Ligue-se a nós

INTERNACIONAL

PORTUGAL NA ROTA DO TRÁFICO DE CRIANÇAS

O SEF considerou hoje que Portugal está a ser testado como uma nova rota no tráfico de crianças africanas para outros países europeus, após terem sido detectados cinco menores no aeroporto de Lisboa este ano.

Online há

em

O SEF considerou hoje que Portugal está a ser testado como uma nova rota no tráfico de crianças africanas para outros países europeus, após terem sido detectados cinco menores no aeroporto de Lisboa este ano.

Em declarações à agência Lusa, Edite Fernandes, da Unidade Antitráfico de Pessoas da Direcção Central de Investigação do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, adiantou que Portugal é utilizado como um país de trânsito numa “nova rota” de tráfico de crianças a operar a partir de África com destino a outros países europeus, nomeadamente França e Alemanha.

Segundo a mesma responsável, cinco menores, três deles com menos de cinco anos e dois entre os 14 e os 15 anos, foram detectados este ano no controlo de entrada na zona de fronteira externa do aeroporto de Lisboa com “documentos fraudulentos ou alheios”.

Os menores, acompanhados por adultos que tinham passaporte e autorização de residência de um país europeu, eram do Senegal, Gana e Congo, países “que não têm qualquer tipo de relação histórica com Portugal”, sublinhou a inspectora, adiantando que a maioria dos voos teve origem em Dacar.

“Não há indícios que apontam para ser uma rede, estes casos são todos isolados, mas a rota está a ser explorada, neste momento, pelas organizações criminosas que operam a partir de África com destino à Europa”, afirmou.

Cinco casos:

Edite Fernandes esclareceu que os cinco casos detetados este ano nada têm a ver com as crianças de origem angolana que viajaram sozinhos para Portugal em 2014 e 2015.

“A diferença é que na maioria dos casos das crianças angolanas nós conseguimos perceber o motivo da viagem, vinham ter com a família. Nos casos deste ano, à excepção de uma criança, nós não conseguimos sequer saber quem são os pais, qual o verdadeiro nome da criança”, disse, acrescentando que os menores viajavam com uma identidade falsa.

A inspetora explicou ainda que os adultos foram detidos e as crianças acolhidas no âmbito da rede de apoio e proteção às vítimas de crime, estando os cinco menores em instituições em Portugal e a cargo do Tribunal de Família e Menores, além de terem um projeto de vida e estarem na escola.

A notícia de que Portugal está a ser utilizado como placa giratória para uma rede transnacional de tráfico de crianças da África subsariana foi hoje avançada pelo Diário de Notícias, depois de o SEF ter anunciado, na terça-feira, a detenção, no aeroporto de Lisboa, de um cidadão estrangeiro por indícios de tráfico de pessoas, auxílio à imigração ilegal e uso de documento de identificação ou de viagem alheio.

O homem, de 35 anos, foi interceptado pelo SEF no controlo de fronteira, realizado à chegada de um voo proveniente de Dacar, Senegal, e viajava com uma criança que disse ser sua filha e que apresentava um documento alheio, tendo França como destino final.

O Relatório Anual de Segurança Interna de 2016 dava também conta que, no ano passado, foram detectadas situações em que Portugal é presumivelmente utilizado como país de trânsito, em que as vítimas são adolescente de 16 anos oriundas de África.


Nuno Noronha

INTERNACIONAL

INVESTIGAÇÃO SUECA DESCARTA SABOTAGEM AOS CABOS SUBMARINOS

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

Online há

em

O procurador sueco que investiga a rutura de um cabo submarino de fibra ótica entre a Letónia e a Suécia, ocorrida a 26 de janeiro, descartou esta segunda-feira tratar-se de um ato de sabotagem, pelo que levantou a apreensão do navio suspeito.

“Foi estabelecido que uma combinação de condições climatéricas, falhas de equipamento e erros de navegação contribuíram” para os danos, afirmou Mats Ljungqvist em comunicado.

