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PAN QUESTIONA OFERTA DE BILHETES PARA ‘TOURADA’ A MENORES DE 12 ANOS

O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) criticou hoje a oferta de bilhetes a menores de 12 anos para um espetáculo tauromáquico em Lisboa e anunciou que vai pedir esclarecimentos ao Governo, defendendo que não se pode “fechar os olhos” a esta situação.

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O Pessoas-Animais-Natureza (PAN) criticou hoje a oferta de bilhetes a menores de 12 anos para um espetáculo tauromáquico em Lisboa e anunciou que vai pedir esclarecimentos ao Governo, defendendo que não se pode “fechar os olhos” a esta situação.

“O PAN repudia mais uma vez esta tentativa do lóbi da tauromaquia em trazer crianças e jovens para a praça de touros do Campo Pequeno”, afirmou a líder parlamentar do PAN, Inês Sousa Real, à agência Lusa.

A ProToiro, que promove o festival do Dia da Tauromaquia, que vai decorrer no dia 29 de fevereiro no Campo Pequeno, em Lisboa, está a oferecer bilhetes aos menores de 12 anos quando acompanhados por um adulto.

De acordo com uma página da internet onde é possível adquirir bilhetes para esta iniciativa, o evento é destinado a maiores de 12 anos e o promotor é a Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno.

A deputada, que já foi provedora dos Animais de Lisboa, assinalou que “a ONU já instou, por duas vezes, Portugal a afastar as crianças e jovens da violência da tauromaquia”.

“Não nos faz qualquer sentido, por isso, que não só estas entidades promotoras do espetáculo como também as autoridades portuguesas continuem a fechar os olhos a esta situação”, sublinhou, assinalando que “a própria legislação não permite a participação de menores de idade nos espetáculos diretamente”.

Segundo Inês Sousa Real, está a “ser divulgado no cartaz a realização de espetáculos que não estão previstos no Regulamento do Espetáculo Tauromáquico” e a “Sociedade de Renovação Urbana do Campo Pequeno, que tem passado por um atribulado processo de insolvência, não tem sequer o CAE — Código de Atividades Económicas — para realizar corridas de touros” pelo que, na ótica do PAN, “não devem ser autorizadas” pela Inspeção-Geral das Atividades Culturais (IGAC).

“Isto é um arrepio legal, do nosso ponto de vista extremamente gravoso”, sublinhou a líder parlamentar.

De acordo com a pergunta que o PAN endereçou hoje ao executivo liderado pelo socialista António Costa, esta sociedade encontra-se “registada na IGAC como promotor de espetáculos”, mas “não tem no seu CAE a organização de espetáculos, menos ainda de espetáculos tauromáquicos, pelo que não pode, salvo melhor opinião, promover este tipo de evento”.

“No entanto, e incompreensivelmente, a IGAC tem vindo a autorizar a promoção e realização de espetáculos tauromáquicos por parte da SCRUP, ainda que esta não tenha CAE adequado para o efeito”, salienta o PAN no documento.

Por isso, o PAN vai pedir explicações sobre o assunto ao Governo, defendendo que “não faz sentido que o Estado continue a fechar os olhos a todas estas ilegalidades”.

Entre as questões endereçadas, o PAN quer saber “a quem foi conferida a autorização”, se “a IGAC autorizou a lide de reses bravas no espetáculo designado como ‘recortes’ e a que título estão presentes ‘matadores de touros’ no evento”, ou que medidas “estão a ser adotadas para não permitir a entrada de crianças e jovens” no Dia da Tauromaquia.

Inês Sousa Real disse ainda que “a tauromaquia não pode continuar a viver sem lei nem roque”.

“Achamos que, não só, deviam impedir a realização deste evento, como impedir também que se realizem corridas de touros no Campo Pequeno por parte desta sociedade, uma vez que não está apta para este efeito”, alertou.

De acordo com um comunicado da ProToiro, estão previstas para dia 29 “atividades pedagógicas para crianças e adultos”, bem como “demonstrações de toureio e pegas, aulas de toureio e muitas atividades, num dia para toda a família”.

No encerramento do Dia da Tauromaquia, está previsto ainda “um festival taurino com um cartel misto” composto por toureiros portugueses e forcados.

À Lusa, Hélder Milheiro, secretário-geral da ProToiro, explicou que a iniciativa se encontra dentro da lei, já que os bilhetes são oferecidos aos menores de 12 anos quando acompanhados por um adulto.

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MATOSINHOS: MILITAR DA GNR ALVO DE PROCESSO DISCIPLINAR POR ALEGADA AGRESSÃO

O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

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O Comando Geral da GNR instaurou um processo disciplinar a um militar na sequência de uma alegada agressão a um condutor no sábado, em Perafita, Matosinhos, confirmou hoje à Lusa a Guarda.

Questionada pela Lusa sobre a alegada agressão hoje revelada por vários órgãos de comunicação social com base num suposto vídeo, a Divisão de Comunicação e Relações Públicas da GNR respondeu sem nunca mencionar ter havido agressão.

“Cumpre-me informar que a situação visualizada no vídeo ocorreu no passado sábado, dia 25 de janeiro, na localidade de Perafita, em Matosinhos, na sequência de uma ocorrência de acidente de viação, tendo resultado na detenção do condutor envolvido, pelo crime de condução sob influência de álcool”, lê-se na resposta assinada pelo major David dos Santos.

E acrescenta: “adicionalmente, importa ainda referir que, depois de analisadas as imagens no referido vídeo, foi determinada a abertura do respetivo procedimento de âmbito disciplinar, com vista ao apuramento das circunstâncias em que ocorreram os factos”.

A Lusa perguntou também se o militar permanece em funções ou se foi afastado, mas não obteve resposta.

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OVAR: PENA SUSPENSA PARA EX-FUNCIONÁRIA QUE DESVIO DINHEIRO DA AUTARQUIA

O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

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O Tribunal de Aveiro condenou esta quarta-feira a três anos e nove meses de prisão suspensa uma antiga funcionária da Câmara de Ovar suspeita de se ter apropriado de cerca de 70 mil euros da tesouraria municipal durante quatro anos.

Durante a leitura do acórdão, a juíza presidente disse que ficaram demonstrados os factos que eram imputados à arguida, ocorridos entre 2014 e 2017.

A arguida foi condenada a três anos de prisão, por um crime de peculato na forma continuada, e dois anos e dois meses, por um crime de falsidade informática.

Em cúmulo jurídico, foi-lhe aplicada uma pena única de três anos e nove meses de prisão, suspensa na sua execução por igual período.

O tribunal julgou ainda totalmente procedente o pedido cível deduzido pelo município de Ovar, pelo que a arguida terá de restituir a quantia de que se apropriou.

O caso teve origem em 2017, após uma auditoria da Inspeção-Geral de Finanças ter detetado irregularidades relativas à arrecadação de receita.

Na altura, o executivo então liderado pelo social-democrata Salvador Malheiro ordenou a instauração de um inquérito para apuramento dos factos, que deu origem à abertura de um processo disciplinar de que resultou o despedimento da funcionária acusada e a participação dos factos ao Ministério Público (MP).

O caso está relacionado com um esquema de atribuição de notas de crédito, em que a funcionária registava como recebidas verbas que na verdade não chegavam a entrar nos cofres da autarquia.

Segundo a acusação do MP, a arguida terá procedido à emissão de notas de crédito, mediante as quais se terá procedido à anulação de faturas emitidas, sem que fosse emitida nova fatura, ficando para si com o dinheiro cobrado.

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