CIÊNCIA & TECNOLOGIA
PORTUGAL VAI TER NOVO SISTEMA DE AVISOS DE EMERGÊNCIA À POPULAÇÃO
Portugal vai ter um novo sistema de avisos à população em caso de eventos adversos, como mau tempo ou incêndios rurais, baseado numa tecnologia de difusão por rede móvel mais rápida e eficaz do que as atuais mensagens SMS.

Portugal vai ter um novo sistema de avisos à população em caso de eventos adversos, como mau tempo ou incêndios rurais, baseado numa tecnologia de difusão por rede móvel mais rápida e eficaz do que as atuais mensagens SMS.
A portaria que visa a implementação do sistema de aviso por difusão celular (“cell broadcast”), uma tecnologia que permite o envio de alerta de emergência para milhares de utilizadores em simultâneo em poucos segundos, foi hoje publicada em Diário da República.
O documento, assinado pelos ministros da Administração Interna, José Luís Carneiro, e das Infraestruturas, João Galamba, determina que a Autoridade Nacional de Emergência e Proteção Civil (ANEPC), a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna (SGMAI) e a Autoridade Nacional de Comunicações (ANACOM) iniciem as ações com vista à criação de um sistema de aviso por difusão celular “cell broadcast”.
Para tal, estas três entidades devem entregar ao Governo, até junho, um relatório com as conclusões do trabalho e a formulação de propostas.
Segundo a portaria, a ANEPC, SGMAI e ANACOM têm de identificar os constrangimentos associados à implementação e propor as medidas aptas à respetiva solução, determinar as necessidades de ‘upgrade’ tecnológico, avaliar a necessidade de alteração do enquadramento legal, apresentar um cronograma, com o elenco das ações a desenvolver, para o processo de implementação e avançar com uma estimativa do investimento financeiro necessário.
Desde 2018 que a Proteção Civil tem um sistema de aviso preventivo à população por SMS (mensagens escritas através do telemóvel), que é enviado para os cidadãos que se encontrem nos distritos onde ocorre o fenómeno meteorológico adverso.
O sistema “cell broadcast” permite o envio de alertas de emergência para todas as redes móveis, 2G, 3G, 4G e 5G, não causa saturação na rede móvel, são recebidos de acordo com a localização do cidadão no momento, chega aos visitantes de outros países na região afetada, no idioma desejado, e quase em tempo real (4 a 10 segundos).
Na portaria, o Governo refere que a Estratégia Nacional para uma Proteção Civil Preventiva 2030 estabelece que, até 2027, sejam utilizadas soluções tecnológicas de elevado alcance, tendo em consideração o aumento da frequência e intensidade de fenómenos meteorológicos extremos, e a importância do reforço dos mecanismos de aviso e alerta precoce para situações de emergência.

CIÊNCIA & TECNOLOGIA
INVESTIGADORES ANUNCIAM NOVOS AVANÇOS NO ESTUDO DO CANCRO DA PRÓSTATA
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluíram que a desregulação da microbiota genital e urinária pode estar associada ao desenvolvimento de cancro da próstata, o cancro mais diagnosticado em homens a partir dos 50 anos.

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) concluíram que a desregulação da microbiota genital e urinária pode estar associada ao desenvolvimento de cancro da próstata, o cancro mais diagnosticado em homens a partir dos 50 anos.
A investigação, publicada na revista científica Cancers, estabelece uma relação entre o cancro da próstata e a desregulação da microbiota [flora intestinal], revelando biomarcadores “promissores” para o diagnóstico e tratamento da doença, adianta esta segunda-feira, em comunicado, a FMUP.
Através de tecnologia de sequenciação de RNA, os investigadores compararam a composição e a diversidade das bactérias presentes na urina, glande e próstata de homens com cancro e homens sem a doença. Citados no comunicado, os investigadores salientam que a “comunidade de bactérias encontradas na urina dos pacientes é claramente diferente das bactérias analisadas na urina dos homens sem a doença” e que, além de uma maior diversidade de espécies, alguns tipos de bactérias estão presentes em quantidades muito mais elevadas na urina dos doentes com cancro da próstata.
De acordo com os autores, os resultados do estudo “mostram que existe efetivamente uma desregulação da microbiota nos homens com cancro da próstata”. “Esta desregulação pode promover a inflamação crónica da próstata e estar implicada no desenvolvimento deste tipo de cancro”, afirmam.
Os resultados do estudo mostram “níveis significativamente mais elevados” de bactérias como Streptococcus, Prevotella, Peptoniphilus, Negativicoccus, Actinomyces, Propionimicrobium e Facklamia na urina dos doentes com cancro. Já na glande destes doentes, destacam-se as bactérias do género Stenotrophomonas e na próstata, as bactérias Alishewanella, Paracoccus, Klebsiella e Rothia.
“Estes dados podem apontar para biomarcadores promissores no diagnóstico precoce do cancro da próstata e ajudar a comunidade científica e os clínicos a encontrar novas opções terapêuticas”, acrescentam.
A investigação insere-se no projeto ‘SexHealth & Prostate Cancer: Psychobiological Determinants of Sexual Health in Men with Prostate Cancer’ e tem como autores Micael Gonçalves, Teresa Pina-Vaz, Ângela Rita Fernandes, Isabel Miranda, Carlos Martins Silva, Acácio Gonçalves Rodrigues e Carmen Lisboa.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
META ESTÁ A PREPARAR UMA NOVA REDE SOCIAL CONCORRENTE DO TWITTER
A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou hoje que está a trabalhar numa nova rede social cuja descrição sinaliza tratar-se de um potencial futuro concorrente do Twitter.