A Suécia tinha abordado um navio búlgaro, o “Vezhen”, no âmbito da investigação de “sabotagem agravada”.

O diretor executivo da empresa de navegação búlgara NaviBulgar negou qualquer irregularidade.

“A investigação mostra agora claramente que não se tratou de sabotagem”, graças ‘aos interrogatórios, às apreensões efetuadas e analisadas e aos exames do local do incidente’, acrescentou Ljungqvist.

O navio apreendido foi, no entanto, a causa dos danos no cabo, segundo o procurador. A investigação prossegue para determinar se foram cometidas outras infrações relacionadas com este incidente.

Na madrugada de 26 de janeiro, foi danificado um cabo de fibra ótica pertencente ao Centro Nacional de Rádio e Televisão da Letónia (LVRTC), que liga a ilha sueca de Gotland à cidade letã de Ventspils.

O LVRTC afirmou que as avaliações preliminares sugeriam “fatores externos”.

Num contexto de vigilância reforçada face às ameaças de “guerra híbrida”, a Noruega abordou brevemente, entre quinta e sexta-feira, um navio norueguês com tripulação russa por suspeita de envolvimento nos danos, antes de o deixar regressar ao mar por falta de provas.

Vários cabos submarinos foram danificados ou quebrados nos últimos meses no Mar Báltico.

Em resposta à natureza repetida destes acontecimentos, a organização do Tratyado do Atlântico Norte (NATO) anunciou em janeiro o lançamento de uma missão de patrulha para proteger esta infraestrutura submarina sensível.

Aeronaves, navios e ‘drones’ estão agora a ser destacados de forma mais frequente e regular para o Mar Báltico, no âmbito de uma nova operação designada “Baltic Sentinel” (“Sentinela do Báltico”).

LER MAIS

INTERNACIONAL

WHATSAPP DENUNCIA CIBERESPIONAGEM A JORNALISTAS COM “SOFTWARE” ISRAELITA

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

Online há

em

Imagem ilustrativa gerada por AI.

A rede social WhatsApp denunciou uma operação de ciberespionagem contra cerca de 90 utilizadores, incluindo jornalistas, utilizando ‘software’ de uma empresa israelita, segundo meios de comunicação especializados.

O WhatsApp (que pertence à empresa norte-americana Meta) disse que a campanha usou ‘spyware’ da empresa israelita Paragon Solutions e teve como alvo cerca de 90 jornalistas e ativistas de 20 países, a maioria da Europa.

Os alvos foram notificados e a operação foi interrompida em dezembro de 2024, segundo noticiou a NBC News.

O WhatsApp disse que a Paragon usou um ‘vetor’ — um método de acesso ilegal a uma rede, possivelmente através de grupos de conversação e do envio de um ficheiro malicioso — mas não sabe quem perpetrou o ataque.

O WhatsApp, que não respondeu às perguntas da agência de notícias EFE sobre o ataque e a nacionalidade dos afetados, enviou uma carta à Paragon a pedir que cesse as suas atividades e não descartou ações legais, segundo a edição norte-americana do The Guardian.

O jornalista italiano Francesco Cancellato, que conduz o jornal ‘online’ de investigação Fanpage, disse na sexta-feira que foi notificado pelo WhatsApp como uma das vítimas da campanha de ciberespionagem.

“As nossas investigações indicam que pode ter recebido um ficheiro malicioso via WhatsApp e que o ‘spyware’ pode ter levado a que acedessem aos seus dados, incluindo mensagens guardadas no dispositivo”, refere a notificação da rede social.

A Paragon é a criadora do programa de espionagem Graphite, tem como clientes agências governamentais e foi recentemente adquirida pelo grupo de investimento norte-americano AE Industrial Partners.

Segundo o seu ‘site’, a Paragon define-se como uma empresa de ciberdefesa e oferece soluções “baseadas na ética” para “localizar e analisar dados digitais”, formar trabalhadores digitais ou “mitigar ameaças”.

LER MAIS

MAIS LIDAS