ECONOMIA & FINANÇAS
PESCADORES PEDEM AO GOVERNO ACIONE FUNDOS EUROPEUS PARA APOIAR PESCAS
A Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APSHM) apelou hoje ao Governo que acione os apoios da União Europeia para o setor da pesca de forma a minimizar os efeitos da crise provocada pela pandemia da COVID-19.
A Associação Pró Maior Segurança dos Homens do Mar (APSHM) apelou hoje ao Governo que acione os apoios da União Europeia para o setor da pesca de forma a minimizar os efeitos da crise provocada pela pandemia da COVID-19.
A Associação diz que os pescadores têm um plano para reduzir a sua atividade, mantendo o abastecimento de peixe fresco ao país, mas que para imobilizarem as embarcações precisam de ser apoiados financeiramente, nomeadamente através de programas semelhantes à paragem biológica.
“Já fomos informados de que esta medida pode ser enquadrada no PO MAR2020, por forma a obter financiamento junto da União Europeia. Mas esta decisão apenas é possível se houver comum acordo entre todos os intervenientes do setor da pesca e com a devida coordenação de quem detém a tutela”, pode ler-se num comunicado da APHSM.
O organismo considera que “com a devida coordenação o setor deve manter em atividade de 30% da frota nacional, por forma a que não falte nos postos de venda peixe fresco para os consumidores”, considerando que essa redução iria permitir que mais pessoas ligassem ao setor ficassem em casa, evitando a propagação da covid-19.
“Ao reduzir o número de embarcações a laborar, consequentemente todos as atividades conexas à pesca podiam reduzir também em cerca de 70%, como é o caso dos funcionários das lotas, tripulantes de terra que tratam do peixe, compradores, entre outros, evitando-se a concentração de pessoas”, aponta esta associação de pescadores.
A APSHM diz que tem sentido nos seus associados “um desalento e desanimo, decorrentes da falta de apoio ao setor”, mas garantiu que ainda há “uma clara consciencialização por parte dos pescadores/armadores da necessidade de manterem as suas embarcações em atividade, por está em causa a alimentação das famílias portuguesas”
Na sexta-feira, foi anunciado pelo Governo uma linha de crédito até 20 milhões de euros para o setor da pesca e aquicultura e a suspensão por 90 dias da cobrança da taxa de acostagem devida pelas embarcações no contexto da pandemia Covid-19.
“Nas medidas de apoio económico ao setor, foi aprovada em Conselho de Ministro uma linha de crédito até 20 milhões de euros, a cinco anos, permitindo a contratação de empréstimos e a renegociação de eventuais dívidas, com o pagamento dos respetivos juros pelo Estado”, refere o Ministério do Mar num comunicado divulgado na sexta-feira à noite.
Foi ainda anunciado que o Governo já desencadeou uma iniciativa junto da Comissão Europeia, no sentido da revisão do regulamento do Fundo Europeu dos Assuntos Marítimos e das Pescas (FEAMP), para adaptação a esta situação excecional, defendendo medidas específicas destinadas à pesca e à aquicultura.
Está prevista para esta quarta-feira, uma reunião extraordinária do Conselho de Ministros da Agricultura e Pesca com o Comissário Europeu, Virginijus Sinkevi?ius, para análise e tomada de decisões nesta matéria.
O novo coronavírus, responsável pela pandemia da covid-19, já infetou mais de 386 mil pessoas em todo o mundo, das quais morreram cerca de 17.000.
Depois de surgir na China, em dezembro, o surto espalhou-se por todo o mundo, o que levou a Organização Mundial da Saúde (OMS) a declarar uma situação de pandemia.
Em Portugal, há 33 mortes e 2.362 infeções confirmadas, segundo o balanço feito hoje pela Direção-Geral da Saúde, que regista mais 302 casos do que na segunda-feira. O país encontra-se em estado de emergência até às 23:59 de 02 de abril.
ECONOMIA & FINANÇAS
TESLA: LUCROS RECUARAM 55% ATÉ MARÇO PARA 1.058 MILHÕES
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
A Tesla registou 1.130 milhões de dólares (cerca de 1.058 milhões de euros) de lucro no primeiro trimestre, um recuo de 55% face ao mesmo período de 2023, foi anunciado.
Por sua vez, as receitas da fabricante automobilística ficaram em 21.300 milhões de dólares (19.946 milhões de euros), uma queda homóloga de 9%.
As vendas mundiais também apresentaram, no período em análise, uma quebra de 9%, justificada com o aumento da concorrência e a diminuição da procura por veículos elétricos.
Já as receitas exclusivamente provenientes da venda de automóveis cederam 13%, passando de 19.963 dólares para 17.378 dólares (16.273 euros), uma evolução justificada pela empresa com a baixa nos preços dos seus veículos nos Estados Unidos.
Num comunicado enviado aos investidores, a Tesla disse ainda que sofreu “numerosos problemas” devido ao conflito no Mar Vermelho e a um incêndio em uma das suas fábricas, em Berlim.
A fabricante defendeu ainda que a venda mundial de veículos elétricos está “sob pressão”, uma vez que está a ser dada prioridade aos veículos híbridos.
Apesar de não avançar datas, a empresa anunciou que vai acelerar o lançamento de novos modelos, que, inicialmente, estavam previstos para o segundo semestre de 2025.
A Tesla acredita ainda que o crescimento das vendas de veículos poderá ser “notavelmente menor” no corrente ano.
Os analistas consultados pena Associated Press (AP) acreditam que esta perda esperada levanta questões sobre a procura de Teslas e outros veículos elétricos.
Na semana passada, a Tesla anunciou uma diminuição de 10% entre os seus 140.000 funcionários.
ECONOMIA & FINANÇAS
BENEFICIÁRIOS DE PRESTAÇÕES DE DESEMPREGO SOBEM 9% EM MARÇO
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
O número de beneficiários de prestações de desemprego em março aumentou 9,1% em termos homólogos, mas caiu 1,1% face a fevereiro, totalizando 195.359, segundo as estatísticas mensais publicadas pela Segurança Social.
Em relação ao mês anterior, registou-se em março uma redução de 2.237 beneficiários, mas, face ao mesmo mês do ano anterior, verificou-se uma subida em 16.252 beneficiários, de acordo com a síntese do Gabinete de Estratégia e Planeamento (GEP) do Ministério do Trabalho, Solidariedade e Segurança Social.
As prestações de desemprego são maioritariamente requeridas por mulheres, correspondendo a 110.657 beneficiárias (56,6% do total).
Tendo em conta apenas o subsídio de desemprego, o número de beneficiários totalizou 153.208, uma redução de 1% em cadeia, mas um aumento de 12,4% em comparação com o mês homólogo.
O valor médio mensal do subsídio de desemprego em março foi de 641 euros, correspondendo a uma subida homóloga de 4,2%.
No caso do subsídio social de desemprego inicial, esta prestação foi processada a 11.294 beneficiários, menos 6,1% do que em fevereiro e mais 13,5% face a março de 2023.
Já o subsídio social de desemprego subsequente abrangeu 22.197 beneficiários, uma diminuição de 0,8% em termos mensais e de 10,7% na comparação homóloga.
De acordo com os dados do Instituto do Emprego e Formação Profissional (IEFP), publicados na sexta-feira, o número de desempregados inscritos nos centros de emprego caiu 1,9% em março face a fevereiro, mas subiu 6% em termos homólogos, totalizando 324.616.
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