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POTÁSSIO E SÓDIO AUMENTAM O RISCO DE AVC

Um estudo clínico liderado pelo cardiologista Jorge Polónia demonstrou que além do sódio (presente em elevadas quantidades no sal), o consumo de potássio também tem influência no surgimento de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outros problemas cardiovasculares.

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Um estudo clínico liderado pelo cardiologista Jorge Polónia demonstrou que além do sódio (presente em elevadas quantidades no sal), o consumo de potássio também tem influência no surgimento de acidentes vasculares cerebrais (AVC) e outros problemas cardiovasculares.

Contudo, ao contrário da ingestão de sódio, que deve ser reduzida, os níveis de potássio devem ser aumentados, explicou o médico e investigador do CINTESIS – Centro de Investigação em Tecnologias e Serviços de Saúde.

Jorge Polónia estuda a realidade portuguesa no que se refere à hipertensão e saúde cardiovascular dos portugueses há mais de uma década.

Este estudo permitiu verificar que mais do que dos níveis altos de sódio, é da combinação de níveis altos de sódio com níveis baixos de potássio que resulta o aumento do risco de sofrer um AVC.

Os resultados revelaram que existe uma correlação entre o desequilíbrio na ingestão de sódio e de potássio com a ocorrência de eventos cardiovasculares. O sódio ingerido é reconhecidamente um fator agressor cardiovascular, enquanto o potássio exerce um efeito compensatório de proteção vascular.

“Quanto maior a desproporção entre a ingestão destes dois sais minerais, maior o risco de sofrer um evento cardiovascular”, sublinhou Jorge Polónia.

O atual membro da direção da Sociedade Europeia de Hipertensão e professor da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto (FMUP) salientou ainda que o corpo humano está adaptado a uma dieta mais natural, pobre em sódio e rica em potássio, tal como a dieta mediterrânica, por exemplo.

“Os padrões alimentares da sociedade atual, que inverteram este equilíbrio, aumentando o sódio e reduzindo o potássio, constitui uma ameaça para a saúde cardiovascular”, disse.

E dá um exemplo: “No Paleolítico, a ingestão de potássio era dez vezes superior à ingestão de sódio. Mas na sociedade atual, os níveis de sódio já superam os níveis de potássio em 2,5 vezes”.

O especialista aponta mesmo a hipótese de poder ser benéfico suplementar a alimentação em potássio nalguns grupos da população, embora afiance que uma alimentação equilibrada, que para além da marcada redução de ingestão de sal inclua alimentos ricos neste nutriente, como feijão, grão, favas, ervilhas, batata, cereais, banana e frutos secos, seja suficiente para a maioria da população reduzir o risco de sofrer problemas cardiovasculares.

O objetivo da equipa de investigação foi avaliar a relação entre a ingestão de sódio e de potássio, com a ocorrência de eventos cerebrovasculares, a nível nacional.

O estudo envolveu mais de duas mil pessoas com menos de 65 anos de idade. Foi analisada a urina de 24 horas de uma amostra representativa da população portuguesa, no que se refere à excreção de sódio e de potássio.

Paralelamente, foram analisados registos hospitalares fornecidos pela Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS), relativos aos eventos cerebrovasculares da população adulta não-idosa.

De acordo com um outro trabalho liderado por Jorge Polónia, a taxa de mortalidade por AVC em Portugal sofreu uma redução de 46% nos últimos dez anos (dados do ‘PHYSA – Prevalence, awareness, treatment and control of hypertension and salt intake in Portugal: changes over a decade’ – o maior e mais completo estudo realizado em Portugal sobre prevalência e controlo de hipertensão, consumo de sal e padrões genéticos relacionados com a hipertensão).

Ainda assim, os resultados demonstraram que os portugueses continuam a consumir demasiado sal: 10,7 gramas por dia, em média, quando as recomendações internacionais estabelecem um limite de 5,8 gramas por dia.

Para além de Jorge Polónia, colaboraram neste trabalho os investigadores Luís Martins, Fernando Pinto, José Nazaré e Simão Abreu.

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CIENTISTAS CRIAM CÉLULAS PARA TRATAMENTO DA DOENÇA DE MACHADO-JOSEPH

Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

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Uma equipa de cientistas liderada pela Universidade de Coimbra conseguiu criar células estaminais humanas, a partir de células da pele, que têm potencial para o tratamento de longa duração da doença de Machado-Joseph, segundo um estudo hoje divulgado.

A Universidade de Coimbra referiu que esta investigação abre caminho para o desenvolvimento de células que possam vir a ser usadas no tratamento desta doença neurodegenerativa que afeta, nomeadamente, os movimentos e a articulação verbal, e que tem grande incidência em Portugal.

A líder do estudo, Liliana Mendonça, explicou que a descoberta feita pela equipa de investigação demonstra a viabilidade da aplicação de terapias personalizadas a pessoas portadoras desta doença, através da criação de células estaminais dos doentes que se pretendem tratar.

Isto irá traduzir-se numa maior aceitação do transplante, frisou a investigadora do Centro de Neurociências e Biologia Celular da Universidade de Coimbra (CNC-UC) e do Centro de Inovação em Biomedicina e Biotecnologia (CIBB).

Consideradas muito versáteis, as células estaminais permitem dar origem a células especializadas de vários tecidos e órgãos do corpo humano.

