REGIÕES
PORTO: HOSPITAL DE SÃO JOÃO DUPLICA COLHEITA DE ÓRGÃOS PARA TRANSPLANTE
O Hospital São João anunciou que a colheita de órgãos para transplante em 2021 duplicaram, tendo registado um aumento superior a 104%, passando de 25 para 51 órgãos.

O Hospital São João anunciou que a colheita de órgãos para transplante em 2021 duplicaram, tendo registado um aumento superior a 104%, passando de 25 para 51 órgãos.
O Centro Hospitalar Universitário de São João (CHUSJ), no Porto, mais do que duplicou em 2021 o número de colheitas de órgãos para transplante, face ao ano anterior, um registo que a diretora do gabinete ambiciona melhorar.
Dados remetidos à agência Lusa, que comparam 2020 e 2021, mostram que o hospital registou um aumento superior a 104%, passando de 25 para 51 órgãos, e a maior colheita verificou-se no grupo de dadores em morte cerebral (38).
Já as colheitas em dadores em morte circulatória não controlada (13) refletem o período de interrupção da atividade devido à Covid-19.
Em entrevista à Lusa, a diretora do Gabinete de Coordenação Colheita e Transplante do CHUSJ, Margarida Rios, reconheceu que, “com a pandemia, houve redução de colheitas”, algo transversal a outros países, mas garantiu que o Hospital de São João “manteve a capacidade de resposta sem perder um dador de órgãos por falta de camas”.
“No caso de um dador em paragem circulatória, o processo dá-se em sala de emergência. Existiram normas nacionais e, no início, considerou-se mais prudente suspender. Acho que o Hospital de São João, na urgência e nos cuidados intensivos, manteve sempre a capacidade de resposta, mas ouvimos essa justificação de outros centros hospitalares”, disse a responsável.
No CHUSJ fazem-se transplantes de rim e coração, bem como de tecidos (córneas e células hematopoiéticas).
A colheita de outros órgãos beneficia outros centros hospitalares nos quais são feitos outro tipo de transplantes.
Além dos doentes do CHUSJ, são referenciados para este hospital dadores dos chamados “hospitais afiliados”: Pedro Hispano (Matosinhos), Penafiel (Porto) e Viana do Castelo.
O IPST permitiu o reinício da colheita em dador em paragem circulatória em fevereiro de 2021.
Nesse ano, o CHUSJ registou “o maior número de transplantes de órgãos dos últimos anos” com 98 transplantes. O aumento registado face a 2020 (mais 57) deriva quase na totalidade do transplante renal, cujo peso representa 87% do total de órgãos transplantados.
Dos 85 transplantes de rim realizados, cinco dos quais foram de dador vivo.
Já o serviço de cirurgia cardiotorácica realizou 13 transplantes cardíacos, para os quais contribuíram sete dadores de colheitas feitas no CHUSJ e seis dos hospitais afiliados.
Já no que se refere ao transplante de tecidos, o acréscimo foi de mais 43,8% face a 2020, com mais expressão no transplante de córneas (mais 65%).
“Estamos tão eficientes que se tivéssemos mais espaço se calhar ainda éramos capazes de dar mais resposta”, disse a diretora.
À Lusa, a médica falou do panorama atual em Portugal, considerou que no Norte reside o motor principal da recuperação, e lançou pistas para o futuro.
“Portugal a nível mundial, tem sempre estado nos primeiros lugares no número de dadores por milhões de habitantes. O Hospital de São João subiu de 25 para 51 colheitas [entre 2020 e 2021], o que corresponde a um aumento de 104%. O [Hospital de] Santo António também subiu 94%. Coimbra subiu um bocadinho e em Lisboa houve um centro hospitalar que reduziu e outro praticamente não se alterou. Notou-se uma assimetria marcada no Norte”, descreveu a especialista, socorrendo-se de dados do Instituto Português do Sangue e da Transplantação (IPST).
Portugal segue o modelo legislativo do consentimento presumido, ou seja, todas as pessoas são potenciais dadores de órgãos a não ser que recusem antecipadamente.
É permitido recolher órgãos em dadores em morte cerebral, bem como em paragem cardiocirculatória não controlada (DPCC), o que inclui, por exemplo, situações de emergência ou paragem cardíaca súbita.
Contando com o CHUSJ, são cinco os centros hospitalares do país com gabinetes ligados a esta área.
Margarida Rios realça que “Portugal tem estado à escala mundial numa posição muito boa”, mas acredita que o país “já está preparado” para discutir mais alternativas na área da transplantação e, com isso, ir reduzindo as listas de espera.
“A nível internacional, o grupo de dadores em paragem circulatória tem uma maior expressão em pessoas que não são os dadores que vêm da rua em paragem súbita. São pessoas em paragem circulatória controlada, pessoas que estão em cuidados intensivos e apresentam uma situação cerebral catastrófica. Isto não está legislado em Portugal. Mas acredito que este grupo venha a significar um ‘pull’ de órgãos significativo”, referiu a especialista.
Em causa estão doentes internados em cuidados intensivos que têm um prognóstico muito mau, lesões irreversíveis e a perspetiva de falecimento a curto prazo.
“Quando comunicamos com uma família, cujo familiar está em morte cerebral, explicamos a irreversibilidade da situação. Morte cerebral é igual à morte do indivíduo e compreende-se que aquela pessoa é dadora de órgãos. Na morte por paragem circulatória não controlada explicamos que tentamos reanimar exaustivamente a pessoa e não conseguimos. É aceitável porque se verifica o óbito. Só depois é que se fala em colheita de órgãos. Para este grupo [paragem circulatória controlada], a mensagem é mais difícil de transmitir”, descreveu a médica.
Margarida Rios admite que a questão é “sensível”, “eticamente delicada” e exige uma discussão “muito transparente”, mas reitera que “com esse grupo seria possível aumentar o número de órgãos para transplante e diminuir as listas de espera”.
“É um processo que o IPST ainda tem de desenvolver ao nível do enquadramento legislativo”, referiu.
Alargar os critérios de aceitação, ainda que “em Portugal a idade já não seja um critério absoluto”, pode constituir também um ganho no número de colheitas possíveis, concluiu a diretora.