A Meta, empresa dona do Facebook, Instagram e WhatsApp, anunciou hoje que está a trabalhar numa nova rede social cuja descrição sinaliza tratar-se de um potencial futuro concorrente do Twitter.
“Estamos a pensar numa rede social descentralizada e independente que permita a partilha de mensagens escritas em tempo real”, disse o grupo numa declaração enviada à AFP, confirmando informações divulgadas pelo ‘site’ Platformer.
De acordo com a informação, a nova aplicação será projetada para ser interoperável com outras redes do mesmo tipo, como o Mastodon, que ganhou relativa popularidade desde a aquisição do Twitter pelo bilionário Elon Musk em outubro passado.
O Mastodon opera através de servidores descentralizados, sem direção central nem autoridade de tomada de decisão.
Este anúncio ocorre quando o Twitter está a perder força desde a aquisição por Elon Musk, que demitiu mais da metade dos funcionários e tomou decisões polémicas que preocuparam os anunciantes.
A rede Twitter também é regularmente vítima de falhas técnicas.
A opção pela interoperabilidade prevista pela Meta também se destaca na abordagem do Twitter ao assunto: em dezembro, Elon Musk bloqueou brevemente as contas de vários utilizadores que partilhavam ‘links’ para outras redes sociais, incluindo Facebook, Instagram ou Mastodon.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
PORTO: CIRURGIAS ROBOTIZADAS REDUZEM INFEÇÕES E COMPLICAÇÕES POSTERIORES
O Hospital de Santo António, no Porto, começou hoje a realizar cirurgias assistida por robot, um tipo de operação que diminui o tempo de internamento, reduz a taxa de complicações e de infeções e aumenta a precisão do cirurgião.