A doença de Machado-Joseph ainda não tem tratamento. O cerebelo é uma das regiões do cérebro mais afetadas, levando a extensa morte neuronal, dificuldades de coordenação motora, de deglutição e de articulação do discurso.

“Tem uma grande prevalência nos Açores, especialmente na ilha das Flores, que regista a maior incidência da doença a nível mundial”, contou a investigadora.

A equipa de investigação criou células que demonstraram ter capacidade de originar neurónios em culturas celulares (conjunto de técnicas para testar o comportamento de células num ambiente artificial) e também em organóides cerebrais (tecidos gerados ‘in vitro’, ou seja, fora de organismos vivos).

Segundo Liliana Mendonça, simultaneamente, os investigadores observaram que as células estaminais humanas sobreviveram até seis meses após transplante no cerebelo do modelo animal, tendo-se diferenciado em células da glia (células do sistema nervoso central que desempenham diversas funções) e neurónios, o que significa que revelaram ter potencial para atuar positivamente no controlo de doenças neurodegenerativas.

“Existe uma elevada necessidade de desenvolver estratégias terapêuticas que possam tratar doenças neurodegenerativas, que, de forma robusta, melhorem a qualidade de vida dos doentes, contribuindo, assim, para reduzir os encargos de saúde dos sistemas de saúde e das famílias destes doentes”, alertou.

Este trabalho, que foi desenvolvido pela equipa do Grupo de Investigação de Terapias Génicas e Estaminais para o Cérebro do CNC-UC, encontra-se a ser aprofundado.

Um dos objetivos é estudar de que forma é que estas células conseguem melhorar os problemas de coordenação motora da doença, com recurso a um modelo animal.

A coordenadora da investigação avançou que os cientistas vão também desenvolver estratégias para melhorar a migração das células e, seguidamente, a sua diferenciação em neurónios cerebelares, após o seu transplante para o cérebro, algo que pode aumentar significativamente os efeitos terapêuticos destas células.

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IDENTIFICADAS CÉLULAS-CHAVE PARA PREVENIR A ATEROSCLEROSE NO SÍNDROME DA PROGÉRIA

Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

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Uma equipa internacional de investigadores identificou as células-chave para prevenir a aterosclerose em pessoas que sofrem do síndrome de progéria, uma doença muito rara que causa envelhecimento prematuro e acelerado de quem a sofre.

A síndrome de Progéria é uma doença genética extremamente rara que afeta 1 em 20 milhões de pessoas, e estima-se que afete cerca de 400 crianças em todo o mundo. A doença é caracterizada por induzir envelhecimento acelerado, aterosclerose grave e morte prematura em idade média de aproximadamente 15 anos.

Os resultados da nova investigação foram publicados esta segunda-feira no The Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS) e participaram no estudo cientistas do Centro Nacional de Investigação Cardiovascular (CNIC) do Instituto de Saúde Carlos III, do Centro de Investigação em Rede de Doenças Cardiovasculares, do Centro de Investigação Biológica Margarita Salas do Conselho Superior de Investigação Científica, da Universidade de Oviedo (todos em Espanha) e da Universidade Queen Mary de Londres (Reino Unido).

As doenças raras representam um grande problema social e de saúde, uma vez que se estima que existam perto de 7.000 e que afetem sete por cento da população mundial, recordou o CNIC, citado pela agência Efe.

Embora os pacientes com este síndrome normalmente não apresentem os fatores de risco cardiovasculares típicos (hipercolesterolemia, obesidade ou tabagismo), a sua principal causa de morte são as complicações da aterosclerose, como enfarte do miocárdio, acidente vascular cerebral ou insuficiência cardíaca.

Atualmente não há cura para a progéria, observou o CNIC, e enfatizou a urgência do desenvolvimento de novas terapias que previnam a aterosclerose e outras alterações vasculares associadas à doença para aumentar a expectativa de vida dos pacientes.

A causa genética da doença é uma mutação num gene (LMNA) que provoca a expressão da progerina, uma versão mutante da proteína nuclear “lamina A” que induz numerosos efeitos nocivos a nível celular e do organismo, explicou o CNIC, em comunicado.

Estudos recentes desta síndrome realizados em modelos animais mostraram que é possível corrigir esta mutação através da edição genética, e que a consequente eliminação da progerina e recuperação da expressão da “lâmina A” melhora as alterações características do doenças e prolonga a expectativa de vida.

Para otimizar a terapia genética para o potencial tratamento de pacientes com progéria, é importante identificar os tipos de células nos quais a deleção da progerina produz mais benefícios.

Para responder a esta questão, o laboratório do investigador Vicente Andrés (CNIC) gerou ratos com esta síndrome e os investigadores apontaram as células musculares lisas vasculares como um possível alvo terapêutico para combater a aterosclerose prematura na progéria.

No novo trabalho publicado pela PNAS e utilizando os mesmos tipos de ratos, os investigadores estudaram se a aterosclerose associada a esta síndrome pode ser evitada suprimindo a progerina e restaurando a “lâmina A” nas células “endoteliais” ou em células musculares lisas vasculares.

Os cientistas descobriram assim que a eliminação da progerina nas células endoteliais não trazia nenhum benefício, mas trazia quando era eliminada nas células musculares lisas vasculares.

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