REGIÕES
PORTO: MATERNIDADE ENSINA BEBÉS A MAMAR
Um serviço desenvolvido por três enfermeiras no Centro Materno-infantil do Norte (CMIN), no Porto, ensina os bebés prematuros a mamar, corrigindo o problema anatómico destes que os faz imaturos para combinar a sucção, deglutição e respiração.
Um serviço desenvolvido por três enfermeiras no Centro Materno-infantil do Norte (CMIN), no Porto, ensina os bebés prematuros a mamar, corrigindo o problema anatómico destes que os faz imaturos para combinar a sucção, deglutição e respiração.
A ciência e o conhecimento empírico conjugam-se diariamente na maternidade do Porto, numa luta constante contra a fome dos bebés e a angústias dos pais, na esmagadora maioria sem o conhecimento de que, uma vez prematuros, os bebés não têm desenvolvida a capacidade de mamar, explicou à Lusa a enfermeira Cecília Mendes.
“Os bebés prematuros, como nascem muito pequeninos, são imaturos ao nível da sucção, deglutição e até da respiração. Não conseguem fazer essas três coisas juntas e têm imensa dificuldade em mamar”, explicou a especialista com 35 anos de atividade.
Criado no âmbito do projeto Hospital Amigo Bebés, da UNICEF, o serviço recebeu um “forte incremento há cerca de 10, 15 anos porque é importantíssimo a todos os níveis, sobretudo na saúde”.
“As mães chegam-nos completamente assustadas (…) muito angustiadas, com medo, sentem-se incompetentes e, quando são gémeos, pior. O que aqui fazemos é dar muito apoio, empoderar as mães, torná-las capazes”, sintetizou Cecília Mendes.
Elsa Ferreira, mãe da Sara, que nasceu com 34 semanas e sem saber mamar e hoje, com nove meses, se apresenta bem desenvolvida, confirmou à Lusa as recomendações da enfermeira.
Destacando a qualidade do apoio prestado, argumentou tratar-se de “uma aprendizagem que exige disciplina, paciência, muito amor e persistência”, ao mesmo tempo que reconheceu não ter “noção, quando estava grávida, de que os bebés prematuros nasciam com esta incapacidade”.
E de uma prática que reúne ciência e empirismo, Sara Ferreira revelou ser na forma como as “enfermeiras desvalorizam muitas coisas” que as jovens mães consideram “complicadas”, assim as colocando “muito à vontade”, que transmitem “segurança” para continuar o processo de ensino da amamentação.
“A natureza faz tudo bem feito. Se ela fez um bebé, ela tem de fazer na mama dela leitinho para esse bebé, acontece isso nos leões, nos elefantes, em todos os mamíferos, então é normal, sendo nós mamíferas, que tenhamos leite em quantidade suficiente e mais, para congelar e conservar, para dar de mamar ao nosso bebé”, simplificou Cecília Mendes.
O processo de aprendizagem, relatou, chega a demorar cerca de “dois meses”, sendo que o “mais importante é a mãe querer, o sucesso está todo na mãe”.
“Se a mãe não quer, se têm muitos medos, se está muito angustiada (…) se não conseguimos passar essa barreira e transmitir-lhes confiança através da balança, de todos os sinais que mostramos de que o bebé está a engordar (…), às vezes há mães que desistem e fazem os leitinhos artificiais”, acrescentou.
Destacando um grau de sucesso, em prematuros, de entre 50 e 60%, “o que é muito bom, porque é muito difícil mamar”, o processo de ensino é feito, também, de pequenos truques, contou.
“Às vezes damos de mamar com leite da mãe, extraído, numa sondinha na maminha [colocada junto ao mamilo], e eles mamam da sonda e da mama da mãe”, contou, a título de exemplo.
Outra técnica é “deixá-las (às mães] exprimir os medos enquanto o bebé mama, apoiar muito fisicamente, ensinar o pai, envolver o pai, envolver as avós, ensiná-los como agarrar na mama da mãe”.
“As mamas são volumosas e aquelas boquinhas muito pequeninas. Às vezes, em simultâneo, o papá e a mamã têm de agarrar a mama para as fazer mais fininhas, envolver muito a família, muito toque, muito afeto, vai tudo por aí”, continuou Cecília Mendes.
A proatividade é outra das chaves neste serviço, onde “por vezes têm de perceber o que está mal na boca do bebé, na língua, porque são muito prematurinhos, colam muito a língua no céu da boca”.
A Iara Margarida não nasceu prematura, mas com 37 semanas e quatro dias, não sabia mamar e a mãe, Fátima Moreira, teve o apoio de que precisava.
“Não pensava que iria ter ajuda para ela mamar. Não sabia que isto acontecia aos bebés prematuros”, disse a mãe, testemunhando a “confiança” transmitida pelo serviço, até nos pequenos detalhes.
“Eu tinha medo de pegar nela [na bebé] pelo pescoço, mas a enfermeira Paula [Rodrigues] ajudou e, para já está a correr bem”, disse no final de mais uma vista ao CMIN para avaliar a evolução da bebé.
