NACIONAL
PARTIDO CHEGA QUER UM MINUTO E MEIO ATÉ NOVO ‘REGIMENTO’
O deputado único do partido Chega entregou hoje na Assembleia da República um requerimento para que os parlamentares representantes de um partido possam falar durante 90 segundos quando se discutirem iniciativas legislativas, até que haja novo regimento.
O deputado único do partido Chega entregou hoje na Assembleia da República um requerimento para que os parlamentares representantes de um partido possam falar durante 90 segundos quando se discutirem iniciativas legislativas, até que haja novo regimento.
No requerimento a que a Lusa teve acesso, André Ventura pede ao presidente da Assembleia da República, Ferro Rodrigues, que “interceda junto da conferência de líderes”, para que os deputados únicos representantes de um partido tenham “a possibilidade de usufruir de um minuto e meio de uso da palavra” em debates de “projetos legislativos, independentemente de quem sejam os seus proponentes”.
Segundo o atual regimento, em debates de projetos e propostas de lei, os grupos parlamentares e o Governo dispõem de três minutos, cada, e aos deputados únicos representantes de um partido é garantido um tempo de intervenção de um minuto.
Até que seja aprovada a versão final de um novo Regimento da Assembleia da República o deputado do Chega quer que vigorem os 90 segundos para os deputados únicos.
No documento que foi hoje entregue no parlamento, o deputado congratula-se com a “alteração de postura dos grandes partidos” em relação aos tempos de intervenção dos representantes únicos de partido, apontando que, “num segundo momento, passaram a olhar para esta questão com a devida importância”.
“Não porque fazê-lo represente uma qualquer circunstância anormal, mas porque chegámos a temer que levassem a casa da democracia a patrocinar comportamentos do mais antidemocrático possível”, considera André Ventura.
Porém, na opinião do também líder do Chega, “muito há ainda a trabalhar para uma igualdade plena entre os grupos parlamentares e os deputados únicos representantes de um partido”.
Neste sentido, Ventura apresentou na segunda-feira um projeto de regimento, numa altura em que a 1.ª Comissão está a desenvolver uma atualização do Regimento da Assembleia da República.
Na reunião de quinta-feira, a conferência de líderes aprovou um relatório de um grupo de trabalho liderado pelo vice-presidente do parlamento e bloquista José Manuel Pureza que previa o estrito cumprimento do atual regimento, que só contempla tempos de intervenção para grupos parlamentares partidários (dois ou mais deputados), assim como a sua participação na conferência de líderes, órgão onde se decidem os agendamentos e outras questões de funcionamento da Assembleia da República.
PS, BE, PCP e PEV foram favoráveis a esta posição, enquanto PSD, CDS-PP e PAN defenderam que devia ser adotada a exceção que foi atribuída na anterior legislatura ao então deputado único do PAN, André Silva, com um minuto para falar em debates quinzenais com o primeiro-ministro, por exemplo, e o estatuto de observador na conferência de líderes.
Já na terça-feira, numa reunião extraordinária da 1.ª Comissão, marcada a pedido de Ferro Rodrigues para que esta questão fosse analisada com urgência, todos os partidos com assento parlamentar consensualizaram intervenções de um minuto e meio para os deputados únicos de Chega, Iniciativa Liberal e Livre no debate quinzenal com o primeiro-ministro, que decorreu na quarta-feira.
Os deputados concordaram em atribuir as mesmas regras que foram concedidas ao deputado único do PAN na anterior legislatura aos atuais três deputados únicos de Chega, Iniciativa Liberal e Livre, de forma transitória, até que um grupo de trabalho comece e termine a revisão do regimento da Assembleia da República.
NACIONAL
HERNÂNI DIAS PEDE DEMISSÃO E LUÍS MONTENEGRO ACEITA-A
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
O primeiro-ministro aceitou esta terça-feira o pedido de demissão do secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Hernâni Dias, sublinhando “o desprendimento subjacente à decisão pessoal” do governante.
Numa nota do gabinete de Luís Montenegro publicada no portal do Governo lê-se que “o primeiro-ministro aceitou o pedido de demissão esta terça-feira apresentado pelo secretário de Estado da Administração Local e Ordenamento do Território, Dr. Hernâni Dias”.
“Nesta ocasião, o primeiro-ministro expressa reconhecimento ao Dr. Hernâni Dias pelo empenho na concretização do Programa do Governo em áreas de particular importância e sublinha o desprendimento subjacente à decisão pessoal tomada. O secretário de Estado cessante será oportunamente substituído no cargo”, acrescenta.
Esta é a primeira demissão no XXIV Governo Constitucional PSD/CDS-PP que tomou posse a 02 de abril do ano passado.
Na sexta-feira, a RTP noticiou que Hernâni Dias criou duas empresas que podem vir a beneficiar com a nova lei dos solos, sendo que é secretário de Estado do ministério que tutela essas alterações.
Uma semana antes, o mesmo canal de televisão avançou que Hernâni Dias estava a ser investigado pela Procuradoria Europeia e era suspeito de ter recebido contrapartidas quando foi autarca de Bragança.
Na terça-feira da semana passada, num comunicado enviado à agência Lusa, Hernâni Dias recusou ter cometido qualquer ilegalidade, afirmando que está “de consciência absolutamente tranquila” e que agiu “com total transparência”.
O secretário de Estado garante ter pedido ao Ministério Público (MP) “que investigasse a empreitada da Zona Industrial em Bragança e ao LNEC [Laboratório Nacional de Engenharia Civil] que fizesse uma auditoria”, assegurando, relativamente ao apartamento ocupado pelo filho no Porto, que “o valor das rendas foi pago por transferência.
O Chega e o BE já pediram a demissão do governante e vários já requereram a sua audição parlamentar.
NACIONAL
ASAE ENCERRA DOIS ESTABELECIMENTOS E INSTAURA 18 CONTRAORDENAÇÕES
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) suspendeu dois estabelecimentos comerciais e instaurou 18 processos de contraordenação por falta de equipamentos para deposição de resíduos de tabaco, avançou esta segunda-feira a ASAE.
No âmbito da ação, foram fiscalizados 121 operadores económicos, abrangendo o setor da restauração, edifícios destinados a ocupação não habitacional e instituições de ensino superior.
De acordo com a autoridade, as principais infrações identificadas foram a falta de disponibilização de cinzeiros e equipamentos adequados para a deposição de resíduos indiferenciados e seletivos, bem como o incumprimento dos requisitos gerais de higiene.
No decorrer desta ação, foi suspenso um estabelecimento de restauração no concelho de Lisboa, pela violação dos deveres da entidade exploradora, e um talho no concelho de Ílhavo, pelo incumprimento das normas gerais de higiene.
Foi também apreendido um instrumento de pesagem por não estar em conformidade com os valores de controlo metrológico.
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