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MACEDO DE CAVALEIROS: ATAQUE DE TOURO CAUSA A MORTE DE UM IDOSO
Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.

Um homem de 86 anos morreu no hospital de Bragança depois de ter sido gravemente ferido por um touro, na segunda-feira, em Macedo de Cavaleiros, disse hoje à Lusa fonte dos bombeiros locais.
De acordo com a fonte, o incidente ocorreu por volta da hora de almoço na exploração de animais de que a vítima era proprietária em Macedo de Cavaleiros, no distrito de Bragança.
O idoso foi atacado por um touro e ficou gravemente ferido, tendo sido transferido para o hospital de Bragança, onde viria a morrer algumas horas depois, segundo ainda a fonte da corporação dos bombeiros voluntários de Macedo de Cavaleiros.
Além dos bombeiros, acorreram ao local também a equipa de emergência médica e o helicóptero do INEM, que transportou a vítima para Bragança.
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AFONSO HENRIQUES TERÁ ESTÁTUA EM ZAMORA (ESPANHA, PRÓXIMO DE BRAGANÇA)
Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.

Afonso Henriques, o primeiro rei de Portugal, vai ter uma estátua em Espanha, em Zamora, em evento de homenagem que vai decorrer em 29 e 30 de abril, revelou hoje à Lusa a Grã Ordem Afonsina.
“Afonso Henriques é uma figura emblemática que não só é reconhecido em Portugal, como muito acarinhada em Espanha, nomeadamente em Zamora onde ele próprio se foi armar cavaleiro, aos 14 anos. Por isso, nós e os espanhóis estamos umbilicalmente ligados por factos históricos do seu percurso e é isso que vamos celebrar”, explica Abel Cardoso, autor do projeto da estátua e vice-presidente da Grã Ordem Afonsina.
Em declarações à Lusa, revelou que o monumento, talhado pelo escultor vimaranense Dinis Ribeiro, pesa cerca de 15 toneladas e tem quase seis metros e meio de altura, sendo uma caracterização de Afonso Henriques com 14 anos, agarrado a uma espada, refletindo a sua investidura como cavaleiro, um momento histórico documentado.
“Será uma escultura que irá recrear o preciso momento que antecedeu o gesto da sua própria investidura como cavaleiro. Quando a sua tomada de consciência se torna absoluta e cuja profundidade terá contornos irreversíveis na história dessa nação preste a emergir, Portugal”, explica o autor do projeto.
Abel Cardoso anuncia uma estátua “quase do tamanho” do adolescente que segura a espada de guerra a duas mãos, “não só devido peso da peça em si, mas também como sinal de alguém que, por força indómita, antevê no reflexo desta longa lâmina o seu futuro e se prende a ele sem hesitação reclamando-o seu como por direito”.
“Uma figura do jovem infante, adolescente, mas esclarecido. De rosto miúdo, porém determinado que na cidade de Zamora, no Pentecostes de 1125, se prepara para ajoelhar como criança para posteriormente se erguer enquanto homem”, exalta.
A investidura de D. Afonso Henriques como cavaleiro é um facto histórico tradicionalmente assinalado na cidade espanhola no dia de Pentecostes de cada ano, com manifestações promovidas pelo Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora, uma associação que envolve mais 26 municípios limítrofes.
A ideia da estátua de Afonso Henriques foi partilhada pela Grã Ordem Afonsina com vários organismos espanhóis que “logo acolheram o projeto”, nomeadamente a Fundación Rei Afonso Henriques, o Cabido da Catedral de Zamora, a autarquia local e o Centro de Iniciativas Turísticas de Zamora e Municípios Limítrofes.
“Esta iniciativa será um marco importante no desenvolvimento das relações de amizade e cooperação entre entidades e coletividades portuguesas e espanholas interessadas em aprofundar o conhecimento histórico sobre o primeiro Rei de Portugal, em especial aquelas que se situam em locais que foram palco dos principais factos históricos por ele protagonizados”, sublinha Abel Cardoso.
Além da estátua, que será “única de um monarca português em Espanha”, está prevista a celebração litúrgica na Catedral de Zamora, que poderá a vir a ter transmissão online, e uma peça de teatro de recriação histórica dedicada a Afonso Henriques.
“Pretendemos levar uma réplica da espada de D. Afonso Henriques, que faz parte do espólio do Museu Militar do Porto, para ser benzida durante a celebração”, acrescenta o responsável, que gostava de a ver novamente exposta em Guimarães.
Criada em Guimarães, o berço da nacionalidade, a Grã Ordem Afonsina foi constituída em 2019 “com o único propósito de estudo e divulgação do património material e imaterial de D. Afonso Henriques”, juntando atualmente cerca de 100 membros.
A estátua em Zamora “permite o culto a uma figura que outrora nos dividiu, mas que hoje pode ser entendido como elo fundamental de ligação entre portugueses e espanhóis”, concluiu.
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