REGIÕES
TORRE DE MONCORVO: DGEG E APA “QUESTIONAM” ATIVIDADE DE EMPRESA MINEIRA
A Aethel Mining afirmou esta terça-feira querer “reforçar e expandir a atividade” das minas de Torre de Moncorvo este ano, após a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) dar nota de falta de planos e de atividade operacional.
A Aethel Mining afirmou esta terça-feira querer “reforçar e expandir a atividade” das minas de Torre de Moncorvo este ano, após a Direção-Geral de Energia e Geologia (DGEG) dar nota de falta de planos e de atividade operacional.
“A Aethel Mining reafirma a sua intenção de reforçar e expandir a atividade da mina durante o ano de 2025”, pode ler-se numa resposta de fonte oficial da empresa a questões da Lusa.
Na sexta-feira, fonte oficial da DGEG afirmou que a Aethel não tem desenvolvido atividade operacional na área da concessão naquele município do distrito de Bragança, nem apresentou programa de trabalhos para este ano.
“De acordo com a informação recolhida, o concessionário não tem desenvolvido atividades operacionais na área da concessão e não se encontram aprovadas quaisquer atividades de exploração, ou outras, uma vez que não foi submetido o Programa de Trabalhos para o ano de 2025”, avançou a DGEG, questionada pela agência Lusa.
Porém, na resposta à Lusa, a Aethel refere que “continua empenhada no desenvolvimento do projeto mineiro e mantém um diálogo aberto e construtivo com a tutela”.
“Neste momento, a empresa está focada na gestão estratégica dos ‘stocks’ de agregado de ferro existentes de acordo com as melhores práticas do setor”, apontou ainda a empresa.
A posição da DGEG, noticiada na sexta-feira, surge na sequência de questões da Lusa após ter verificado que desde finais de setembro não havia qualquer atividade ou movimento na área da concessão que começou a laborar em março de 2020, no lugar da Mua.
A Lusa constatou que nos acessos ao local da exploração não se verifica qualquer movimentação. Na zona industrial de Torre de Moncorvo, no Larinho, num terreno onde era colocado o ‘stock’ de agregado de ferro para ser transportado, a situação é idêntica. Já o ‘outdoor’ da empresa concessionária, a Aethel Mining Portugal S.A., que estava colocado à entrada do principal acesso à exploração mineira, não se encontrava visível no local.
Em janeiro de 2024, a Aethel recebeu parecer desfavorável da Comissão de Avaliação no âmbito do processo de Avaliação de Impacte Ambiental e submissão do Relatório de Conformidade Ambiental do Projeto de Execução (RECAPE) relativo à fase definitiva do projeto de reativação das minas de ferro de Moncorvo.
Em 06 de fevereiro de 2024, a Aethel Mining reafirmava o seu compromisso com o projeto mineiro de Torre de Moncorvo, rejeitando um cenário de venda da exploração após um ‘chumbo’ do projeto de execução por parte da Agência Portuguesa do Ambiente (APA).
Em 13 de outubro de 2021, a concessionária das minas de Moncorvo deu início à extração de duas mil toneladas diárias de agregado de ferro de alta densidade, certificado, provenientes do depósito da Mua, calculava a empresa concessionária.
Já Ricardo Santos Silva, representante da Aethel Mining na concessão mineira transmontana, adiantava na altura que estavam a ser feitas mais de 50 viagens de camião para o transporte do agregado de alta densidade, que era depositado num espaço apropriado na Zona Industrial do Larinho, Torre de Moncorvo, e que seguia depois por via terrestre para vários pontos, ao critério do cliente.
Ainda de acordo com o empresário, naquela altura, cada camião poderia transportar entre 24 e 28 toneladas de agregado de ferro de alta densidade, numa operação efetuada durante um ano.
O projeto mineiro instalado no cabeço da Mua, em Torre de Moncorvo, foi retomado no dia 13 março de 2020, após 38 anos de abandono, com um investimento previsto de 550 milhões de euros para os próximos 60 anos.
A Aethel Mining Limited é uma empresa britânica detida exclusivamente pelo português Ricardo Santos Silva e pela norte-americana Aba Schubert.
As minas de ferro de Torre de Moncorvo foram a maior empregadora da região na década de 1950, chegando a recrutar 1.500 mineiros.
A exploração de minério foi suspensa em 1983, com a falência da Ferrominas.
REGIÕES
ERMESINDE: A A4 VAI ESTAR CORTADA AO TRÂNSITO DURANTE A NOITE
A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.
A circulação na autoestrada (A) 4 vai estar encerrada nas noites de terça-feira para quarta-feira e de quarta-feira para quinta-feira, devido a obras, na zona da portagem do nó de Ermesinde, em Valongo, no sentido Porto-Amarante.
Segundo a concessionária BCR-Brisa irão decorrer trabalhos de manutenção na zona da praça de portagem, entre as 21h00 e as 06h00.
Nesse período, como alternativa, os automobilistas deverão sair pelo ramo de Ermesinde (sentido Porto-Amarante) até à rotunda de Ermesinde, seguindo na quarta saída da rotunda pela via da esquerda no sentido A4 para Vila Real-Valongo, retomando aí o percurso, indica a concessionária.
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