANSMITIR “SUPERBACTÉRIAS” A HUMANOS – ESTUDO
Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.
Um estudo realizado em Portugal e no Reino Unido sugere que cães e gatos de estimação desempenham um papel importante na propagação de bactérias resistentes a antibióticos.
Em comunicado divulgado este sábado, a Sociedade Europeia de Microbiologia Clínica e Doenças Infecciosas (ESCMID na sigla em inglês) adianta que a investigação vai ser apresentada no seu Congresso Global a decorrer em Barcelona (Espanha) entre 27 e 30 de abril.
Tendo encontrado “indícios da transmissão de bactérias multirresistentes entre cães e gatos doentes e os seus donos saudáveis em Portugal e no Reino Unido”, o trabalho levanta preocupações “de que os animais de estimação possam atuar como reservatórios de resistência e, assim, ajudar na propagação da resistência a medicamentos essenciais”.
Neste sentido, chama a atenção para a importância de incluir famílias com animais de estimação em programas de vigilância da resistência aos antibióticos, indica o comunicado.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) classifica a resistência aos antibióticos como uma das maiores ameaças à saúde pública que a humanidade enfrenta.
As infeções resistentes aos medicamentos matam anualmente em todo o mundo mais de 1,2 milhões de pessoas e prevê-se que em 2050 sejam 10 milhões, se não forem tomadas medidas.
“Estudos recentes indicam que a transmissão de bactérias de resistência antimicrobiana (RAM) entre humanos e animais, incluindo animais de estimação, é crucial na manutenção dos níveis de resistência, desafiando a crença tradicional de que os humanos são os principais portadores de bactérias RAM na comunidade”, afirma a investigadora principal Juliana Menezes, citada no comunicado.
“Analisar e compreender a transmissão de bactérias RAM de animais de estimação para humanos é essencial para combater eficazmente a resistência antimicrobiana” em pessoas e animais, acrescenta a estudante de doutoramento, do Laboratório de Resistência aos Antibióticos do Centro de Investigação Interdisciplinar em Saúde Animal, da Faculdade de Medicina Veterinária da Universidade de Lisboa.
O estudo envolveu cinco gatos, 38 cães e 78 pessoas em 43 casas em Portugal e 22 cães e 56 indivíduos em 22 habitações no Reino Unido. Todos os humanos eram saudáveis e todos os animais de estimação tinham infeções da pele e tecidos moles ou infeções do sistema urinário.
Os cientistas testaram amostras de fezes e urina e esfregaços de pele dos animais e dos seus donos para detetar Enterobacterales (família de bactérias que inclui a Escherichia coli e a Klebsiella pneumoniae) resistentes a antibióticos comuns.
O foco foram as bactérias resistentes “às cefalosporinas de terceira geração” (dos mais importantes antibióticos, segundo a OMS) e “às carbapenemas (parte da última linha de defesa quando outros antibióticos falham)”.
Segundo o comunicado, “não foi possível comprovar a direção da transmissão”, mas “em três dos lares de Portugal, o timing dos testes positivos para a bactéria produtora de ESBL/AmpC sugere fortemente que, pelo menos nestes casos, a bactéria tinha passado do animal de estimação para o humano”.
Juliana Menezes considera que “aprender mais sobre a resistência nos animais de estimação ajudaria no desenvolvimento de intervenções fundamentadas e direcionadas, para defender a saúde animal e humana”.
Carícias, toques ou beijos e tocar nas fezes do animal permitem a passagem das bactérias entre os cães e os gatos e os seus donos, pelo que os investigadores pedem atenção à lavagem das mãos após fazer festas aos animais ou tratar dos seus dejetos.
“Quando o seu animal de estimação não estiver bem, analise a possibilidade de o isolar num quarto para evitar a propagação de bactérias pela casa e limpe bem o resto da habitação”, aconselha a investigadora.
Todos os cães e gatos ficaram sem infeções depois de terem sido tratados.
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CRIANÇAS COM SONOS IRREGULARES PODEM DESENVOLVER PROBLEMAS ALIMENTARES
Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluíram que as crianças que têm horários de sono irregulares podem estar em risco de desenvolver padrões alimentares menos saudáveis, num estudo que envolveu 5.286 crianças.
Investigadores do Instituto de Saúde Pública da Universidade do Porto (ISPUP) concluíram que as crianças que têm horários de sono irregulares podem estar em risco de desenvolver padrões alimentares menos saudáveis, num estudo que envolveu 5.286 crianças.
Em comunicado, o instituto da Universidade do Porto esclarece esta sexta-feira que o estudo, publicado no Journal of Sleep Research, visava avaliar a influência, aos 4 anos, da duração do sono e dos horários de deitar e acordar na adesão a um padrão alimentar menos saudável aos 7 anos.
Liderado pela investigadora Sofia Vilela, o estudo teve por base dados de 5.286 crianças, da “coorte” Geração XXI do ISPUP.
Aos 4 anos, as crianças foram divididas em dois grupos (tendo por base recomendações da Fundação Nacional do Sono Americana): sono noturno de curta duração (inferior a 10 horas) e sono noturno de, pelo menos, 10 horas. Os investigadores criaram ainda quatro categorias relativamente aos horários de deitar e acordar.
“Independentemente da duração do sono, as crianças que aos 4 anos se deitavam tarde (depois das 21:45) e acordavam tarde (depois das 08h00), tinham uma maior tendência de seguir uma alimentação rica em alimentos de elevada densidade energética aos 7 anos”, refere o estudo, que conclui que o efeito foi “mais marcado nos meninos”.
“Nestes, também uma duração curta de sono aos 4 anos foi associada a uma alimentação de pior qualidade aos 7”, acrescenta.
Segundo o estudo, horários mais tardios de deitar e acordar “são preditores de uma alimentação menos saudável na infância”.
As crianças em idade pré-escolar que dormem ou acordam tarde “têm uma alimentação menos saudável aos 7 anos de idade”, sendo também, neste caso, o impacto é mais negativo nos rapazes.
Citada no comunicado, a investigadora Sofia Vilela, do Laboratório associado para a Investigação Integrativa e Translacional em Saúde Pública, destaca que “os horários de dormir mostraram mais associações consistentes do que a duração do sono em relação a padrões alimentares obesogénicos”.
“Os resultados desta investigação destacam que a hora de deitar e acordar são fatores importantes para serem considerados pelos profissionais de saúde, pais e jovens, mais até do que a duração total do sono”, acrescenta.
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