O Hospital de Santo António, no Porto, começou hoje a realizar cirurgias assistida por robot, um tipo de operação que diminui o tempo de internamento, reduz a taxa de complicações e de infeções e aumenta a precisão do cirurgião.
“O robot não dispensa pessoas, não dispensa bons médicos, bons anestesistas, bons enfermeiros, mas acrescenta muitas mais-valias”, disse o diretor do serviço de urologia e responsável pelo programa de cirurgia robótica do Centro Hospitalar Universitário de Santo António (CHUdSA).
Para hoje estavam agendadas duas cirurgias assistidas por robot: duas remoções totais da próstata devido a cancro em pacientes com 62 e 64 anos.
Diretor do serviço há 12 anos, Avelino Fraga, que falava à agência Lusa à entrada para a primeira cirurgia robótica do dia, descreveu as mais-valias para o profissional, resumindo-as numa palavra: “precisão”.
Com este robot, que ao contrário dos humanos consegue rodar o pulso em 360 graus, o tremor da mão do cirurgião diminui, enquanto aumenta o nível de segurança e de concentração, uma vez que o profissional usa uns óculos e de cada vez que desvia o olhar do campo cirúrgico os braços do robot param.
“Também ajuda porque alguns sítios anatómicos são de difícil acesso. A cirurgia robótica facilita o desempenho cirúrgico e o acesso a áreas anatómicas de difícil controlo”, descreveu Avelino Fraga.
Já as mais-valias para o doente passam pela redução do tempo de internamento, bem como de complicações.
Em termos práticos, e olhando para as duas cirurgias assistidas por robot agendadas para hoje, “esta inovação permite maior desempenho cirúrgico com menores complicações do foro sexual e relacionadas com a continência urinária”.
À Lusa, Avelino Fraga destacou que “o retorno do doente, com mais qualidade de vida, à vida normal é mais rápido”, uma vez que a expectativa é que o paciente passe no hospital não mais de 24 a 48 horas após a cirurgia robótica, enquanto com a laparoscópica normal “demora mais um dia ou dois”.
O uso desta máquina — que custa cerca de dois milhões de euros e chegou em dezembro — tem sido acompanhado de formação realizada na Bélgica.
Além do serviço de urologia, beneficiarão desta máquina, de forma gradual e nas próximas semanas, os serviços de cirurgia geral e de ginecologia.
Paralelamente, e associado ao programa de cirurgia assistida por robot, o CHUdSA está a desenvolver uma solução digital para envolvimento dos utentes.
A ‘Get Ready’ é uma aplicação que permitirá ao doente comunicar com a equipa clínica fora do hospital, antes e depois da cirurgia, assim como consultar conteúdos sobre o procedimento a que irá ser submetido.
As equipas clínicas podem também acompanhar a condição clínica de cada doente durante todo o percurso e recolher dados.
“Não fazia sentido termos robots nos blocos operatórios e continuarmos arcaicos no relacionamento com o doente”, disse o responsável pelo programa de cirurgia robótica do Santo António.
Além desta ‘app’, Avelino Fraga destacou outra característica que distingue o robot adquirido pelo CHUdSA face a outros, que se prende com os consumíveis utilizados.
“Se esta inovação fizesse inflacionar os preços, o hospital não queria cirurgia robótica. Comprometemo-nos que o procedimento cirúrgico não vai ficar mais caro do que a cirurgia laparoscópica e vamos poupar em tempo de internamento e em complicações”, concluiu.
A cirurgia robótica existe há 20 anos e calcula-se que existam cerca de 6.000 robots cirúrgicos no mundo inteiro.
Durante muitos anos, em Portugal e no Serviço Nacional de Saúde (SNS), só o Hospital Curry Cabral, em Lisboa, dispunha de um robot cirúrgico oferecido por uma fundação.
Recentemente quer o Hospital de São João quer o de Santo António, ambos no Norte, anunciaram a compra de robots cirúrgicos ao abrigo de um programa criado pela atual tutela.
CIÊNCIA & TECNOLOGIA
NOVO BIOSSENSOR AJUDA A COMBATER A DOENÇA DE PARKINSON E ALZHEIMER
Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) desenvolveram um dispositivo que permite detetar concentrações mínimas de dopamina em amostras de baixo volume, ajudando a combater doenças neurológicas como Parkinson ou Alzheimer.

Investigadores da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) desenvolveram um dispositivo que permite detetar concentrações mínimas de dopamina em amostras de baixo volume, ajudando a combater doenças neurológicas como Parkinson ou Alzheimer.
A investigação, publicada na revista científica Journal of Nanobiotechnology, permitiu o desenvolvimento de um “dispositivo inovador” capaz de detetar “de forma precisa” concentrações mínimas de dopamina em amostras biológicas de baixo volume, adianta hoje, em comunicado, a FMUP.
O biossensor vai potenciar o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico precoce, bem como de monitorização clínica em algumas doenças neurológicas, como Parkinson ou Alzheimer.
Citados no comunicado, os investigadores Luís Jacinto e Patrícia Monteiro esclarecem que a medição das concentrações de dopamina no cérebro é “de grande importância para o desenvolvimento de novos meios de diagnóstico e de terapêutica em algumas doenças do foro neurológico”.
“Alterações anormais nos níveis do neurotransmissor dopamina, que desempenha um papel essencial no cérebro humano como a função motora e a memória, podem ter consequências graves e levar a distúrbios cerebrais como Parkinson ou Alzheimer”, afirmam.
A sensibilidade do novo dispositivo – baseada em transístores de grafeno – será também importante para a delineação de novas técnicas de monitorização do fluxo de dopamina em modelos pré-clínicos de investigação académica e farmacêutica.
O projeto, financiado em um milhão de euros pela Fundação La Caixa, envolveu uma equipa multidisciplinar de especialistas em neurociências, biologia molecular, física e engenharia física, engenharia biomédica e engenharia dos materiais e medicina.
Além dos investigadores da FMUP, o desenvolvimento e validação do biossensor contou com a colaboração do Instituto Ibérico Internacional de Nanotecnologia (INL) e do Instituto de Investigação em Ciências da Vida e Saúde, da Escola de Medicina da Universidade do Minho.
O projeto “NeuralGRAB”, que visa desenvolver uma plataforma bioeletrónica para medir vários neurotransmissores envolvidos em doenças neurológicas, como a dopamina e a serotonina, contou ainda com a participação do Centro de Astrobiologia do Conselho Superior de Investigações Científicas, em Madrid.
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